♥ Olá meus leitores lindos!
Tudo
bem por aí? Torço por um SIM ♥ de
vocês sempre. Espero que esteja tudo em ordem.
Na resenha de hoje vou
contar um pouco do livro “Os Bons segredos” (Saint Anything), da autora Sarah
Dessen, lançado pela editora Seguinte em agosto desse ano. Essa leitura marca
meu primeiro contato com a autora que faz muito sucesso lá fora, embora ainda seja
pouco conhecida aqui – pelo menos até então.
Antes de tudo gostaria de dizer que estou apaixonado pela narrativa da Sarah Dessen - a maior autora norte-americana do gênero YA. Ela tem uma escrita leve, fácil de ser compreendida e que dá conta de prender o leitor já nos primeiros diálogos dentro da história.
Sydney
só queria ser ‘vista’ pelos pais, no entanto a convivência entre eles
tornara-se mais difícil desde que seu irmão mais velho, Peyton, fora preso,
depois de atropelar um garoto, que por conta do acidente ficou paraplégico. Ela
parecia ser a única que responsabilizava o irmão pelo acontecido, já que os
pais só queriam encontrar uma maneira de colocar o filho como vítima. Então, para
fugir da bagunça dos dias após a prisão de Peyton, Sydney decide que quer mudar
de colégio para não escutar os comentários e olhares maldosos das pessoas que
já conhecem ela e o irmão. Após o primeiro dia de aula decide entrar numa pizzaria
onde conhece Layla, a filha do dono do restaurante, e logo se tornam amigas.
Logo Sydney se vê contando à garota segredos que até então ninguém sabia e à
medida que os encontros delas foram se tornando frequentes, ela começa a
descobrir novos prazeres e passou entender que precisa parar de observar sua
vida de longe e agir.
Os Bons Segredos é um livro que
apesar de abordar temas profundos consegue transmitir sua mensagem de maneira
leve, mas impactante. Os personagens são muito "familiares", pessoas do nosso cotidiano que podemos encontrar a qualquer momento na rua ou como um novo aluno da faculdade ou escola na escola, e as
situações nas quais estão envolvidos são tão corriqueiras que tornam a história
real, sem retoques, sem maquiagem, e acredito que essa é uma das coisas que prende
o leitor até o fim.
Outro
ponto que faz com que a leitura seja fluida é a narrativa da autora que, como
já disse é muito agradável. Os diálogos e situações que parecem não ter
importância alguma, em algum momento preenche uma lacuna e mostra ao leitor que
havia um motivo para estar ali.
Mesmo
assim senti falta de algo mais na personagem principal. Apesar de ter gostado
dela, durante a leitura esperei uma mudança gradativa e grandes ações da Sydney
e não encontrei. Fiquei apreensivo e nervoso. Não há um momento sequer em que a
garota faça valer sua voz, seu desejo; não há um momento em que ela seja capaz
de dizer o que pensa. Ao contrário, ela abaixa a cabeça para tudo e isso me
irritou profundamente. Acredito que a personalidade dela poderia ser mais bem
explorada e ter um pouco de ‘revoltz’ na vida, combinaria com as
situações e faria com que suas reclamações fizessem sentido. Eu me pergunto: como alguém pode reclamar tanto e não fazer
absolutamente nada para mudar a situação?
Já
Layla me conquistou com sua graça e atitude. Ela vive com os pais, os Chathan,
e toma conta da pizzaria junto ao irmão, Mac, que vai ter um papel importante
na vida da Sydney, mas que às vezes parece fazer apenas uma participação especial
na história. Embora as coisas entre os dois (Sydney e ele) tenham acontecido de
maneira gradativa – e isso pra mim é positivo -, Mac foi pouco explorado quando
poderia fazer mais na história.
Na
trama temos outros personagens de fundo que faz com que ela se desenrole, mas
autora pecou em não desenvolver acontecimentos (infelizmente não posso citá-los
aqui porque seria spoiler), que dariam ação à narrativa e poderia marcar alguma
evolução da Sydney. No entanto, parece que a autora quis amenizar os assuntos polêmicos,
maquiando tais acontecimentos, que acabou deixando a desejar.
De modo
geral eu gostei do que li. Apesar dos pontos negativos é uma leitura agradável
e apaixonante, que faz o leitor repensar situações e pré-julgamentos que
estamos acostumados a fazer, de alguma forma, todos os dias, sem maiores apelos.
Mesmo diante das faltas que apontei na história, a mensagem que ela passa desde
a capa – quando o cavalo se solta do que o prende e corre para longe – até a
interrogação que deixa na última página do livro faz com que a leitura valha a
pena.
Quem já
leu me contem o que acharam, adoro trocar figurinhas. E quem ainda não leu está
esperando o que mesmo?
Encontro vocês logo, logo.
Bjux do Diih♥.