6 de abril de 2016

‘Nunca jamais’, Colleen Hoover & Tarryn Fisher



Olá, pessoal!

Primeiramente quero desejar um dia lindo e uma quarta-feira maravilhosa, repleta de paz e ótimas notícias para todos. E por falar em notícias quero contar que tive o meu primeiro contato com a autora da série Métrica, a tão querida Colleen Hoover, como vocês podem perceber. Seu último trabalho, “Nunca Jamais” (Never, Never), é primeiro livro de uma trilogia, em parceria com Terryn Fisher, que é uma autora é autora best-seller do New York Time e do USA Today.

O que você faria se acordasse um dia e descobrisse que não se lembra de praticamente nada da sua vida - o que inclui seu próprio nome, seu endereço, quem são seus pais, seus amigos -, mas é capaz de lembrar coisas superficiais como, por exemplo, a letra de uma música?


Charlize Wynwood mora com a irmã e a mãe alcóolatra, seu pai está preso, ela tem um relacionamento de quatro anos com um garoto que conhece desde criança. Ela não consegue lembrar-se de nada disso. Assim como Charlie, Silas Nash também não se recorda de nada, nem mesmo que tem uma namorada. O rapaz vem de uma família bem estruturada, de bom nível social, divide a casa com os pais e o irmão com quem tem uma linda relação de amizade. A família dele não gosta nem um pouco de Charlie. Mas por qual motivo? O que aconteceu para que a memória dos dois desaparecesse assim de repente, apagando tudo sobre a identidade do casal e de quem são? Aos poucos os dois encontrarão pistas e informações sobre suas vidas e vão descobrir segredos que farão questionar o por quê de ainda estarem juntos e se realmente se amam.

Nunca quis ler algo da Hoover porque seus trabalhos anteriores não me chamavam atenção. Mas quando li sobre Nunca Jamais e entendi que era o momento de dar uma chance à autora e tenho que dizer: não me arrependi e acho até que esperar por esse livro foi o certo a ser feito porque realmente fui conquistado.

Nunca jamais é um thriller romântico e misterioso, que mistura romance e suspense na narrativa. Posso dizer que é uma trama competente, tanto pela maneira como a narrativa foi conduzida, quanto pela escrita leve das autoras. Os artifícios que utilizaram para prender o leitor e fazer com que o mistério envolvendo a vida dos dois desse certo são dignos de aplausos.

A escolha da narrativa em primeira pessoa, cada capítulo sob a visão de cada um dos protagonistas, é mais uma característica que faz do romance um texto excelente. Muitos questionamentos e interrogações rodeiam a vida de Silas e Charlie e de alguma forma eles nos levam nessa busca incessante pela descoberta dos acontecimentos. O leitor é inserido facilmente na história porque o narrador personagem divide suas emoções, seus medos e dúvidas, elementos que caracterizam a subjetividade e consequentemente facilita o clima de suspense na narrativa.


Os personagens possuem características bem distintas, o que só afirma as personalidades bem trabalhadas. Silas é um rapaz que a todo o momento, mesmo com a perda de memória, parece se apaixonar por Charlie – talvez essa seja uma das lembranças que não foi retirada, mas está muito longe dos "olhar" do garoto para que ele perceba . Ela, por sinal, tem uma personalidade dura, nada amável ou sensível – justificada pela base familiar em que vive. Talvez eles não sejam perfeitos um para o outro, mas ambos erraram na relação – eles descobrem isso durante a narrativa - e percebem que guardam segredos um para o outro que revelam o caráter duvidoso de ambos.

Lendo o livro fui me lembrando do filme “Como se fosse a primeira vez” - quando você ler vai entender num determinado momento minha lembrança – e do livro “O Gigante enterrado”, do Kazuo Ishiguro, e todo seu clima misterioso acerca do esquecimento dos casais protagonistas e dos questionamentos sobre a identidade deles como pessoas e como casal também.

Nunca jamais é um livro intrigante e extremamente envolvente. Uma colcha de retalhos construída a partir das lembranças dos personagens, que de alguma forma estão buscando suas identidades, questionando ações e mergulhando num mar de dúvidas – “o que fomos, quem somos agora e o que seremos. Indico a todos os fãs da Hoover, que nunca deixaram de me dizer o quanto a escrita dela é competente e a todos aqueles que assim como eu resistiram a ler algo da autora.
 Tenho que dizer que estou tremendo de ansiedade, louco pra ler a continuação. A série Never Never já foi publicada (completa) lá fora e o último livro foi lançado em janeiro deste ano. Agora é só aguardar a Galera Record publicar a continuação aqui no Brasil também.

Bjux 1.000 e até logo!
Diih
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