27 de abril de 2016

O Primeiro Último Beijo, Ali Harris – ‘Os beijos que marcaram duas vidas’



♥ Olá! =)
Você já beijou alguém especial hoje? Já deixou passar algum beijo por birra ou orgulho? Você já parou para pensar que o beijo que você rejeitou poderia ser o primeiro e último? E já pensou que poderá se arrepender de não ter beijado com paixão aquela pessoa essencial na sua vida?

Posso dizer que o beijo é a fotografia perfeita para ilustrar a história tocante e comovente que a autora Alli Harris escreveu e que a Editora Verus trouxe para o Brasil.


O ministério das pessoas sentimentais demais adverte: ler esse livro lhe causa um aperto no coração e uma vontade imensa de chorar e se apaixonar. Em caso de suspeita desses sintomas, leia o livro até o final e acabe logo com isso.

Molly e Ryan se conhecem desde muito novinhos. Ela uma garota um tanto “do contra” e amante da liberdade, um tanto cética em relação ao amor verdadeiro. Ama fotografar, nunca foi o centro das atenções nem o modelo de mulher que os homens costumam se interessar. Mas isso não aconteceu com Ryan, um rapaz desejado por todas as meninas do colégio, que ao contrário de Molly é o centro das atenções e conhecido por todos por ser jogador de futebol. Na verdade ele sonha em ser um jogador profissional. E agora ele quer conquistar Molly porque desde quando a beijou pela primeira vez sentiu que queria viver sua vida ao lado dessa garota que se tornou um desafio para ele. E então as coisas acontecem. O primeiro beijo não foi nem de longe maravilhoso, mas o segundo foi o suficiente para marcar uma vida inteira que os dois passaram juntos, até que o destino mostrou que nem sempre os caminhos dos apaixonados seguem a mesma direção. Agora Molly se arrepende das vezes que esnobou Ryan e dos beijos que gostaria de ter dado e não deu.

O Primeiro último beijo chegou para marcar um lugar especial no coração dos leitores. Quantas pessoas estão se apaixonando agora ou já estão apaixonadas? Talvez você esteja vivenciando as situações dos personagens agora, amando e resistindo a isso. E talvez até você esteja se separando, desejando que isso nunca tivesse acabado. Milhares de pessoas neste momento vivem alguma cena de amor que está em cada página deste livro. Ele é real – no sentido que se aproxima da vida real - os personagens são reais e a metáfora do beijo é clara: “não desperdice um beijo sequer nessa vida”.

Quem deu vida aos personagens e ao romance de O último primeiro beijo foi a jornalista Alli Harris, que já escreveu para algumas revistas e já foi editora da Glamour. Seu livro reúne os diversos beijos que damos na vida, como o primeiro beijo, o beijo de despedida, o beijo de “não me deixe ir”, o beijo de concessão... O beijo que representa a vida de muitos casais por aí. A autora construiu uma narrativa repleta de romantismo, com muita graça, sentimentalismo e estilo. A narrativa elegante e os personagens cheios de vida e tão “familiares” fazem dele um romance marcante, em que a fotografia e os beijos acompanham o leitor do primeiro ao último capítulo.


Desde o livro UM DIA eu não me emocionava e me sentia com o coração tão apertadinho. Certamente quem leu o livro de David Nicholls vai conseguir identificar um pouco de Emma Morley na personagem Molly e pode encontrar muito de Gerry, de P.S Eu TE Amo, em Ryan. É como se os personagens dialogassem em si, discutindo as situações parecidas que viveram na vida. E algo mais em comum: Molly e Ryan também são apaixonantes. Mas se engana quem acha que O primeiro último beijo é mais um romance bobo, “água com açúcar”, que segue os clichês dos dramas.

O clichê existe sim, mas costumo dizer que alguns autores apenas sabem conduzir a mesmice por um lado digno e apreciável, e isso aconteceu aqui. Você vai encontrar declarações de amor exageradas no meio de multidões, famílias divertidas e inabaláveis – as tidas como perfeitas - do início ao fim, além daqueles tipos de pais mais reservados e tradicionais.

Prepare-se para (re)encontrar aquela amiga espalhafatosa e que flerta com todos os rapazes, mas que faz a diferença na sua vida, tá? Mas também vai dar de cara com aquelas cenas em que você se pergunta: “será que isso aconteceria de verdade?”, ou até “será que há alguém nessa vida, disposto a SER isso para alguém até o fim?”. E sabe o que é o melhor de tudo? Você simplesmente acredita em um final e a autora te surpreende porque na verdade a história ganha um rumo inesperado.

O livro não conta com um tempo linear e apesar de essa não linearidade ser essencial para contar esse tipo de história, o passado e o presente podem confundir o leitor, que nessa hora precisa ter muita atenção para não se perder. Acredito que algumas coisinhas na narrativa poderiam ser descartadas e ainda assim a história surtiria o mesmo efeito e daria conta do recado.

Quando nos propomos a viver uma relação, a gente precisa fazer concessões, precisa ceder. Muitas vezes nos deparamos com a incerteza e dá vontade de largar tudo e viver uma vida diferente. Não é fácil. Mas será que vale a pena largar tudo o que a gente sempre quis nos momentos mais difíceis? Será que casar ou se relacionar é deixar a relação sucumbir diante da primeira crise? E será que realmente a separação pode ser um meio de fazer com que alguém perceba que não gostaria de perder alguém que realmente ama na vida? Todas essas questões serão discutidas de alguma forma em cada capítulo.


Dramas, romances, amizade, traição. De tudo um pouco e de cada realidade um retrato. É um livro que pode ser um espelho pra muita gente e por isso consegue ser tão tocante e especial. Tem tudo para ser adaptado e merece ser lido com paixão.

Fica a dica de uma leitura prazerosa e tocante para vocês.

Bjux 1.000

Diih 
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