19 de maio de 2018

A Guerra que me ensinou a viver, de Kimberly Brubaker Bradley


Olá,
Você leu A guerra que salvou a minha vida, de Kimberly Brubaker Bradley? Se leu, com certeza ficou surpreso e feliz quando a Darkside (Darklove) anunciou a continuação da história emocionante da pequena grande heroína, Ada. Assim como eu você também estranhou ou sentiu medo, com receio de que uma continuação não fosse tão boa quanto foi o início? Muitos questionamentos inundaram minha mente quando fiquei sabendo da continuação, um deles foi:"é mesmo necessário mais um livro?". A minha resposta você poderá conferir a seguir.


Continuação de "A Guerra que Salvou a Minha Vida", traz o mesmo estilo de capa do primeiro livro e os personagens continuam cativantes.

Ada poderia estar vivendo dias melhores ao lado da mãe e do irmão. No entanto, enquanto uma guerra eclodia em seu país, ela tentava sobreviver a outra batalha dentro de casa. E quem diria que o que salvaria a garota desses dias de infortúnios seria a guerra? Acontece que quando Ada e o irmão fugiram, encontraram abrigo na casa de Susan, uma mulher que estava vivendo o luto pela perda da grande amiga. Juntos eles viveram e sobreviveram a uma grande batalha em suas vidas. Até que a mãe de Ada e Jamie os encontram. Em "A Guerra que me ensinou a viver" você lerá a continuação dessa história tão triste quanto bela, sobre amor, sobre descobertas e acima de tudo sobre aprendizado. Nunca é tarde aprender sobre a vida e sobre os sentimentos que nos movem.
"O amor não é tão raro quanto você pensa, Ada", disse ela. "Podemos amar todo tipo de gente, de todas as maneiras possíveis. E o amor não é de forma alguma perigoso." (Pág.: 186)
No segundo livro dessa história você reconhecerá Ada facilmente. A garota continua com uma personalidade forte e muito bem desenhada - assim como Jamie e os demais personagens -, seus traumas e a maneira com a qual ela segue entendendo o mundo continua muito bem justificável. Não há o que estranhar, tudo está colocado em seu devido lugar. A ambientação também continua a mesma, e o que muda é o espaço onde se passa a história. Você saberá o por quê quando continuar a leitura. 

Novos personagens são inseridos no enredo, enquanto alguns personagens antigos ganham a cena nesse momento da história. Perdas e momentos emocionantes prometem fazer você chorar, mas não lhe faltará sorrisos nos momentos engraçados e de felicidade. 


Sobre a narrativa também continuamos com a voz de Ada numa descrição de sentimentos confortante. A leitura é leve, agradável, direta, mas muito forte. No que se refere a Ada existe uma complexidade grande, devido aos traumas que sofreu desde muito cedo e pela deficiência que tem. A forma como ela age, o medo que a toma, assim como suas atitudes são consequências do que sobrou e faltou durante o processo de formação da sua personalidade. Portanto, embora Ada possa ser desagradável e arredia em muitos momentos há uma justificativa plausível para isso. Esse é aquela momento que você pode muito bem praticar a empatia e colocar-se no lugar de uma pessoa que passa por adversidades desde muito cedo.

É uma história com uma verossimilhança assustadora, mas também necessária. Ao mesmo tempo que choca, afaga e envolve o leitor numa experiência de leitura agradável e enriquecedora. É uma das histórias mais humanísticas que já li, que nos convida a repensar pré-julgamentos e a querer entender melhor o sentimento do outro.
'"Ada", disse a Susan, " as pessoas escolhem as próprias crenças o tempo todo. O sr. Collins não está mentindo. Ele prega o que crê genuinamente ser a verdade. A Ruth acredita genuinamente em outra coisa. E tudo bem." (Pág.: 101)
Portanto, depois de fazer uma apanhado do que você irá encontrar em "A guerra que me ensinou a viver" - prefiro fazer isso para não gerar spoiler - posso claramente responder à pergunta que deixei no início deste texto. Sim, esse livro realmente foi necessário, não é uma continuação com informações irrelevantes e um dos maiores prazeres é perceber como aos poucos Ada vai aprendendo palavras novas, sentidos e significados para cada uma delas. E além de tudo isso, é lindo ver como aos poucos ela vai entendendo o mundo e suas diferenças, o amor e seu real significado.

Um Beijo
com carinho.★ 

17 de maio de 2018

Dia Internacional Contra a homofobia: Uma conversa sobre empatia e respeito



Como você se sentiria ao acordar para o mundo e para você mesmo, na condição de uma pessoa "diferente"/estranha em relação às demais? Você consegue ter uma ideia de como seria ou conseguiria imaginar a sensação de não ser parte do meio; de não ser aceito por não ser "igual" aos outros?

Certamente você não teria ideia de como é se sentir assim. Porque você é parte do meio e você é considerado uma parte normal da história desse lugar, que desde cedo nos disseram se chamar mundo. Certamente você não consegue imaginar como é se sentir excluído porque é você que exclui; não sabe como é se sentir um brinquedo defeituoso porque dentro daquele baú você é perfeitamente aceitável. Mas você gostaria de se colocar no meu lugar e entender minha dor a cada vez que nos dizem que mereço morrer? Seria corajoso ou corajosa a tal ponto? Porque é preciso ser forte para encarar um dedo apontado para você, uma palavra de ódio exclamada ao pé do seu ouvido, uma pancada que deixa marca não só fisicamente, mas também na alma.

Essa não é uma imagem autoral. O autor me é desconhecido, a fotografia foi retirada da internet e é meramente ilustrativa.

Eu nasci em 1990, meses depois, no dia 17 de maio, a expressão "homossexualismo", utilizada para se referir às pessoas que se sentem atraídos pelo mesmo sexo foi desconsiderada. Mas sabe o que é mais engraçado? Eu tinha meses de vida, agora vivo há pouco mais de duas décadas e ainda escuto pessoas se referirem a mim como se eu fosse uma pessoa doente - "olha lá, ele e o homossexualismo dele". Mesmo assim, retirar a expressão do caderno e das ideias dos grandes, como um diagnóstico absoluto, não deixou de ser uma vitória. Estamos caminhando lentamento, não chegamos na metade do caminho, mas já temos nosso escudo. E hoje é mais um dia para utilizá-lo e deixa-lo em evidência. Hoje comemoramos o dia internacional contra a homofobia.
No Brasil, a expressão "homossexualidade" só passou a valer a partir de 04 de junho de 2010.
Sabe o que acho incrível? A afirmação de boa parte das pessoas, quando dizem que temos escolhas na vida e que ser gay é uma delas. Me pergunto se essas pessoas estão dentro de mim ou de quem quer que seja e conseguem sentir de fato como é que as coisas acontecem por dentro. Porque uma coisa é certa: ninguém escolhe sofrer violência, ninguém escolhe ser excluído e ninguém escolhe morrer. Portanto, ninguém escolhe ser gay. É uma condição - vale lembrar.

Sabemos o quanto é complicado conscientizar pessoas e levá-las à compreender os grupos LGBTQs, ditos minorias, quando temos uma construção social taxativa, machista e intolerante. Mas a gente não pode abrir mão disso, por isso decidi escrever esse texto no dia de hoje para que você possa me entender. Sou gay, sim, mas acima de tudo sou um ser humano e que precisa trabalhar para pagar as dívidas. Assim como você. Olha só que engraçado! Temos a capacidade de sentir igual, de se machucar, e temos sangue para sangrar. Além disso, não estamos escapes de qualquer tipo de sentimento, portanto em que sou diferente de você? Pelo fato de me voltar para o amor de alguém que tem o mesmo sexo que eu? Com certeza isso não muda em nada na sua rotina, afinal você não depende dos meus sentimentos ou da minha vida para para viver. Eu também não dependo da sua.

Não encare esse texto como uma afronta, mas como um convite à reflexão. Entenda que não podemos julgar o sentimento dos outros quando não conseguimos explicar os nossos. E entenda que a solução não é aceitar ou deixar de aceitar: é se permitir colocar-se no lugar do outro e compreender que ninguém precisa pedir permissão para ser quem realmente é. 

A Psicologia na luta contra a homofobia.

Hoje comemoramos o dia internacional da luta contra a homofobia. Mas somente um dia de conscientização não é suficiente para falar dos seres humanos que sentem na pele e na alma, a dor, o medo, a indiferença e o preconceito de uma sociedade carente de amor, escassa de escuta, de afetividade, compreensão e empatia. Por sinal, Empatia é um assunto muito falado hoje em dia, mas muito pouco praticado, infelizmente. Os seres humanos nascem com tendência a serem empáticos, pois somos seres sociáveis e precisamos do cuidado do outro para sobreviver. E esse cuidado está para todos, independente das escolhas, histórias de vida, da educação, da cor da pele.

Que tal se você começar hoje a se questionar, a olhar um pouco mais para dentro de si, colocar uma dor que você sente em silêncio, para fora? Que tal pensar naquela situação de bullying que você viveu na escola? O quanto isso doeu, você consegue lembrar? Todos nós já fomos "atacados" por alguém de alguma forma, e temos essas marcas em nossas almas. Agora coloque-se no lugar daqueles que sofrem isso todos o dias apenas por levarem estilos de vida diferentes dos seus, por fazer escolhas diferentes das suas; e até mesmo aqueles que são agredidos e os que, infelizmente, são mortos.

Todos merecem ser respeitados em suas condições de vida. Praticar a empatia, colocar-se no lugar do outro e buscar o auto-conhecimento é a melhor maneira de termos um mundo mais amoroso e respeitador, com pessoas que reconhecem a diversidade e a pluralidade do lugar onde vivemos. O psicologo é o profissional apto para ajudar na busca pelo auto-conhecimento. E a psicologia honra o compromisso no combate às opressões, sobretudo à homofobia e o machismo, garantindo, então, o compromisso que a psicologia tem com os Direitos Humanos.
A segunda parte dessa publicação foi escrita por Milena Sallenave, psicóloga/ psicoterapeuta de família/ Educadora Perinatal. Milena tem 27 anos, nasceu em Salvador-Ba, onde também exerce sua profissão.
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Bjão, com carinho ♥️

14 de maio de 2018

A OUTRA SRA. PARRISH, LIV CONSTANTINE



Olá!

O que estão lendo neste momento? Trago hoje uma dica de livro do coração para você que está na dúvida e ainda não sabe qual será sua próxima leitura. Conhece A outra Sra. Parrish, das irmãs Liv Constantine?


Publicado pela editora Harper Collins, A outra Sra. Parrish é o tipo de história que não te deixa respirar, apenas querer mais. Com uma narrativa leve, mas muito envolvente e direta, o texto nos convida a conhecer Amber, mulher gananciosa, que saiu da pequena cidade onde morava com os pais para conseguir a riqueza que tanto almejou durante toda sua vida miserável. Ela chega à nova cidade com tudo planejado e seu novo alvo é Daphne Parrish, mulher rica e sofistica, casada com o "incrível" Jackson Parrish. Segundo as pesquisas de Amber, os dois formam um casal perfeito e admirado pela alta sociedade. E é isso que ela quer. Alguém notório, muito rico, que possa fazê-la viver uma vida cheia de glamour e regalias. Ela agora quer ser a Sra. Parrish e vai fazer de tudo para conseguir separar Daph do marido. Mas um grande segredo de seu passado vem à tona colocando Amber e tudo o que ela conquistou na corda bamba,

"Amber Patterson estava cansada de ser invisível. Havia três meses que frequentava aquela academia todos os dias; três longos meses acompanhando aquelas desocupadas (...) Mas Amber não se importava com nenhuma delas. Havia somente um motivo para se arrastar até ali todos os dias, até aquela máquina, às oito horas em ponto."

Daphne Parrish é uma mulher da alta sociedade, que vive uma vida de regalias e está sempre muito bem vestida nas grandes festas, acompanhada do marido, um dos homens mais ricos de Bishops Harbor, em Connecticut. Ela também organiza eventos para ajudar pessoas com fibrose cística (doença que afeta os pulmões, da qual sua irmã morreu). Daphne tem duas filhas, Tallulah e Bella, meninas completamente diferentes, mas que parecem encher o pai, Jackson, de orgulho. Ele é um homem bonito, muito atraente e desejado. Sempre se relacionou com belas mulheres ricas, até conhecer Daphne e se casar. É o homem perfeito, num casamento perfeito. Até Amber aparecer.

A outra Sra. Parrish nos envolve numa premissa inteligente e surpreendente sobre a vida de duas mulheres com realidades de vida muito diferentes, mas que de alguma forma se encontram no meio do caminho. Elas não possuem nada em comum, a não ser a mentira que as cercam. Para o bem ou para o mal, Amber e Daphne carregam máscaras e motivos nem sempre justificáveis para suas ações. Você já parou para pensar o que é verdade e o que é mentira nas coisas que você vê?


A narrativa é direta e cativante, e segue um ritmo que a torna ainda mais atrativa, embora fadada a causar estranhamento no início - as coisas parecem seguir um ritmo frenético e a facilidade dos acontecimentos, irreais demais. Não diria ser uma trama inovadora, mas com certeza é competente e muito boa em despistar o leitor a ponto de fazer a surpresa valer a pena e mexer com seus sentimentos. Talvez você tenho um sentimento no inicio da leitura, que irá se transformar no final dela. Isso é muito bom porque de certa forma nos faz questionar a maneira como enxergamos as pessoas e por que as colocamos num pedestal.

Amber é uma vilã que merece destaque e o melodrama de Daphne é a imagem perfeito da vida que leva, pelo que sofre com Amber, com a falta da irmã e pela máscara que tem que carregar. São personagens complexos, que marcam o romance de estréia de Constantine e que recria personagens sociopatas ao estilo "O talentoso Ripley", como cita a Publishers Weekly. Quem é de verdade nessa história?

Glamour, mentiras, inveja, ganancia e uma reviravolta que vai surpreender você, nesse thriller psicológico chocante, e também emocionante, das irmãs Constantine. Será que realmente vale a pena viver a vida do outro? Até onde você iria para conseguir o que quer?  "A outra Sra. Parrish" é uma trama cheia de tensão, que nos faz refletir sobre o olhar que temos para o outro e sobre como nem tudo é o que parece ser.

13 de maio de 2018

6 on 6 (MAIO, 2018)


Olá!
♥️

AMOR é uma das palavras que mais amo dizer e escrever. É o sentimento mais lindo. Infeliz daquele que não conheceu ou acredita não ter conhecido o amor. E será que essa pessoa existe? O amor está em todo lugar, em tantas coisas, que é quase impossível não percebê-lo. Mas se por um acaso você ainda não percebeu desejo, de coração, que ele tome conta de você na simplicidade de um momento qualquer. 

AMOR é o tema do 6 on 6, um projeto de fotografia que estou participando juntos com algumas meninas e seus blogs lindos. 







Quando pensei em amor, achei que seria um tema fácil, mas esse é um sentimento tão imenso que cabe muita coisa. Então, já que hoje comemoramos o dia da mães decidi postar fotografias de flores. Amo flores, amo o romantismo que elas têm, amo como dão vida a qualquer lugar. E no contexto de hoje, flor é um presente simbólico para a mãe. E eu desejo todas as flores e amor do mundo para você que é mãe. 
O projeto 6 on 6 é um projeto que tem o intuito de mostrar sentimentos através de fotografias. É para ser postado todo dia 6 de cada mês, porém estou postando com certo atraso devido a problemas com internet.
Confira as postagens de quem também participa desse projeto, que foi idealizado pela Melinda, do Blog Serendipity.


Bjux,
com carinho ♥️
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