27 de outubro de 2012

Vinte anos, Duas pessoas, 'Um dia'. #Resenha



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Para começar apresento Emma Morley, uma garota que está se formando no curso da faculdade. Ela é engraçada, um tanto irônica, cheia de sonhos e planos para o futuro. No dia da formatura também ela terá sua primeira noite com Dexter, um rapaz cobiçado pelas meninas e que parece não ter planos para o futuro. Ele vive a vida estilo “sexo, drogas e rock’n roll”.

Bem vindos ao ano de 1988, o ano em que tudo começa. Emm e Dex (eles se chamam assim) passam uma noite juntos. É exatamente 15 de julho, após o baile de formatura. Eles seguirão caminhos opostos – mas não tão opostos assim - quando amanhecer. Os dois possuem um estilo de vida muito diferente. Emma é de classe baixa, dar aulas, quer ser escritora; Dexter é de uma classe favorável, não pensa muito no que vai fazer no futuro, já trabalhou como apresentador de televisão e só quer curtir baladas, além de desejar a todas as mulheres que possam te chamar atenção. Se há algo em comum entre os dois? Somente o amor que os manterão unidos.
O livro tem esse título, “Um Dia”, pelo simples fato de que vamos ter o prazer de acompanhar a vida dos personagens exatamente no dia 15 de julho, dos próximos anos. Muita coisa vai acontecer nesse período. Alguns poucos encontros, algumas brigas, um tempo sem se ver. Amores proibidos, enganos, separações e corações partidos. Esse é o livro mais realista e rico em detalhes que eu já li. Diria que um livro completo, que não deixou muito a desejar.

Uma das coisas que mais me agradou no livro é a simplicidade dos fatos, a normalidade das coisas que acontecem, o que, como eu já disse antes, tornou o livro o mais realista possível. Não é uma história previsível, aquela que, em algumas linhas, você já consegue perceber o que vai acontecer nas próximas e até no final da história. É possível se surpreender muito com o rumo que a vida dos personagens toma com o passar dos anos. Eu só senti falta de mais emoção e momentos de maior ternura entre Emma e Dexter. A maior emoção que você terá no livro é surpresa, só lendo para saber.
A leitura do livro e os personagens são apaixonantes. Dexter é um tanto irritante, eu me chateei várias vezes com as atitudes dele perante a vida, a mãe e até Emma que, por sinal demostra ser muito orgulhosa e de pouca emoção. Tem também um cara atrapalhado e que não tem graça alguma, chamado Yan; a mãe do garanhão Dex, uma mulher que é bem “pra frente” e que acaba ficando doente, dentre outros personagens um tanto coadjuvantes na trama.
Tenho certeza que vocês irão curtir a estória. Eu indico a leitura e garanto muita risada e muita reflexão também. Você aprenderá o quanto não se deve perder o tempo que a vida nos dá com coisas toscas. Aprenderá também é preciso valorizar as pessoas que nos dão valor e nos fazem crescer. Uma música que representa bem a ideia do livro é a de Renato Russo que diz que “é preciso amar as pessoas como se não houvesse o amanhã”. E como diria Emma: “Pra que pensar no amanhã, se nós temos o hoje?”.

Boa leitura.

©Diego França*


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