26 de dezembro de 2018

A PARTE QUE FALTA, DE SHEL SILVERSTEIN, E A IMPORTÂNCIA DE SABER CAMINHAR SOZINHO


Olá!
Feliz Natal para você que se deixa ser preenchida e se deixa ser preenchido pela magia do Natal. Vamos nos preparar para a contagem regressiva para 2019 com pensamentos positivos, mentalizando as melhores coisas que devem nos acontecer no próximo ano.
♥️
Antes de falar sobre os livros de Silverstein gostaria dizer que minha ausência não é definitiva. Como havia dito outras vezes, estava nos últimos momentos da faculdade e em processo de escrita de TCC, o grande motivo para ter me tornado raro tanto aqui no blog como no Instagram esse final de ano. Mas a parte boa é que finalmente apresentei meu trabalho final e ano que vem vou cumprir horários que faltam na faculdade e finalmente fazer minha formatura. Portanto, "vocês não sabem o prazer que é estar de volta".


Quando conheci "A parte que falta" e "A parte que falta encontra o Grande O" estava no quinto semestre da faculdade e os livros foram apresentados pela professora Mônica Carvalho, da disciplina de Literatura Infanto-Juvenil (Obrigado, Mônica!♥️). Deveríamos, naquele período, fazer uma atividade para o final de curso e tivemos esses livros como inspiração. Eu me arrepiei enquanto líamos juntos.

Infelizmente, não consegui mais comprar os livros naquele ano porque a editora já havia fechado as portas. Então, peguei o livro emprestado com a professora e decidi que os leitores da minha cidade, que não conheciam ainda mereciam conhecer essa história, por isso, montei um clube do livro e fiz a leitura deles. Para minha surpresa ninguém conhecia Silverstein até então. Foi outro momento emocionante da minha vida de leitor com as obras do autor.

Mas no início de 2018 a tão amada e querida Companhia das Letras relançou os dois livros para a minha felicidade e para a felicidade de quem leu pela primeira vez e se sensibilizou, como a youtuber Jout Jout que fez muito sucesso com seu vídeo sobre o livro, representando muito bem minha reação quando fiz a primeira leitura dele. 

"A parte que falta" e "A Parte que falta encontra o Grande O" são livros voltados para o público infantil, mas qualquer pessoa que ler pode se emocionar e levar consigo na bagagem de uma vida a mensagem contida no desenvolvimento dos livros. Para um criança, por exemplo, ter o primeiro contato com a história sobre a procura pelo outro talvez não tenha o mesmo impacto que para o adulto, mas com certeza a beleza da história e do final feliz - quando o Grande O adquire consciência sobre sua procura - pode contagiar o pequeno leitor também - que por sinal não deve ser subestimado. Aliás, se você é adulto e se recusa a ler livros infantis, sinto dizer: está perdendo muitas coisas. Há muitos livros que saem do simplório para trazer histórias simples e impactantes; histórias que não se restringem a um momento nem a um público específico como é o caso dos livros de Silverstein.

No primeiro livro, "A Parte que Falta", o leitor se depara com a simplicidade das formas geométricas não tão perfeitas para ilustrar a história, que com suas formas e palavras simples, mas ricas, nos envolve numa realidade muito bem conhecida. Essa história poderia ser sua? O Grande O poderia ser você ou poderia ser alguém ao seu redor? Talvez as respostas para essas perguntas indiquem o quanto "A parte que falta" dialoga com qualquer pessoa em qualquer momento de sua vida. E o diálogo é sobre a incessante procura pelo outro, a incessante procura pela parte que nos falta - e será que falta mesmo? 

Quando terminei a leitura me perguntei "Será que é ruim ser sozinho?", e a reflexão que esse questionamento me permitiu me fez enxergar coisas que eu não via e que são positivas para mim. O outro não precisa completar você, o outro quando chega é para somar; não vem como uma necessidade, com a parte decisiva que definirá o quanto você é feliz ou não na vida. Talvez a parte que falta seja somente aquele momento em que você finalmente percebe que pode ser preenchido com a liberdade e que a dependência do outro se faz correntes que uma hora você tentará quebrar a todo o custo.


Em "A Parte que Falta Encontra o Grande O", a história segue com a mesma simplicidade das ilustrações e não foge do tema principal do primeiro o livro. O Grande O evoluído depois de sua tomada de consciência, encontra uma parte solitário e a induz a seguir em frente. Sozinha. Tentando.  A encarar seus medos e seus tombos para viver sua caminhada sem depender do outro. No segundo livro que completa a ideia do primeiro, o leitor estará diante dos tombos e decepções da vida e da possibilidade que cada um tem de se reerguer, de ser persistente, de simplesmente SER.
"Eu esperava talvez
poder rolar com você..."

"Você não pode rolar comigo",
disse o Grande O,
"mas talvez possa rolar sozinha".
A mesma leitura pode ofertar a você um outro olhar para o que foi lido, um complemento para a minha leitura. Que tal ler os livros e me contar o que achou nos comentários? Experiências com a leitura, com o sentimento que causou em você?
PS: essa foi a minha leitura do livro e a experiência com a leitura também é minha. Talvez você tenha outra percepção diferente e ela também pode ser válida. Portanto, meu texto não deve ser encarado como verdade absoluta, apenas o meu sentimento em relação ao que foi lido.

Bjux
com carinho ♥️

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