![]() |
“Meu pai tinha os cigarros e minha mãe, o vinho. E eu, bem,
eu tinha você.”
Olá!
♥
Hoje é dia de A verdade sobre nós e minhas opiniões
sobre o livro. Vem comigo!
***
Bennet não sabe, mas Madelyn tem apenas 16 anos e saiu do ensino
médio direto para a faculdade, onde cursa algumas matérias para participar de
um programa para jovens talentos. Mas isso tudo foi influência dos pais, sabe?
Ela não quer nada disso. A família sempre planejou tudo e ela deve seguir as
regras e alcançar a perfeição sempre. Mas agora que se apaixonou pelo seu
professor de biologia e descobriu que é correspondida se depara com um grande
problema: se contar sua verdadeira idade o romance jamais poderá acontecer,
portanto, Bennet não sabe, mas Maddie – como também é conhecida -, a garota
oito anos mais nova que ele, não vai revelar seu segredo.
“Sei que, quando eles lerem isto, talvez pensem que você planejou
tudo. Mas espero que lembrem que estávamos em um campus da faculdade e que você
achava que eu tinha dezoito ou dezenove anos, a idade de todos os outros.”pág.14.
Até onde Maddie conseguirá omitir
sua verdadeira idade? Até quando pretende escondê-la de Bennet? Que rumo essa história
poderá tomar após a descoberta da grande farsa?
O livro A verdade sobre nós foi lançado em 2014 pela Editora Intrínseca e aborda um assunto que
se pode dizer polemico para a sociedade, mas bonito para os amantes da literatura.
Polêmico porque o enredo nos mostra o relacionamento entre professor e aluna,
em que é evidente a grande diferença de idade entre os dois; bonito porque há
todo um brilho nas grandes histórias proibidas, escritas de maneira poética para
os amantes de uma leitura dramática.
A narrativa é em primeira
pessoa, é contada em forma de carta que é escrita pela personagem Madelyn
Hawkins, endereçada ao professor Bennett Cartwright. Nela a garota conta a verdade sobre tudo o que aconteceu entre
os dois, afim de que alguém a encontre e prove a inocência de Bennett. O formato
epistolar insere o leitor de forma divina no contexto da história. Dessa forma podemos
vivenciar cada momento e conhecer melhor os motivos e razões para as ações dos
personagens, sentindo o amor que é depositado nas linhas daquele papel. Nesse
momento somos nós a personagem e estamos, então, escrevendo aquela carta. É um livro
poético e bonito, que tenta quebrar barreiras impostas pelo preconceito na
sociedade.
Maddie é doce, mas
assumiu um papel egoísta demais o que me deixou chateado com ela por um bom
tempo. Ela vive insatisfeita com o controle da família que não a deixa decidir
o rumo que quer dar a sua vida. No entanto, encontra a chance de ser ela mesma
ao lado do professor Cartwright que, por sua vez, é um rapaz educado, romântico,
apaixonado pelo que faz e gentil.
A autora soube criar
uma narrativa simples, que mesmo entregando o final da história desde o começo nos
leva a torcer e a esperar que alguma reviravolta faça com que tudo dê certo no
final. Haverá perdão? Será que Bennett ainda ama Maddie?
A verdade sobre nós nos mostra um texto
claro e fácil. Tem o tipo de narrativa que o leitor viaja e não sente o tempo passar. Além disso, tem um enredo cativante,
que mesmo exagerando com uma dose desnecessária de drama, em algumas passagens
do livro, não faz dele uma história chata, embora também não seja o tipo “best-sellers”.
É um texto sobre decisões
a serem tomadas, erros e acertos presentes na vida de alguém que está apenas
tentando encontrar seu caminho. Um retrato de onde o egoísmo pode nos levar e
um incentivo a seguir em frente.
Sim, eu chorei! Sim,
eu fiquei aflito muitas vezes. E sim, eu indico a leitura. Vale apena!
“Então, para você,
para mim, para eles, aqui está: A verdade sobre nós.” Pág.8.
Boa “viagem” a todos.
Encontro vocês logo, logo.
Bjux do Dinho ♥.