(♥)
“Às vezes não são as regras que irão nos proporcionar
felicidades e conquistas, mas são os instintos. Eles, quando gritam mais alto,
podem encaminhar as histórias para finais gloriosos.”
E é com esse quote (♥) de Caçadores,
a ascensão das trevas que trago para vocês mais uma opinião sobre uma
leitura minha, nesta quarta-feira.
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Criaturas
místicas da dimensão fantástica conseguiram entrar no mundo dos humanos, o que facilitou
o encontro de pessoas comuns com seres tomados por seus instintos animalescos.
Porém, o resultado desse encontro nem sempre tem um final positivo e é por isso
que um grupo de homens e mulheres, pessoas que tiveram suas vidas modificadas
pela maldade desses monstros, uniram-se dispostos a proteger e salvar seu povo
dos ataques que acontecem cada vez mais frequentes.
Depois
de perder seu irmão mais novo por causa do ataque de um lobo cruel, Raul se vê
perdido e sem norte na vida. Perdera o pai e a mãe logo cedo, o que significa
que agora ele está sozinho no mundo. Pelo menos até ser encontrado por Daniel -
rei descendente de uma linhagem antiga e honrosa –, Gianna e Alex, ambos
caçadores, pessoas de confiança do Rei. Juntos eles dão ao garoto Raul a
oportunidade de se juntar ao Clã, para que ele possa fazer justiça à morte da
única pessoa que tinha na vida. Mas durante a festa de boas vindas ao novo
membro do grupo, o rei faz um anúncio importante que poderá mudar as regras da
antiga tradição dos caçadores, que agora passa por um momento de crise.
Qual será
a revelação do rei? Será que Raul conseguirá matar a criatura que destruiu suas
esperanças? E os caçadores conseguirão impedir a ascensão das trevas dessa vez?
“Justiça e vingança são muito próximas [...] Uma está
subordinada às leis dos homens, aos limites morais e éticos, e ao bom senso. A
outra, às leis das emoções e mais nada.”
Caçador, a ascensão das trevas é o
primeiro livro da trilogia escrita por T.F Portsan {leia uma entrevista com
o autor} e é como livro de apresentação, já que cada capítulo parece um
conto que, nos apresenta um ou dois personagens que darão vida e sentido à
história, como se estivéssemos tecendo uma colcha de retalhos onde o resultado final
é satisfatório e nada fica solto.
Em seu primeiro livro, Portsan nos presenteia
com uma premissa que, inicialmente, parece comum a outras estórias já lidas,
não fosse pela narrativa cheia de detalhes na medida certa e pelas surpresas
inseridas na trama, nos momentos em que tudo parece previsível demais. O livro
também faz uma crítica inteligente à situação política do país, nos revela
fatos históricos e aspectos culturais, além de apontar a desigualdade social, o
jogo de poder e a escravidão.
Infelizmente,
na primeira edição do livro, alguns erros na grafia e formatação incomodaram
durante a leitura – a segunda edição já está disponível e tudo está corrigido.
Há capítulos em que o autor criou cenas de embates, porém deixou a desejar na ação
que poderia ser mais bem explorada e aproveitada. Por exemplo, houve uma cena
em que um dos meus personagens preferidos poderia ter se mostrado mais e isso
não aconteceu, parece que ele ficou inexistente boa parte da narrativa e só no
fim de tudo ele apareceu. Poderia ter sido “A CENA”. No entanto, nenhuma das
duas ressalvas faz da história maçante, nem tira o brilho que ela tem.
Ficção
e realidade caminham juntas e combinam perfeitamente neste primeiro livro da
série. Tudo parece real demais e faz com que nos sintamos parte do Clã de
caçadores, pessoas que lutam todos os dias pelo bem do mundo onde vivemos.
Quem
quiser comprar o livro pode entrar em contato com o autor, pela fanpage do livro, pelo site da editora
Selo Jovem ou ler no Watpadd. Os links estão logo abaixo.
Encontro vocês logo, logo.
Bjux do Diih ♥