3 de junho de 2017

Por que não lutar junto?



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Poderia dizer que vivemos tempos difíceis. Não discordo disso. No entanto, concordo que estamos mais do que nunca vivendo um tempo de luta pelo respeito, de reconhecer o que é nosso, o que é importante para nós e de querer ocupar espaços que são nosso por direito. As classes sociais diferem, os grupos sociais também. E nessa luta diária vamos vivendo o caos em que a vida se faz todos os dias.

Metaforicamente costumo dizer que a minha mente se assemelha à avenida paulista no horário de pico: um caos, muita coisa acontece, muita correria... não para! Por isso estou sempre refletindo sobre diversas coisas e ontem foi um dia em que parei para refletir sobre as lutas pelas quais travamos todos os dias para sobreviver nesse lugar onde estamos. Minha conclusão não é nada espetacular ou inédita, mas acho importante colocar para fora isso porque sempre haverá alguém que desatento a alguns fatos.

Vocês já pararam para pensar que uma luta que você tem sozinho na maioria das vezes - ou posso dizer que nunca - surte efeito?  

Na atualidade as mulheres, enfim, estão mais livres e conscientes dos seus direitos, e sabem pelo que lutar, aonde querem chegar na luta contra o machismo e contra o estereótipo de "sexo frágil" que por tantos anos as colocaram como as donas de casa, que deveriam servir aos homens, pois o peso do trabalho lá fora não cabia a elas. Também temos os homossexuais, que mais do nunca estão mostrando a cara, dando-a à tapa, em busca da aceitação, do respeito, de segurança, e contra o machismo e a homofobia que mata de forma cruel e impiedosa todos os dias. Assim temos também os negros que vivem essa luta forte contra o racismo que de forma triste e nojenta os afastam de alguma maneira dos lugares privilegiados na sociedades. No entanto, dentro dessas grupos chamados de minoria, há sempre aqueles que se afastam, que se entregam ao preconceito, que se diminuem e vão contra a todas as coisas sobre as quais boa parte tenta conseguir através dos diversos tipos de manifesto. 

Isso está em todo lugar. É o choque das pessoas que cresceram com valores antigos, muitas vezes equivocados, talvez ignorantes, contra a maré das novas gerações liberais e desprendidas das amarras e convenções sociais. No feminismo as mulheres adotaram o que chamamos de sororidade, o ato de lutarem juntas, de darem as mãos, de não virarem as costas umas às outras. Mas ainda assim existem o grupo resistente. Que existe também com um grande peso na luta contra o racismo e na luta contra homofobia. Não sei se isso acontece - e adoraria descobrir - por pura ignorância, por medo ou vaidade. Mas eu me pergunto sempre por que não lutar junto? Conversar, debater, estudar os casos, entrar num consenso? 

Não quero entrar em detalhes profundos, em processo histórico das raças e da humanidade, só quero problematizar essa situação, dar voz às minhas reflexões e dividir isso com vocês. Porque a verdade é que nessa vontade - de alguns - de querer ser melhor que o outro e de se achar superior ao outro, os grupos que deveriam lutar juntos formando um círculo de união e força contra o preconceito e a descriminação acabam tornando-se meros rivais. É triste, mas é real!

Reflitam!
XOXO, ♡




31 de maio de 2017

'A PRISÃO DO REI', VICTORIA AVEYARD - DA SÉRIE ‘A RAINHA VERMELHA’, VOLUME 3



Olá, pípol!
Sei que havia muita gente esperando pela continuação da série "A Rainha Vermelha" e há alguns meses o terceiro livro, "A Prisão do Rei", foi lançado para a acabar com a ansiedade dos leitores. Eu acabei de ler o livro e como de costume escrevo nessa resenha o que vocês podem encontrar na história, não uma resenha descritiva, para não correr o risco de gerar maiores spoilers. Mas se você não leu os livros da série tudo será spoiler. Cuidado! 

Mare está à mercê do garoto por quem um dia se apaixonou, um jovem dissimulado que a enganou e traiu. Agora rei, Maven continua com os planos de sua mãe, fazendo de tudo para manter o controle de Norta - e de sua prisioneira. -- Enquanto Mare tenta aguentar o peso sufocante das Pedras Silenciosas, o resto da Guarda Escarlate se organiza, treinando e se expandindo. Com a rebelião cada vez mais forte, eles param de agir sob as sombras e se preparam para a guerra. Entre eles está Cal, um prateado em meio aos vermelhos. Incapaz de decidir a que lado dedicar sua lealdade, o príncipe exilado só tem uma certeza: ele não vai descansar enquanto não trouxer Mare de volta.
A prisão do Rei começa exatamente de onde parou o final do segundo livro. O "grande acontecimento" que fez de Mare um objeto para Maven colocar seus planos em prática está só começando e o rei de Norta vai usá-la até conseguir o que deseja. Ainda narrado em primeira pessoa, o terceiro volume da série "A Rainha Vermelha" conta com capítulos em que, além de Mare, personagens como Cameron (uma sangue novo que foi descoberta no livro anterior) e Evangeline também apresentam suas visões. 

Mare agora é uma prisioneira e seus poderes foram tomados dela. A ira da protagonista só aumenta a cada momento da historia, principalmente quando tem certeza que está sendo usada para manter as mentiras do Rei perante Norta. Isso implica em Mare ser vista não mais como uma garota que luta a favor da Guarda Escarlate, mas sim uma mera refém dessas pessoas que só querem propagar a guerra e destruir a todos, segundo Maven. E para ir mais longe ele consegue recrutar sangue-novos para mostrarem seus poderes e serem seus aliados e não  mais refém da Guarda, como Mare, que agora está sentada numa cadeira ao lado do rei.  Será que todos os habitantes de Norta se renderão ao discurso do poderoso Maven ou será que todos têm a consciência de que Mare é apenas um produto usado por ele neste momento?

É impossível falar de A Prisão do Rei e não comentar a história cheia de referências a outras histórias como já foi apontado por boa parte dos leitores quando escreveram sobre o primeiro livro da série. A semelhança é perceptível e só ganhou originalidade a partir de "A Espada de Vidro" -  isso gera incomodo em algumas pessoas, normalidade para outras. Ainda sobre a história, devo comentar sobre a narrativa e não posso deixar de apontar também o quanto Victoria Aveyard é extremamente detalhista, o que para mim é aceitável e eu até gosto. No entanto, a autora peca quanto é repetitiva demais, dando a mesma informação várias vezes. São informações descritas de maneiras diferentes (talvez), mas que o leitor atento percebe facilmente. A impressão que dá é que estamos sendo enrolados, girando em círculos até, enfim, chegarmos a algum lugar.

As passagens são monótonas demais e por isso me deixou desconfortável em vários momentos e não me instigou a continuar a leitura de coração aberto. Com muito esforço consegui chegar lá! - eu escutei um amém? Mas não vou ser injusto e dizer que não há momentos empolgantes na história. Os capítulos em que Mare e o rei Maven se encontram e colocam para fora toda a ira que existe, cada um pelo seu motivo, por exemplo, é de uma tensão incrível. Isso porque temos dois personagens complexos: de um lado Maven, um rapaz que sofreu com as maldades e a vaidade da mãe desde muito novo, e que se sentia  à sombra de Cal, seu irmão mais velho. Do outro lado a nada atraente Mare, que é uma personagem que vai do amor ao ódio no sentimento dos leitores. Ela que também sofreu com a vida precária e viu seu irmão morrer, e agora um produto de Maven. Os diálogos são realmente empolgantes e consegue prender o leitor. 
"Quando o conheci, fui seduzida por sua dor. Ele era o menino na sombra, um filho esquecido. Eu me reconheci nele. Sempre atrás de Giza, a estrela cintilante do mundo dos meus pais. Sei agora que foi proposital. Ele me enganou quando era príncipe, me atraindo para sua armadilha. Agora, estou na prisão do Rei. Mas ele também está. Minhas correntes são as Pedras Silenciosas. As dele são a coroa." (Pág.: 183) 
A crítica social e política continua na história e acho uma sacada brilhante. A gente percebe que de alguma forma estamos todos lutando por uma mesma causa, todos passando pelas mesmas situações de corrupção e ganancia da classe dominante. Isso é algo que acontece no mundo. A pobreza, mesmo quando maquiada, a alienação das pessoas também é algo que está na realidade ou próxima da realidade de qualquer pessoa. 

Sobre os personagens, posso dizer que poucos me chamam atenção, poucos me cativaram. Mare e Cal são, por exemplo, são personagens que não me marcaram até agora tanto quando Maven. Gosto de personagens complexos, que não são malvados apenas porque são. Gosto de saber de sua história e das razões psicológicas pelas quais fizeram dele o que ele é, o que fez com que ele se tornasse tudo o que é hoje. Não que seja justificável, mas possui um riqueza maior de análise. E embora Mare também seja complexa, não me convence. Cal até então não me deu motivos algum para admirá-lo. Quem sabe mais para frente?

De modo geral A Prisão do Rei pode ser um livro cansativo de ler, cheio de informações repetitivas, desnecessárias, que torna a leitura monótona demais. No entanto, possui também seus pontos positivos, como foi citado, e que vale a pena ser entendidos e problematizados. Você vai encontrar traição de lados inesperados, e a ideia de que ninguém é cem por cento inocente. E que "todo mundo pode trair todo mundo".

Bjux,


29 de maio de 2017

Diih' indica! ♡


Olá! 

Feliz segunda-feira! Um beijo, um abraço, uma energia emanando coisas especiais para vocês.
Hoje quero indicar algumas coisas para vocês. Coisas que gosto, como música, livros (sempre), lojas, filmes, objetos...
♡♡♡


♡ Primeiro vamos falar de música e videoclipe. Há poucos dias a cantora Sandy lançou o clipe de sua música Respirar, composta com Lucas Lima e Daniel Lopes (vocalista da Banda Reverse, marido da querida Talita Rebouças). Essa música tem uma energia maravilhosa, não só na melodia, mas na letra da canção também. A música fala sobre se permitir, se abrir para o novo, se permitir viver sem ser refém de nada nem de ninguém. Desde de quando escutei pela primeira vez essa música tornou-se um mantra, uma inspiração para os meus dias. O clipe já conta com mais de 1 milhão de visualizações. |CLIQUE PARA VER O CLIPE|



♡ Vocês já conhecem o Manifesto Cuti Cuti? O Manisfesto é um Estúdio de ilustração e design, e eles produzem várias coisas fofas, que todo leitor e amante de coisas fofas ama. São desenhos incríveis, cheios de fofura e personalidade nos traços. São coisas encantadoras. E eles têm uma lojinha virtual onde você pode comprar produtos como adesivos/stickers, mousepad e posteres/prints. Vale muito a pena conhecer e seguir o perfil 






♡ Eu agora decidi que quero desenhar caligrafia também. Na verdade é algo que já faço desde muito novo, mas deixei de lado. E agora decidi voltar a fazer. E quem me deu um espaço incrível para isso foi a lojinha Preteliê, que confecciona cadernos, álbuns de fotografia, sketchbooks, cadernetas, etc. São todos feitos à mão, com estampas lindas, num trabalho especial. 







♡ Quem me conhece sabe que não sou fã de desenhos ou animes, mas sempre há exceções e Trolls é uma delas. Assisti ao filme no dia da estréia e fiquei simplesmente emocionado e encantado com a beleza da história e da fotografia do filme, sem contar a mensagem de amor que passa. A importância de levar cor para onde não tem e transformar o humor de quem está ao seu redor, com muita música, foram ideias que me cativaram facilmente. Quero ver novamente. Se você ainda não viu, assista.




♡ Livro: Os Meninos da Rua Paulo é um livro leve, divertido e muito nostálgico. Já fiz a resenha e precisava indicá-lo novamente. Uma história linda, cheia de personagens cativantes, além de mensagens positivas sobre questões éticas, heroísmo e o a beleza do ato de imaginar. O livro é de um escritor Hungaro e foi relançado recentemente pela companhia das letras. 



Por hoje é só. Se vocês gostaram das dicas e quiserem mais e mais só é dizer nos comentários sugestões do que vocês gostariam de receber dicas e eu prometo postar coisas legais por aqui.

Feliz semana.
Bjux,

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