27 de junho de 2018

'ELE' - QUANDO RYAN CONHECEU JAMES


Olá!

Precisamos conversar sobre ELE, livro novo da Autora Elle Keneddy, escrito em parceria com Sarina Bowen, um dos novos lançamentos da Editora Paralela para previsto para o dia 29 de junho.
ATENÇÃO, o livro é de conteúdo adulto, não sendo aconselhado para todas as idades.
Quando li um livro da Elle Kenedy pela primeira vez sabia que o gênero (hot) não é o meu forte - eu realmente não gosto, não é o tipo de leitura que me movimenta. Mas na vontade de me desafiar, de conhecer melhor outros tipos de narrativas, decidi me aventurar e li "O Acordo". Não foi das leituras mais marcantes que fiz, deixei bem clara minhas insatisfações, embora a autora tenha uma escrita agradável. Aconteceu o mesmo com o livro em questão. No entanto, LI mais pela curiosidade por ser um livro de temática gay do que pelo gênero em si. Portanto, na resenha de hoje, não vou poupar críticas e incômodos, como sempre faço, da maneira mais sincera e respeitosa possível. Não com relação ao gênero, mas sim a abordagem e a representação do gay na narrativa.


"Eu gostava do meu melhor amigo hétero fazia um tempão. Mas não podia contar para ele." (pág.: 39)
Na adolescência, Ryan Wesley (Wes) e James Canning (Jamie) foram melhores amigos. Eles se conheceram no acampamento de hóquei e tornou-se uma dupla inseparável durante todo o período em que passaram juntos. Mas a amizade dos dois mudou no último ano de acampamento, após uma situação que marcou a vida de Wes e um sentimento que cresceu nele pelo melhor amigo (hétero). O rapaz então decide se afastar e depois de quatro anos, finalmente, encontra Jamie, com quem irá competir num jogo importante. Agora eles têm a chance de retomar a amizade e após uma confissão sobre o verão em que tudo mudou precisam lidar com seus desejos mais secretos.

Lançado originalmente em 2015, ELE - Quando Ryan conheceu James chega às livraria de todo o país na próxima sexta-feira. O livro estará disponível nas versões física e em e-book, com aproximadamente 256 páginas de cenas quentes numa narrativa fácil e envolvente, que apresenta o amor entre dois rapazes vivendo momentos de mudança nas suas vidas profissionais e pessoais, porém, pobre em diálogos e no quesito representatividade. 

Primeiro há a velho dualidade entre o homem hétero e o homossexual, o que já era de se esperar, já que traz essa proposta e não deixa de ser um fetishe de boa parte dos homens gays. Até então, tudo bem. Mas o equívoco começa quando o personagem representa o homossexual "mais aceito" socialmente: aquele que não parece gay. A representação do gay "macho" e padrão de beleza para a sociedade está explícita desde a capa do livro, que já me fez esperar isso do resto da história. É um texto heteronormativo, por vezes machista, com diálogos superficiais e forçados demais. Até mesmo a personalidade dos personagens não me apresentam clareza para a proposta da narrativa. 

Repetições como "meu amigo hétero", expressões como "masculinidade viciante", descrições como "sou um cara forte e durão" e até "comprou um sofá (...) bem masculino e de couro", entre outras passagens (e não são poucas, deixam explícitos os equívocos das autoras na hora de criar seus personagens. Aliás, posso arriscar dizer que muitos dos diálogos incoerentes com o perfil do personagens se dão justamente pelo ideal taxativo que boa parte das pessoas tem quando se trata de um romance gay. Aqui, para mim, fica explícito que houve a representação de um "tipo" de gay, o mais "aceitável", o gay discreto que não precisa mostrar que é gay o tempo inteiro. Aquele gay que os preconceituosos querem esconder porque é mais cômodo para eles não ter que lidar com as diferenças, o que lhe causam estranheza.


O texto é cheio de equívocos que posso dizer imperdoáveis a serem questionados e observados. A ideia não é detonar o livro que está prestes a ser lançado (até porque eu mesmo, sendo gay, posso escorregar), mas sim provocar uma discussão acerca dos personagens que representam homens gays/Bi, aliás, que representa um tipo de gay, bem como suas atitudes. O gay "macho" não deixa de ser gay e viver as mesmas coisas que um gay afeminado. Ambos são gays e possuem seus estilos de vida. Está na hora de pararmos de camuflar nossos preconceitos, mostrando e endeusando personagens que não representam o todo, fruto de um olhar machista e de uma sociedade que não sabem lidar com as diferenças. Analise e perceba a quantidade de equívocos dentro disso. Se é para representar, que abra mão dos preconceitos, dos ideais, dos rótulos, e apresente um bom trabalho a resposto disso.

Outro ponto a ser destacado é: as pessoas precisam aprender a olhar para um relacionamento gay como uma relação comum e não somente uma relação instintiva. Em momento algum percebi na narrativa um discurso enriquecido entre os personagens. Eles só falam, respiram, pensam sexo. No treino, no trabalho, numa conversa entre amigos. Em poucos momentos consegui me sentir emocionada por uma cena de mais afeto entre eles, de diálogos afetuosos. As relações sexuais são sempre cheias de fúria e de um tom louvável de masculinidade, reforçando ainda mais a característica heteronormativa que temos no enredo desta história - numa determinada cena em que eles falam das vantagens de ser gay, fiquei abismado com a resposta deles. Aguarde e verá! Senti falta do drama, da problemática das descobertas de um rapaz que se descobre bissexual, de algo mais além do sexo. 

O preconceito está em alguns poucos momentos por aqui. Uma cena (tosca por sinal) para representar a realidade de um casal homossexual e pronto. Voltamos para a sessão transa, sexo, diálogos vazios, expressões superficiais, etc, entre dois personagens fracos para a narrativa, nada marcantes ou carismáticos. 

O momento de mais emoção da história, o que mais achei bonito e que me deu satisfação na leitura é o epílogo. É o capítulo em que mais percebo sentimento, que pode causar comoção, que traz uma riqueza maior para o todo raso e taxativo que está marcada nas páginas do livro. Uma pena que quando melhorou, acabou. E não importa que esse seja um livro hot. Não é por ser hot que as discussões entre as cenas de sexo não podem ser enriquecidas e feitas com mais cuidado.

ELE - QUANDO RYAN CONHECEU JAMES é um livro que só reafirma o quanto o olhar da pessoas para o homossexual é ainda muito equivocado, taxativo e preconceituoso. Um enredo que instiga apenas pela boa escrita, mas que peca no seu conteúdo raso e mais do mesmo. Um bom livro para quem simplesmente ler uma história rápida e cheia de cenas de sexo. Um mau livro para quem realmente prefere ter um olhar mais crítico acerca do assunto.

★★

Beijo,
com carinho, ♥️
Essa é uma opinião pessoal, que não deve influenciar em nada na decisão de ler um livro ou não. Caso tenha interessa, faça a leitura e tire suas próprias conclusões. Só não abra mão de um olhar mais crítico para suas leituras. 

25 de junho de 2018

Você conhece o CUPOM VÁLIDO?


Olá! 

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Bjão,
com carinho.

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