2 de março de 2018

O que te inspira? - faça uma lista de inspirações e espalhe amor


      Olá,
     
   
      De vez em quando costumo aparecer por aqui querendo fugir - um pouquinho só - do tema LIVROS para explorar outras questões que costumam acenar para mim, diariamente. E eu gosto de dar atenção a elas, de mergulhar junto, de procurar até encontrar o que me falta, o que me faz bem, o que me realiza.
      Não é novidade que estamos vivendo dias complicados, cada um lutando por uma batalha, sobrevivendo às farpas, buscando um minuto de descanso e paz para o corpo e para a alma. É tanta coisa que parece que sairemos daqui insatisfeitos e incompletos, depois de batalhar tanto para servir ao outro, encontrar a possibilidade de se servir no início do mês e de manter-se de pé pelo resto dos dias. No entanto, o que nos dá prazer pode estar bem ali nos olhando, num cantinho, acanhado, escondido, piscando os olhos. E ainda assim a gente não vê, pois estamos acostumados a correr para não perder o ônibus e não se atrasar; estamos correndo e fechando os olhos.
      Mas quando a gente se apressa e ainda por cima não nos permitimos perceber o universo ao nosso redor, deixamos de estimular nosso coração, nossos pensamentos bons; deixamos de olhar para o mundo e perceber as pequenas coisas que nos inspiram e nos fortalecem. Por isso, quero dividir com você uma lista de coisas que me inspiram e me fortalecem, talvez essa lista possa fazer com que você se inspire também e divida comigo essas inspirações.


MINHA FAMÍLIA E MEUS AMIGOS:
- Minha família é meu lar, meu porto seguro, amigos inseparáveis. Graças a Deus tenho uma família unida, todo mundo é amigo, vive em paz, brinca, chora junto e damos as mãos nos momentos mais difíceis. É tanto amor e cumplicidade que não é difícil se sentir feliz e realizado. 

MEU CACHORRO:
- Snou o nome dele (sem o W para não ter significado de neve). Quando coloquei o nome dele não foi pelo significado da palavra em inglês, mas sim pela sonoridade. Eu gosto. Por isso quando registrei mudei a última letra. Ele é um amor de cachorro, me enche de alegria a cada chegada. Ele tem um olhar tão doce e puro que só quem tem um cão em casa - ou um animal estimação - sabe do que estou falando.

MÚSICAS:
- Música me inspira muito. Quando criança costumava dormir escutando música, eu me sentia melhor à noite. Música para quando estou triste, para quando estou feliz, para quando estou estressado. As canções de Sandy, Marisa Monde e Shania Twain são as que mais me tocam profundamente.

O PÔR-DO-SOL E O CÉU ESTRELADO:
- Provavelmente você já viu algumas fotos do céu aqui no blog, ou alguma estrela enfeitando alguma postagem minha. Acontece que sou um apaixonado pelo pôr-do-sol e gosto de deitar do lado de fora e olhar para o céu cheio de estrelas. Isso me acalma, me traz uma paz inexplicável.


OS LIVROS QUE LEIO - e gosto!:
- Acredito que todo leitor se sente tocado, apaixonado, inspirado por um livro em especial, pelos personagens, pela história e até por uma frase da história. Há frases tocantes e cenas marcantes que nos inspiram de tal forma, que é impossível não suspirar depois de ler. Um dos meus livros inspiradores da vida é Alice no pais das maravilhas. E tem também UM DIA, entre outros.

A CENA DE UM FILME OU UMA SITUAÇÃO REAL:
- Eu amo assistir a filmes românticos, sempre vejo e ouço coisas que me fazem refletir e pensar na minha vida, às vezes até me inspiram a escrever sobre o amor e sobre relacionamento. A mesma coisas acontece na vida real. Sou observador demais e se vejo uma atitude bonita de uma pessoa nas caminhadas que faço logo quero escrever e deixar aquela cena marcada. 

MINHA MÃE:
- Impossível não falar das coisas que me inspiram e não citar minha mãe, uma mulher forte e guerreira, que quando algo coloca a cara a tapa e faz. É meu exemplo de pessoa e coragem. 

CONTEMPLAR O MAR:
- Sempre que estou triste, angustiado ou estressado procuro encontrar um momento para sentar frente ao mar, fechar os olhos e deixar tudo de ruim ir embora. O vento batendo no meu rosto é especial. Não dá para explicar como me sinto. Já escrevi um texto lindo de frente para o mar, um dos meus preferidos. Mas bem pessoais, por isso nunca publiquei no blog.

UM DIA DE SOL E O CÉU AZUL:
- Quando abro a janela do meu quarto e vejo que o dia está claro, com sol, e o céu está azulão eu me sinto bem realizado. Eu não gosto de chuva, tão pouco de sentir frio. Nesse período, além de ser tomado por uma melancolia, meu humor não é dos melhores e isso me incomoda. Muito diferente do que acontece nos dias de sol.

      E não para por aqui, há muita coisa que me inspira, é quase uma lista infinita. Acho que a vida em si, ainda que caótica, às vezes, injusta (pelo que pode parecer) é inspiradora. A gente só precisa descobrir o jeito certo de fazer valer a pena, arriscando e descobrindo mais de quem nós somos.

    Se você quiser refazer o post no seu blog fique à vontade. Vou adorar conhecer sua lista de inspirações. Sinta-se livre para publicar e me mostrar. Basta dizer onde encontrou a primeira lista, linkar o blog e me avisar que vou correndo deixar uma mensagem.

B-jão,

27 de fevereiro de 2018

[Editado] A Guerra que salvou a minha vida, de Kimberly Brubaker Bradley



Lovers, 


      Ano passado tive o prazer de ler o livro "A guerra que salvou a minha vida" e fiquei encantado com tamanha beleza e sensibilidade. Adda é uma verdadeira heroína, uma personagem que a gente deseja abraçar e proteger, ainda que seja uma garota forte.  Mesmo nos momentos em que aparenta ser tão ríspida,  vemos o quanto isso é reflexo da falta de amor - porque quando isso nos falta, não sabemos sequer receber.      Hoje, no dia em que A GUERRA QUE ME ENSINOU A VIVER chega às prateleiras das principais livrarias, decidi repostar minha crítica sobre o primeiro livro. E neste texto com certeza você encontrará motivos de sobra para querer ler não somente o início de tudo como também a continuação dele, imediatamente. 


      Publicado pela Editora Darkside, “A guerra que salvou a minha vida” apresenta um relato comovente de uma menina que passou por difíceis momentos ao lado do irmão durante a segunda guerra mundial. A heroína da história é Ada, uma garota que nasceu com um problema em um dos pés e vive uma vida de escravidão dentro de casa, onde é maltratada pela mãe que não aceita ter uma filha "aleijada". Ada não sai de casa e tudo o que sabe sobre o mundo é observado de sua janela, por onde vê as ruas do bairro e as pessoas que passam por lá. A menina é obrigada a servir a mãe, arrumar a casa, fazer o almoço e não tem direito a boa alimentação ou a trocar uma palavra com qualquer pessoa. Ela também cuida do irmão mais novo, o James, um garoto carismático, que apesar de tudo é mais bem tratado pela matriarca, que permite que ele brinque na rua porque é um garoto normal, incapaz de envergonhá-la. Quem cuida de James na maior parte do tempo é Ada, que por viver enclausurada desenvolve um sentimento de apego ao garoto, além do amor incondicional que sente por ele. Quando ficam sabendo que está para começar uma guerra e que as crianças estão sendo evacuadas do lugar onde moram, na Inglaterra, eles traçam um plano e vão embora juntos. Nesse momento Ada começa a descobrir o mundo, a beleza das coisas e sentimentos até então desconhecidos por ela. Quem diria que uma guerra poderia salvar a vida de Ada? 
Existe guerra de tudo quanto é tipo.
A história que estou contando começa quatro anos atrás, no início do verão de 1939. Naquela época a Inglaterra estava à beira de mais uma Grande Guerra, a guerra que está acontecendo agora [...] Eu tinha dez anos, [...] e não estava nem um pouco preocupada com ela ou com qualquer disputa entre os países. Pelo que contei já deve ter ficado claro que eu estava em guerra com minha mãe, mas a primeira guerra, a que travei naquele mês de junho, foio contra o meu irmão." (Pág.: 10)
      O que pode acontecer quando você não sabe quase nada sobre o mundo que existe além das paredes da própria casa e é humilhada todos os dias pela pessoa que deveria cuidar de você? Que sentimentos podem se desenvolver numa criança de dez anos, que deveria viver sua infância, mas é tratada como escrava, é maltratada e humilhada pela pessoa que deveria lhe dar amor? As consequências em resposta para cada uma dessas perguntas estão retratadas de maneira sublime nessa história tocante, que nos mostra o cenário de duas lutas: a luta entre os países e a luta interna e desesperadora que acontece na vida de Ada durante a segunda guerra.


      Narrada em primeira pessoa, a partir do relato inocente, por vezes revoltado e sensível da grande heroína da história, a narrativa de Bradley contagia e prende o leitor não somente pelo cenário e contexto histórico, como também pela personalidade muito bem construída de Ada e dos demais personagens. O perfil psicológico da personagem principal e do seu irmão e companheiro é também muito bem trabalhado de modo a despertar o sentimento de empatia no leitor e fazê-lo refletir sobre as batalhas pelas quais uma pessoa passa na vida e isso independe do momento histórico em que vive. O que é também uma grande sacada: a historia transcende o tempo, pois vivemos guerras constantes durante nossa vida. 
"A voz da Mãe ecoou na minha cabeça. Sua porcaria horrorosa! Lixo, imunda! Ninguém quer você, com esse pé horrível! Minhas mãos começaram a tremer. Porcaria. Lixo. Imunda. Eu servia pra usar os descartes da Maggie ou as roupas simples das lojas, mas não isso, não esse vestido lindo. Podia passar o dia inteiro ouvindo a Susan dizer que nunca quisera ter filhos. Mas não suportaria ouvi-la me chamar de linda. (Pág.: 158)"
      Os traumas e sentimentos de medo, de Ada, estão espalhados pelo texto. Você é capaz de identificar cada momento de tentativa de se libertar das amarras, dos sentimentos de raiva, de insatisfação da garota. Mas não é só isso. Ada não é só sentimento de medo, ela é força. A garota tem uma inteligência e força de vontade admirável. Ela cai, mas segue em frente. É persistente e corajosa. 
"Eu, desde o primeiro instante, adorei. As quedas não me assustaram. Aprender a montar era como aprender a andar. Doía, mas eu seguia em frente." (Pág.: 65)
      Importante também destacar que a autora deixa clara a importância de uma boa educação e também mostra o método de ensino de alguns professores da época, ainda visto atualmente. O incentivo à leitura também é uma constante na história, que cita algumas obras de sucesso da literatura, com destaque a Peter Pan e Alice no país das maravilhas. 
"Fui vesti-lo depois de visitar o Manteira. Sabia que a Suzan ficaria contente, e ela ficou. Escovou o meu cabelo, mas deixou-o solto. e amarrou a fita verde nova na minha cabeça. 'É a fita da Alice', ela disse. 'A garota do seu livro, a Alice, ela usa o cabelo assim.' (Pág.: 164)
      Percebam que até a cor, citada de forma tímida, tem papel importante. A cor verde representa a ESPERANÇA, algo que Ada, apesar de tudo, nunca deixou de lado. E ainda sobre Alice, a Ada tem um pouco da ousadia e inteligencia da menina de Carroll; tem a sensibilidade e o medo, mas a persistência de Alice também pode ser vista em Ada, que inclusive num dado momento dialoga com o conto no seu relato:
"A Alice perseguia um coelho que usava roupas e um relógio de bolso. Ele descia pela toca, como os coelhos que eu via nos passeios com o Manteiga. A Alice ia atrás dele e caía num lugar ao qual não pertencia, um lugar onde nada fazia sentido.
Éramos nós, pensei. O James e eu havíamos caído na toca de um coelho, na casa da Susan, onde nada mais fazia sentido." (Pág.: 165)
      A Ada também é uma criança consciente, neste momento encontrando confiança dentro de si:
"Enfim compreendi qual era a minha luta e por que eu guerreava. A Mãe não fazia ideia da forte combatente que eu havia me tornado."  (Pág.: 220)
      Com uma edição impecável, um trabalho de capa especial e totalmente dentro do contexto da história, "A guerra que salvou a minha vida" é um um grande acerto na literatura contemporânea e é vencedor de vários prêmios importantes, além de estar em primeiro lugar nos mais vendidos do New York Times. O livro também é adotado em várias escolas nos Estados Unidos. A autora já publicou outros livros sendo este o primeiro publicado também no Brasil. Bradley vive com a família numa fazenda nas Montanhas Apalaches. 

      A guerra que salvou a minha vida é um livro para a família toda. Uma história linda, delicada, tocante, especial. Sem dúvidas a Ada é uma heroína da atualidade, uma inspiração. 



25 de fevereiro de 2018

Vida & Letras 2018



      Olá,

      Hoje é o início de um novo ciclo para o Blog. O Vida & Letras, que vai completar onze anos na rede logo mais começou de modo despretensioso, escondido, como um diário virtual, que na minha ingenuidade (na época com 17 anos) acreditei que ninguém descobriria. E apesar de todos os percalços que encontrei durante todo esse tempo - na vida pessoal, na questão de tempo, na frequência de visitas e na perca de força dos blogs nas redes - ainda consigo mantê-lo com o mesmo amor, com a mesma vontade, com a mesma satisfação.
     Uma das principais exigências que tenho com o site é de que ele possa parecer ao máximo comigo. Eu quero que ele transmita para os leitores toda a emoção e satisfação que tenho com cada frase que escrevo, com cada livro que leio e gosto, com as fotografias que faço trago para mostrar também. Porque eu gosto de ser verdadeiro e quero que as pessoas me vejam e possam encontrar um "amigo", alguém com quem possa dividir suas opiniões, gostos e vontades. Estou na rede há mais de dez anos e posso dizer com satisfação que conheci pessoas queridas, que me inspiram, que me ajudam, que se tornaram amigos e que fizeram e fazem diferença na minha vida. Todos os dias é um aprendizado e sei que é clichê dizer isso, mas é a mais pura verdade.
     Além de transmitir minhas emoções eu também tenho muito cuidado para que o blog esteja sempre harmonioso, com cores leves, romântico, simples e bonito. O blog deve estar sempre de acordo com o meu momento. Meu estado de espírito, as coisas que gosto de fazer num determinado período da minha vida está aqui. Quando pedi para a Camila, do Colorindo Design - que por sinal fez um trabalho lindo, satisfatório -, para fazer a nova arte do blog pensei em atribuir a ela algo que estivesse presente no meu dia-a-dia e que ao mesmo tempo fosse uma arte atual e leve. Como estou me dedicando a criar meu bullet-journal e estamos num período onde os planners estão em alta, além dos produtos de papelaria, decidi que o blog deveria lembrar um pouco de cada coisa e com isso o leitor pudesse sentir como se estivesse aqui dentro, criando e compartilhando dessa página junto comigo.
      Eu estou feliz, muito realizado, contente com tudo o que vejo no blog neste momento. O design passado foi especial também, naquele momento de minha vida ele representava bem quem eu era. Mas o tempo passa, a gente muda - mesmo sem perceber -, adquirimos novos costumes, passamos a fazer novas coisas e descobrimos que mudar é preciso. E a mudança está aqui.

Obrigado por cada visita, cada comentário e opinião que você deixa aqui. 



Ah! Antes que eu esqueça: AGORA O BLOG PODE SER LIDO NORMALMENTE PELO CELULAR, TABLET, qualquer lugar.

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com carinho  





     



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