4 de abril de 2015

Pintura Feliz




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Borboletas voam pelo campo verde e a imagem colorida completa o quadro que Alice pintou em sua vida. Exposto na parede do quarto é possível ver o vestido azul e branco que a garota veste e seus pés descalços pisando o chão puro.
A menina que corre de um lado a outro pode ser confundida com a garotinha que caiu na toca do coelho e viveu seu mundo por trás do espelho. O campo onde está correndo é seu, o chão onde pisa tem pedras e machuca, o seu vestido que não é tão limpo está amassado. O céu já esteve nublado, pingos de chuva caíram pesados lá do alto, mas o azul que dá cor a imensidão voltou a aparecer.
Os pássaros naquele lugar não falam, mas cantam a manhã que acabou de chegar. As flores não montam coral no jardim, mas exalam um aroma capaz de adocicar corações. Lágrimas não geram mar e secam rápido quando um caminho – um único caminho – complicado surge sobre os seus olhos. Que eu erre! – pensa. Há apenas um caminho cheio de escolhas, melhor que vários caminhos simples, comuns. Toda e qualquer escolha que seja feita, Alice proclama a todos os erros a graça de transformá-los em acertos. E ela continua a corrida pelo grande campo. 
Sem coelho e pressa, sem corrida desesperada ou chapeleiro maluco e seu inexistente chá. Sua calma independe disso e sua doçura transcende a satisfação de ser o que ela é: complexa em seus questionamentos, decidida em suas escolhas. Não há quem ordene lhe cortar a cabeça e o seu caminho para casa não lhe mostra labirintos.
Enquanto se suja com tintas coloridas, prestes a pintar a porta de casa, a pequena de vestido comum e vida simples não precisou habitar um maravilhoso mundo. Ela simplesmente se fez maravilha dentro deste vasto espaço, escolheu cores vivas, pintou o seu melhor sorriso e escolheu, para o seu último traço na pintura, a expressão de alguém que escolheu dar o seu melhor sorriso com a expressão de um sorriso feliz.

2012 © Diego França *

29 de março de 2015

4ª Turnê Intrínseca – Eu fui!



Olá, pessoal!
O domingo começou, o tédio é garantido. Então, para disfarçar essa ociosidade dominical, eu quero falar sobre um evento que fui ontem, da Editora Intrínseca. Não quero e nem vou me aprofundar a falar de todos os livros apresentados porque a turnê vai passar por algumas cidades ainda e as pessoas precisam conhecer as surpresas do evento.


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A Intrínseca é uma editora com pouco mais de dez anos – foi fundada em dezembro de 2003 – e conta com noventa títulos de livros já publicados. É a grande responsável pela publicação de livros de sucesso, como o meu adorado UM DIA, de David Nicholls; o grande e muito bem comentado A CULPA É DAS ESTRELAS, de John Green; A garota que roubava livros e A garota que eu quero, ambos do autor australiano Markus Zusak. Também já publicou séries como Delírio (Pandemônio; Resquiém), de Lauren Oliver e a grande explosão Crepúsculo, da escritora Stephenie Meyer, em 2008.

Esse ano acontece a 4ª edição da turnê intrínseca que ainda está passando por alguns estados. Ontem, 28 de março, foi o dia de Porto Alegre (Livraria Cultura - Bourbon Country) e também Salvador, na Livraria Cultura do Salvador Shopping onde marquei presença.

O evento foi criado com o intuito de aproximar os leitores da editora e apresentar a eles os lançamentos e publicações, como tive a oportunidade de conferir ontem.

Dividido em duas partes, o início da palestra trouxe a apresentação de algumas publicações lançadas recentemente, entre elas o livro Caixa de Pássaros, de Josh Malerman; Quase uma RockStar, de Matthew Quikc e Selva de Gafanhotos (gafanhotos tarados que assim como os jovens só pensam em comer e trepar), Andrew Smith. A todos os garotos que já amei, Jenny Han; Como não ser um babaca, Meghan Doherty, Isla e o final feliz, de Stephanie Perkins entre outras publicações, são promessas para os próximos meses ou próximo semestre do ano.

Na segunda parte da palestra o público pode fazer perguntas sobre livros e séries, sobre a editora, etc. Alguns livros foram sorteados, bem como alguns abjetos personalizados, e a grande sensação do sorteio foi o tão desejado Kobo, um leitor de e-book. Infelizmente não ganhei nenhum desses prêmios, mas fiquei muito satisfeito e encantado com o brinde que a equipe da editora distribuiu a todos os participantes.
Quero parabenizar a editora pela disposição e por nos receber tão bem. Estão de parabéns! Ao público, quero deixar os parabéns também pela energia e pelo calor com que todos nós – do nosso jeito soteropolitano e receptivo de ser – recebemos a equipe.

B-jão/ Abraços e até a próxima!

 P.S.: Galera, vamos ficar atentos e termos mais consideração com o próximo. Muitas pessoas estavam invadindo fila e deixando pessoas que chegaram cedo ao local para trás. Imagino quantas pessoas saíram de suas casas bem cedo, quantos pais levaram seus filhos antes de ir trabalhar e não conseguiram uma senha. Por quê?! Pessoas que chegaram mais tarde – por motivos que desconheço – encontraram conhecidos e se alojaram na fila. Sejamos mais educados e menos egoístas.
 
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