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Poderia dizer que vivemos tempos difíceis. Não discordo disso. No entanto, concordo que estamos mais do que nunca vivendo um tempo de luta pelo respeito, de reconhecer o que é nosso, o que é importante para nós e de querer ocupar espaços que são nosso por direito. As classes sociais diferem, os grupos sociais também. E nessa luta diária vamos vivendo o caos em que a vida se faz todos os dias.
Metaforicamente costumo dizer que a minha mente se assemelha à avenida paulista no horário de pico: um caos, muita coisa acontece, muita correria... não para! Por isso estou sempre refletindo sobre diversas coisas e ontem foi um dia em que parei para refletir sobre as lutas pelas quais travamos todos os dias para sobreviver nesse lugar onde estamos. Minha conclusão não é nada espetacular ou inédita, mas acho importante colocar para fora isso porque sempre haverá alguém que desatento a alguns fatos.
Vocês já pararam para pensar que uma luta que você tem sozinho na maioria das vezes - ou posso dizer que nunca - surte efeito?
Na atualidade as mulheres, enfim, estão mais livres e conscientes dos seus direitos, e sabem pelo que lutar, aonde querem chegar na luta contra o machismo e contra o estereótipo de "sexo frágil" que por tantos anos as colocaram como as donas de casa, que deveriam servir aos homens, pois o peso do trabalho lá fora não cabia a elas. Também temos os homossexuais, que mais do nunca estão mostrando a cara, dando-a à tapa, em busca da aceitação, do respeito, de segurança, e contra o machismo e a homofobia que mata de forma cruel e impiedosa todos os dias. Assim temos também os negros que vivem essa luta forte contra o racismo que de forma triste e nojenta os afastam de alguma maneira dos lugares privilegiados na sociedades. No entanto, dentro dessas grupos chamados de minoria, há sempre aqueles que se afastam, que se entregam ao preconceito, que se diminuem e vão contra a todas as coisas sobre as quais boa parte tenta conseguir através dos diversos tipos de manifesto.
Isso está em todo lugar. É o choque das pessoas que cresceram com valores antigos, muitas vezes equivocados, talvez ignorantes, contra a maré das novas gerações liberais e desprendidas das amarras e convenções sociais. No feminismo as mulheres adotaram o que chamamos de sororidade, o ato de lutarem juntas, de darem as mãos, de não virarem as costas umas às outras. Mas ainda assim existem o grupo resistente. Que existe também com um grande peso na luta contra o racismo e na luta contra homofobia. Não sei se isso acontece - e adoraria descobrir - por pura ignorância, por medo ou vaidade. Mas eu me pergunto sempre por que não lutar junto? Conversar, debater, estudar os casos, entrar num consenso?
Não quero entrar em detalhes profundos, em processo histórico das raças e da humanidade, só quero problematizar essa situação, dar voz às minhas reflexões e dividir isso com vocês. Porque a verdade é que nessa vontade - de alguns - de querer ser melhor que o outro e de se achar superior ao outro, os grupos que deveriam lutar juntos formando um círculo de união e força contra o preconceito e a descriminação acabam tornando-se meros rivais. É triste, mas é real!
Reflitam!
XOXO, ♡