Olá,
♥
Ontem (14) foi dia da pré estréia de "Com Amor, Simon", em Salvador, e eu tive o prazer de estar presente para assistir ao filme adaptado do livro de Becky Albertalli, "Simon vs. A Agenda Homo Sapiens"- no Brasil publicado pela Editora Intrínseca em fevereiro de 2016. Foi maravilhoso ver o que estava escrito ganhar som e imagem, com um elenco repleto de jovens talentosos que não deixaram a desejar.
Simon (Nick Robinson) é um adolescente de 17 anos, tem uma família bem estruturada, amigos inseparáveis e aparentemente leva uma vida comum. No entanto, ele sofre por guardar em segredo o fato de ser gay. Quando descobre que não é o único na escola a esconder sua condição, após ler a declaração de um colega até então desconhecido, o garoto passa a trocar e-mails com ele, que se identifica como Blue, e isso acaba nutrindo uma paixão entre os dois. Mas quando Martin, um dos alunos da escola, consegue ler os e-mails - por conta de um pequeno descuido de Simon - decide chantageá-lo. E então, as coisas ficam mais complicadas do que deveriam.
Um dos pontos altos de Com Amor, Simon é a leveza com a qual a questão da homossexualidade é tratada; é leve e é natural. Mas isso não se restringe apenas ao filme, como também ao seu texto de origem. A essência do que está nas páginas do livro consegue estar presente também em cada cena e no resultado final do longa. Revele-se para você mesmo e esteja pronto para encarar o mundo é uma das coisas pelas quais você poderá pensar quando entrar na casa, na vida de Simon, e viver suas amizades e suas aflições. Aflições não por não aceitar sua condição, pois esse não é o caso, mas por simplesmente não saber o momento exato de se revelar para as pessoas que amam. O medo de decepcioná-los, o medo de as pessoas não gostarem de quem ele é.
E essa é uma realidade de qualquer ser humano: todo mundo quer ser aceito no meio onde vive, ninguém gosta de se sentir deslocado. A gente quer mesmo saber que o outro gosta de quem a gente é. Com Simon não é diferente. E Nick Robinson conseguiu representar muito bem os disfarces de seu personagem.
A importância da família e dos amigos (que também podem ser como uma família) é enaltecida na trama, principalmente para os momentos difíceis pelos quais Simon vai passar na história. Seu abraço é essencial porque ela é nosso lar, nossa base e apoio. E isso faz do filme uma atração não só para o adolescente, mas para a mãe, o pai, os tios, os avós. E em matéria de representatividade, o filme - que apresenta semelhanças, mas também diferenças em relação ao livro - não deixa a desejar. Temos a forte presença de atores negros, que não estão apenas à sombra do protagonista, mas caminhando junto a ele.
A contextualização é excelente. A troca de e-mails, o uso das redes sociais e a maneira como ela é utilizada pelos jovens da atualidade (como meio de interação, de denúncia e até de ofensa) forma um retrato perfeito da adolescência da atualidade. A vida dos adolescentes na escola, as futilidades, os absurdos também estão bem representados e acompanhados de uma trilha sonora bem atual, digna de ser apreciada. Você poderá encontrar No, de Meghan Trainor, a Jackson 5.
É impossível que você assista ao filme e não lembre da sua primeira paixão e daquele medo comum a todas as pessoas que se deparam com um sentimento até então desconhecido. E não importa se você é gay, hétero, bissexual. Essa imersão que você fará através dos sentimentos de Simon, que te fará lembrar daquele primeiro momento com a pessoa porque foi ou é apaixonado poderá te fazer perceber que o amor é para todos, assusta a todos, não importa o sexo. Assim como a dor, as decepções também estão aqui para qualquer pessoa.
Uma das coisas que senti falta no filme foi as trocas de e-mail entre Simon e Blue. Não que não tenha existido, mas o grau de intimidade e as mensagens mais profundas e sentimentais ficaram de fora, então não dá para ver o quanto os dois garotos possuem uma afinidade maior. Isso é mais intenso no livro e provavelmente funcionou melhor.
A contextualização é excelente. A troca de e-mails, o uso das redes sociais e a maneira como ela é utilizada pelos jovens da atualidade (como meio de interação, de denúncia e até de ofensa) forma um retrato perfeito da adolescência da atualidade. A vida dos adolescentes na escola, as futilidades, os absurdos também estão bem representados e acompanhados de uma trilha sonora bem atual, digna de ser apreciada. Você poderá encontrar No, de Meghan Trainor, a Jackson 5.
É impossível que você assista ao filme e não lembre da sua primeira paixão e daquele medo comum a todas as pessoas que se deparam com um sentimento até então desconhecido. E não importa se você é gay, hétero, bissexual. Essa imersão que você fará através dos sentimentos de Simon, que te fará lembrar daquele primeiro momento com a pessoa porque foi ou é apaixonado poderá te fazer perceber que o amor é para todos, assusta a todos, não importa o sexo. Assim como a dor, as decepções também estão aqui para qualquer pessoa.
Uma das coisas que senti falta no filme foi as trocas de e-mail entre Simon e Blue. Não que não tenha existido, mas o grau de intimidade e as mensagens mais profundas e sentimentais ficaram de fora, então não dá para ver o quanto os dois garotos possuem uma afinidade maior. Isso é mais intenso no livro e provavelmente funcionou melhor.
Love Simon é uma história sobre descobertas e aceitação. Mas também é uma história sobre amor e sobre como esse sentimento é capaz de nos manter de pé nos momentos de adversidade. É sobre como o amor é capaz de nos preencher quando pensamos estar sozinhos.
"Todo mundo merece uma grande história de amor."
Sutil, engraçado e dramático na medida certa, Com Amor, Simon trata da relação homoafetiva de forma leve, longe do lugar trágico e estereotipado de algumas histórias que abordam o assunto e escorregam feio. Esse é um filme para você assistir rindo, suspirando de amor, mas atento às mensagens presentes em cada gesto e atitude dos personagens na trama. É para a família, um desafio para aqueles que ainda não se libertaram da doença chamada preconceito. Tem muitas questões a serem discutidas e repensadas.
Fiquei muito satisfeito com o que assisti e indico muito que vocês apreciem a grande estréia do filme, que acontecerá no dia 05 de abril nos cinemas de todo o país. Vale a pena conferir. Mas enquanto você espera, assista ao trailer e fique com um gostinho de quero mais (compre um Oreo para acompanhar):
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Um b-jão, volto logo ♥