16 de maio de 2015

[AUTORAL] Claridade da luz



Esta foto é do meu arquivo pessoal e não pode 
ser usada para outras publicações. 
Diego França © 2015
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Olhando aqui de dentro é tudo tão claro que às vezes me doem as vistas. É tudo muito nítido e em cores igualmente trabalhadas e distribuídas que eu posso facilmente me locomover, mesmo que haja uma tentativa ousada de fechar os olhos e apagar as luzes. É tudo tão claro que mesmo com as luzes apagadas saberia o caminho de volta para minha cama. Conheço o que tem no chão, em que posso tropeçar; conheço o que está no meio e o que posso derrubar ou não.
Vejo um lustre enorme preso ao teto e as lâmpadas atreladas a ele também estão por lá: quentes, iluminadas, cada qual em seu lugar fazendo seu papel.
 Assim como toda a imagem clara do ambiente posso ver fotografias espalhadas pela casa em porta-retratos e em quadros presos nas paredes. Até consigo me ver claramente inerte, vestindo uma camiseta larga cobrindo todo o meu corpo, enquanto estou sentado de pernas cruzadas na cama. Chove lá fora. O único som que escuto aqui de dentro é o barulho da chuva forte batendo nos vidros da janela e no telhado da casa. É um barulho ensurdecedor. Incômodo. Não me deixa dormir um pouco mais. Sinto meus braços cansados. Eles doem agora. Parece que dormi um dia inteiro por cima deles, de olhos abertos, sob a luz e não percebi. Simplesmente não senti. Procuro. Olho para um lado e para outro. Essa claridade parece querer me cegar.
Um som. Escuto um som que vem lá de fora. Estrondoso. Acho que o teto vai desabar sobre mim. Um trovão. Sim, um trovão acima da minha cabeça acompanha a chuva e a ventania. Então, para de repente. Ora mais forte, ora mais calma. Um ritmo frenético, uma melodia que já não quero escutar. Parem! Eu não quero, não posso! Preciso dormir um pouco mais.
Me levanto da cama e piso o chão gelado. Parece que derreteram gelo aqui e todos os ossos que sustentam minha carne ameaçam se quebrar. Um passo, dois passos. Lentos, lentos... len... tos! Quase caio. Será que a claridade é muito forte, o suficiente para paralisar o meu corpo dessa maneira? Será que o frio é parte do plano?
Com muito esforço consigo chegar à janela que tanto desejei. Representa a liberdade da luz exagerada que me afetam as vistas. Eu queria estar ali na mesma janela onde costumo ver o horizonte. E assim acontece. Abro as cortinas, afasto os vidros e cadê? Não há horizonte. Parece que toda luz está aqui dentro. E lá fora já não há. Vejo um breu, a escuridão. É tudo o que vejo. Apenas o céu cinzento.
Onde está a claridade do horizonte que contemplo? Será que estou louco ou as cores são gris neste lugar? É tudo muito feio. Não quero! Não posso! Me deixem andar, soltem-me os braços. Quero correr! Você não percebe?!  Quero me livrar dessa visão apagada, desse nada que vejo aqui de dentro.
Preciso de forças, mas meus braços não conseguem fechar a janela que agora me abre um caminho terrível. Mesmo assim não desisto. Estou sem forças, porém sou mais forte que isso. Digo a mim mesmo: “vai, você consegue. Agora!”. Grito. Estou me afastando, correndo, estou fugindo de você, fugindo do meu passado, me distanciando desse breu para me banhar na claridade que existe dentro de mim. Corro em meio a gritos abafados e o caminho parece distante. Estou voltando de onde não deveria ter saído. Quero meus pés de volta a cama. Estou tentando alcançar a claridade outra vez.

Diego França © 2015 

11 de maio de 2015

[Breves Comentários] Presentinhos + David Nicholls + Nova Leitura.



Hi, pípol!
Americanizei legal hoje... Porque sim!

Quero começar a semana com uma postagem extra e serei breve com ela. Vou mostrar os livros que dei de presente ao Vida & Letras, que completou 06 anos, no último dia 09 - uhull! E tenho também duas notícias sobre o David Nicholls, além da minha primeira leitura do mês.
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A ideia era comprar apenas dois livros: a gramática (eu simplesmente PRE-CI-SA-VA de uma atualizada) e “A verdade sobre nós”, citado na coluna Atração literária, semana passada. No entanto, trouxe para casa alguns amiguinhos a mais.


1-      Half Bad: livro de Sally Green, Editora Intrínseca;
2-      A verdade sobre nós: livro de Amanda Grace, Editora Intrínseca;
3-      Selva de Gafanhotos: livro de Andrew Smith, Editora Intrínseca;
4-      Sobre a Escrita: livro de Stephen King, Editora Suma de letras;
5-      Primeiro amor: livro de James Patterson, Editora Novo Conceito;
6-      Moderna Gramática Portuguesa: Evanildo Bechara, Companhia Editora Nacional.

Acabei comprando apenas um dos livros que eu desejo há um bom tempo, como mostrei nessa postagem (link - ATRAÇÃO LITERÁRIA). Não sei o porquê, mas sou isso, sou louco. #LoucoQueSou



A minha primeira leitura do mês é o primeiro livro de uma trilogia que eu conheci através do canal Geek’s Anatomy (CLIQUE AQUI e conheça o canal), um vlog muito bacana e bem humorado feito pelo Allison de Souza. Há bruxos que vivem na Inglaterra, são eles os bruxos da luz – que representam o bem – e os bruxos das sombras – obviamente os bruxos do mal. Porém, não é possível ter escolhas: ou você é mocinho ou você é vilão. Não ter um lado nesse mundo dividido é um pecado e esse é o caso do personagem principal, o Nathan, filho de uma bruxa da Luz com um bruxo das Sombras. Pelo que pude entender ele vai tentar encontrar o pai, um bruxo poderoso e temido naquele mundo. O resto conto depois em uma resenha - quem sabe! Espero gostar disso.

A maioria dos livros que comprei foi como um desafio, pois são gêneros de livros que não sou acostumado a ler, como ficção com brux@s (Half Bad), animais falantes e destruidores, vampiros, etc. 


E já que a maioria dos títulos que mostrei é da Intrínseca vou falar da notícia maravilhosa – que me deixou com uma invejinha branca, inclusive – publicada pela Editora semana passada. O meu queridíssimo – amado – lindo – inspirador, criador de Emma e Dexter, do livro UM DIA virá para o Brasil em setembro, para participar da Bienal do Rio. Como faz pra ele vir a Salvador também? [triste :’(] A galera do Rio que é fã aproveitem! Ainda sobre o Nicholls, o autor teve o seu novo livro, NÓS, lançado aqui no Brasil (também pela Intrínseca) esse mês e eu quero e preciso compra-lo já. Li o primeiro capítulo e como já esperava é apaixonante.


Você pode fazer a leitura do primeiro capítulo do livro clicando no Blog da Intrínseca. AQUI.

Por hoje é só.
Vejo vocês logo, logo.

B-jão, Di.
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