16 de outubro de 2015

Cuidados que você deve ter com os livros ♥



Oi!
Hoje eu trouxe uma postagem diferente, algo que nunca fiz aqui, mas que, há algum tempo venho sentindo a necessidade de fazer. A ideia deste post, “Cuidados que você deve ter com seus livros”, surgiu a partir do momento em que passei a observar as pessoas – próximas a mim ou não -, e a forma como elas manejam seus livros. E posso dizer: boa parte delas ainda cuida muito mal do livro que está lendo. E isso não é legal porque os livros uma hora vão parar em outras mãos e todo leitor merece fazer uma boa leitura num livro bem cuidado.


Pensando nessas situações desesperadoras, decidi criar essa postagem com algumas dicas de como manter os livros novos por mais tempo. Lembrando que são dicas baseadas nas minhas experiências, na forma como eu cuido dos meus livros. Elas podem ser acrescentadas na maneira de cada um ou simplesmente adotadas por completo.


♥ Poeira é algo que dá em qualquer lugar e entra na nossa casa, ainda que as portas do universo estejam fechadas. Portanto, a cada sete dias reserve um tempinho para passar um pano ou um espanador na estante onde ficam os livros e até retirar aquela poeira que fica grudada na capa porque isso estraga e retira a cor natural dela, sem contar que fica aquela coisa grudenta. Limpe as laterais também.


♥ Há pessoas que gostam de levar um livro para ler no ônibus quando vão trabalhar ou resolver algo no centro da cidade - porque ler livro é o melhor passatempo da vida –, e então simplesmente saem com ele na mão. Não aconselho ninguém a fazer isso. Primeiro porque é desconfortável você sair com uma carteira no bolso e um livro na mão apenas. Depois porque a poeira do mundo todo vai grudar no livro, suas mãos suadas podem danificar a capa dele em algum momento, as folhas podem ficar pretas por causa do suor das mãos também e em algum momento você pode deixar cair ou amassar. Ao invés disso, escolha uma ecobag (há cada uma linda vendendo por aí e com estampas criativas) e coloque seus livros, ou então leve sempre uma mochilinha carregando seus companheiros. 


♥ Essa é uma das atitudes que eu tenho e que as pessoas me julgam: ‘Você está ficando neurótico!’ Ok! Sou um neurótico feliz. Eu costumo sair sempre com uma mochila com lápis, caneta, chave, etc. Certa vez uma caneta estourou dentro da minha sacola e eu acabei perdendo um livro porque manchou a capa toda de tinta vermelha. Se o livro estivesse protegido com um saco de pano ou uma capa para livros nada disso teria acontecido. Então, caso não possa comprar uma capa protetora para livro – andei pesquisando umas com preços assustadores -, vai numa loja de presentes e compra aqueles saquinhos de pano que servem para fazer aqueles embrulhos lindos para presente. São baratinhos, têm várias cores, você pode personalizar e ainda protege o livro.


♥ Se te uma coisa que o leitor ama depois de seu livro é o marcador que te diz onde você parou a leitura. Todo leitor apaixonado ama um marcador também. Porém, é preciso saber escolher o estilo do marcador que vai usar. Hoje em dia há vários modelos de marcadores lindos surgindo por aí – a criatividade alheia está maravilhosa -, porém alguns podem estragar a página dos livros. O pior deles é esse da foto do tipo elástico. É lindo? É. É de corujinha? É. Diih ama corujas? Com certeza! Mas ele usa este marcador? NÃO. Até usei algumas vezes, mas... Ele estragou as páginas do meu livrinho que amo (O céu está em todo lugar). Não aconselho ninguém usá-lo. O elástico prende as folhas sim e as deixam amassadinhas. Escolham marcadores de imãs (I Love) ou os tradicionais mesmo. 


♥ A imagem já diz tudo! Não risque seu livro jamais! E se riscar, caso não consiga resistir, se o desespero for maior que você utilize lápis. Mas EVITE ao máximo riscar as páginas de um livro. Pra isso que existem os post-its e os caderninhos à parte: para você não ‘canetar’ seu amiguinho. 

Então é isso, minha gente! Essas são algumas dicas para que você cuide um pouco melhor, trate melhor do seu livro porque, como já disse, o ato de cuidar bem é uma linda declaração de amor feita em silêncio. Portanto, declare seu amor pelo seu livro, cuide bem dele. 

Aceito sugestões e dicas de vocês também!

Até logo, pessoal.
Bjux do Diih

12 de outubro de 2015

{Resenha} ’Malala, a menina que queria ir para a escola’, Adriana Carranca



Oi, gente!
Feliz dia das crianças para todos os pequenos que visitam o Vida & Letras, os filhos dos visitantes do blog e um happy para você, adulto, que não perdeu a alma de criança como eu. Gostaria de presentear vocês com uma resenha especial, sobre uma garota guerreira que lutou pelo seu direito de aprender e ir para a escola. 



“Malala era uma menina que queria ir para a escola. Mas, no lugar onde vivia, isso era proibido. Livro, só escondido. No caminho para a escola havia muitos perigos. Riscos inimagináveis de morte até.”
“Esse caminho se chama vale do Swat.”


***
Sabemos que o sistema de educação no nosso país não é dos melhores. Algumas escolas sofrem com a carência de materiais para que os professores ministrem suas aulas e com estruturas precárias das escolas em alguns estados. Algumas crianças se esforçam junto aos professores nessa troca de aprendizado, outras preferem se afastar. Portanto, se eu pudesse ler esse livro e falar um pouco dessa história para essas crianças que desistem de estudar e de lutar todos os dias, eu faria. 

Malala, a menina que queria ir para a escola, é a mais jovem ganhadora do prêmio Novel da Paz, morava no Vale do Swat, num país chamado Paquistão. Lá as mulheres não tem voz: elas são silenciadas, escondidas, afastadas de toda e qualquer possibilidade de expressar opiniões. Por isso, Malala Yousafzai foi perseguida. Ela queria estudar, expressava suas opiniões e mostrava sua voz. Ia todos os dias para a escola, era a garota destaque da turma, dona de uma inteligência admirável e muito querida entre os professores e amigos. Mas, como já foi dito, estudar naquele lugar era perigoso. Todos os dias as meninas do vale do Swat saiam com medo, trocando de caminho para que não fossem pegas indo para a escola. Um dia, aos 10 anos de idade, Malala viveu a triste realidade de ver sua cidade invadida por grupos extremistas que por acreditarem que tudo era “Haram” – significa pecado -  proibiram a música, a dança e impuseram que só os meninos poderiam estudar. No entanto, mais uma vez, Malala não se calou e usou suas palavras e sua voz como arma nesta guerra, deixando o grupo furioso. Um dia, ao voltar de ônibus da escola, foi abordada por um Talibã que atirou nela e em duas amigas. Poucos acreditaram que ela sobreviveria.

A história de Malala é contada pela jornalista Adriana Carranca, que recebeu a missão de ir até o Vale do Swat pesquisar e escrever sobre a vida da menina, o que resultou nesse livro lindo. Publicado pela Editora Companhia das letras – no selo Companhia das letrinhas – em maio deste ano, “Malala, a menina que queria ir para a escola” é um presente ao leitor, seja ele criança, jovem ou adulto. Conta com a ilustração maravilhosa da Bruna Assis, jornalista que também é formada em design gráfico.

Adriana conta a história de maneira leve, dialogando com o leitor, como um bom papo, numa roda de contar histórias. Para escrever sobre Malala, a autora e jornalista introduziu informações sobre a geografia do local, além dos grandes acontecimentos históricos que ocorreram lá. Ela cita os costumes e visita pessoas que fizeram parte da vida da heroína para construir a narrativa. 

“É assim que se vestem as mulheres no vale do Swat. Elas nunca mostram o rosto nas ruas, você sabia? Faz parte da cultura local.”

A autora também se preocupou em traduzir algumas palavras e expressões da língua deles, para que possamos visitar sempre que tivermos dúvida. 

Apesar de ser um livro do selo “Letrinhas” – leia-se para crianças -, acredito que esse livro pode agradar mais ao público juvenil do que crianças abaixo de 11 anos, por exemplo. Acontece que a abordagem jornalística está impregnada na narrativa, o que pode não agradar tanto aos pequenos, ainda que seja uma história que cativante. 

Como diz Carranca no prefácio do livro “é uma história tão aterrorizante, quanto cativante”. Malala é um exemplo de luta e coragem. Foi uma criança como qualquer outra que gosta de brincar, no caso dela gostava de ler, amava Harry Potter e até blogueira foi, num determinado momento. Decidida e focada no que queria, a menina que lutou para ir para a escola é uma prova real e valiosa de que a leitura, os estudos e a busca pelo conhecimento é a melhor maneira de juntar argumentos e elevar a voz na lutar pelos seus direitos. 



Eu realmente gostaria que esse livro fosse utilizado nas escolas. Acima de tudo é uma história para se espelhar e espalhar. É um presente para qualquer ocasião. É uma história necessária para aqueles que pensam ou já pensaram em desistir dos seus sonhos ou daquilo que acreditam nessa vida. 

Espero que leiam ou, ao menos, procure conhecer um pouco dessa história. Vale a pena.

Encontro com vocês logo, logo.
Bjux do Diih .
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