15 de junho de 2016

‘A História de Nós Dois’, Dani Atkins


Olá!
Estou sabendo que o frio tomou conta de alguns lugares no Brasil e isso inclui Salvador também. Sim! Salvador faz frio também, e aqui, embora menos frio do que em muitos estados, também está frio agora. Bom para tomar um chá e fazer uma boa leitura, debaixo de um edredon. Mas para quem falar de frio, não é Di? Vamos ao que interessa.

A verdade é que falar do frio foi também proposital. “A História de Nós Dois” é um romance, que embora não fale do frio causado pela natureza, fala muito do frio que toma uma pessoa depois de acontecimentos trágicos, depois de uma perda e uma decepção. A parte boa é que o frio passa para todo mundo e há sempre uma história para contar. E acredito que essa é uma das belezas da vida. A beleza que Emma encontrou.


A história de nós dois é um livro da autora Dani Atkins. Nesse livro ela repetiu a dose de drama do livro anterior, e escreveu uma narrativa, que facilmente pode ser comparada com Uma Curva no tempo pela grande semelhança que há entre eles.

Em “A história de nós dois” a personagem Emma está noiva e vai casar há poucos dias. Enquanto voltava para casa com Amy e Caroline, suas melhores amigas, depois de sua despedida de solteiro, um acidente acaba atrapalhando o rumo das coisas. Primeiro a morte de uma pessoa especial faz com que Emma adie o casamento com Richard, com quem namorou desde muito cedo, depois porque Jack, a pessoa que a salvou do acidente começa a despertar nela um sentimento maior. Dividida entre seu noivo e esse novo homem que apareceu, ela se depara com uma luta interna, que se liberta quando descobre um segredo de Richard, que a fez perceber que ele não é exatamente quem ela pensou. Entre traições, descobertas, um novo amor e um caminho para uma nova vida o enredo se desenvolve. “Uma mulher, dois homens, tantos destinos possíveis. Como essa história vai terminar?

O romance escrito por Atkins é um romance dramático e nos envolve numa trama clichê, embora tenha uma história inicialmente bonita e atraente. A autora sabe como conduzir a narrativa, sabe colocar detalhes nos lugares certos e sabe como descrever a cena de um acidente com maestria. É de impressionar a maneira com que ela consegue despertar a emoção apenas nas primeiras páginas do livro, quando de cara acontece uma tragédia. O problema nisso tudo é maneira como a história foi desenvolvida, nada natural, perdendo todo o encanto inicial que despertou em mim.

Não é pelo clicê o meu maior incômodo, mas pela maneira forçada com a qual a autora colocou as coisas.

Há um casal que está noivo e uma nova pessoa aparece e está feito o triângulo amoroso. De um lado Jack, que salvou Emma do acidente (não é spoiler) e do outro Richard, seu namorado desde sempre e com quem está prestes a se casar. De repente - ao contrário do que é mostrado no início da história – Richard se torna o “ menino mau” da história e Jack “o grande e perfeito herói”. No meio deles, a mulher de 27 anos, que carrega uma personalidade egoísta e infantil.

O segredo que Emma descobre em relação a seu noivo é totalmente previsível, e é a partir desse segredo que as coisas para o futuro casal vai mudar. Mas nesse momento a narrativa ficou insuportável. Jack ganhou um nível de perfeição absurdo, virou praticamente um Deus, o homem mais perfeito da vida. Richard, do bom rapaz, passou ser a o vilão, e todas as suas qualidades sumiram. Ok! O que ele fez vocês vão descobrir que não é nada legal, mas se a autora queria fazer com que as pessoas torcessem para o Jack, ela conseguiu o efeito contrário, ao menos para mim. Jack não me pareceu humano, pareceu um homem irreal, o anjo que está em todos os lugares para socorrer a mulher por quem em apenas semanas ele passou a amar.

E por falar em semanas tudo acontece muito rápido e só alimenta a minha ideia de que a narrativa não flui com naturalidade. A todo o momento a autora insere algo trágico na história para nos mostrar mais uma vez que Jack é o cara perfeito para Emma, para mostrar o por quê de a história ter que ir por aquele caminho. Eles se apaixonam rápido demais, os personagens secundários não ganham destaque – e a amiga Caroline, que também sofreu um acidente? -, Emma se dedica mais ao seu novo romance do que apoia a amiga num momento tão difícil, que sinceramente ela pareceu nem sentir.

Outro ponto que me deixou decepcionado foi a maneira pretensiosa do personagem Jacky em conquistar Emma e manter essa relação. Ele é um homem rico, escritor famoso e num dado momento utiliza do valor material para selar um momento especial. Eu pergunto a você, mulher: o que é preciso para um momento se tornar romântico? Talvez essa atitude funcionasse para um livro de época, do tipo nova cultural, em que o machismo está marcado e a mulher submissa também.

Gostei muito de autora ter apresentado aos leitores o Alzheimer e da situação em que a doença deixa uma pessoa. Por sinal, a personagem que tem esse problema é uma personagem encantadora, assim como o pai de Emma. Caroline também é uma personagem que para mim fugiu da normalidade e foi desenhada demais, e Richard, apesar de tudo é o mais real e mais sensato da história.

De modo geral a autora tem um romance bonito, que seria melhor se fosse desenvolvido com naturalidade. Porque os acontecimentos não são nada naturais, as tentativas de nos fazer levar a um lugar ou sentir algo são totalmente forçadas. É apenas um livro, com uma premissa maravilhosa, e que implora por um desenvolvimento melhor e por personagens cativantes.

Obs.: Sempre faço questão de deixar claro que essa é a minha opinião! Se você gostaria de ler o livro siga em frente e depois volte para me contar suas impressões.

Um Beijo para vocês.

Diih

12 de junho de 2016

Carta de amor além do tempo – Dexter e Emma



Olá!
Hoje é um dia especial, dia de comemorar uma data dedicada aos amantes, para que a gente nunca esqueça que celebrar o amor é algo que devemos fazer sempre. Não importa se você está solteiro ou namorando, vamos dedicar esse dia ao amor, seja ele na vida real e nas grandes histórias. No meu caso, vou continuar Shippando Emma e Dexter, que formam o meu casal predileto das tramas de todas as tramas.

E por falar em Dexter, você já pensou como seria uma carta de Dexter, escrita para Emma atualmente? Pensando em quantos Dex e Emm podem estar vagando por esse mundo todo, decidi escrever uma carta fictícia do que Dexter poderia dizer à Emma atualmente.


~

Nunca fui de escrever coisas bonitas e especiais como você sempre fez. Você sabe, nunca fui muito bom para me expressar. Na tentativa de ser poético me transformava sempre naquele grosseiro babaca – que, apesar de tudo você gostava, modéstia à parte.

Ok, ok! Não está mais aqui quem falou. Mas você sabe que é! E olha, Emm... não me bate! Olha lá! Juro que consigo ver você agora com uma cara de brava vindo me dar um tapa. Mas insisto, você gostava, eu gostava e a gente sempre se dava bem no final. É certo que nem tudo o que construí deu tão certo quanto eu queria e eu peço desculpas a você por te obrigar a assistir aqueles programas toscos da madrugada. Nossa! Eu estava bem louco naquela época! Você sabe, eu queria muito sexo, drogas e... Não, eu não queria Rock in Roll, eu apenas achava que queria. Apenas parecia feliz. Mas o que tenho hoje daquilo tudo? Nada, Emm. Hoje tudo que tenho é você. Foi a única coisa que sobrou de todas as coisas que eu tive na vida e não soube levar adiante. Mas você sempre esteve comigo, não é mesmo?

Emma, Emma... Como o tempo corre. Eu achava que não envelheceria nunca! E olha só minha cara de rapaz velho. Mas ainda consigo ser totalmente atraente, não é verdade? Hein?! Diz para mim! Você sabe que não deixei de ser atraente mesmo. Mas não vem ao caso. Vou parar novamente antes que você queira rumar o telefone na minha cabeça onde quer que você esteja agora. Seria doloroso, Emma. Sério! Você quando está com raiva é uma mulher terrível!

E por falar em terrível, você já deixou de achar que é uma mulher assim tão chata e blá, blá, blá!? Eu juro que eu espero que você me responda um sim. Sério! Esse é um presente que nunca consegui te dar, digo, autoconfiança. E acho que nunca conseguirei. Porque parece que por mais que eu te ame e tente colocar na sua mente você nunca deixa essa loucura sair de sua cabeça. Juro, Emma. Juro que adoraria lhe fazer uma lavagem cerebral e fazer você perceber a mulher incrível que sempre foi. Mesmo quando você trabalhava naquele restaurante e morava naquele quarto que só cheirava a cebola. Sempre soube que você era mais do que aquilo, mas você insistia em viver ao lado de seus tomates, cebolas e Yan. Nossa! Olha, o Yann... Até hoje não consigo perceber o que você viu naquele cara. Ele nem era engraçado, Emm! – Desculpa, mas estou rindo. Eu sou bem mais bonito e mais interessante que ele. Você sabe.

E acho que você faz um casal bem mais bonito comigo. Há quem diga que sim, e olha que muita gente torceu contra mim quando eu era aquela porra louca, que saia com você e olhava infinito e além para as mulheres que passaram. Elas eram gostosas. E apenas isso. Mas olha você! É linda, é inteligente e brava – de uma forma engraçada e ao mesmo tempo aterrorizante. Me colocou na linha direitinho, hein! Quem diria. Dexter Mayhew...

Mas quer saber de uma coisa Emm? Ahhhhhh... Eu era mais feliz quando estava com você. Quando você me ligava, quando brigava comigo, até quando dizia que não queria me ver nunca mais. Saber que você existe e estaria ali para me socorrer inicialmente foi um pensamento egoísta, eu sei. Mas eu cresci, veja só. E Hoje saber que você sempre esteve comigo é motivo de me orgulhar por ter tido o amor de uma mulher tão maravilhosa como você.

Eu sempre tive muito, mas do que adianta ter muito e se sentir tão pouco e vazio? Eu juro que largaria tudo e fugiria para qualquer lugar com você, correndo daquele jeito como fizemos quando nos conhecemos e eu tinha aquele encontro com meus pais. Juro que subiria várias e várias montanhas como aquela que subimos naquele dia. Estava tão engraçada com aqueles óculos e aquela roupa! – Mais uma vez desculpa, mas não posso negar. As mulheres que eu sempre estivera até então vestiam pouca roupa, não é culpa minha. Deus do céu, qualquer pessoa que ler essa carta em seu lugar vai me achar um tremendo de um machista. Mas olha, definitivamente se eu sei de uma coisa hoje, se posso ter certeza de uma única coisa é de que eu me tornei uma pessoa melhor depois que percebi que meu lugar era com você.

Minha nossa, Emm. Olha o que você fez comigo! Estou escrevendo uma carta de mil páginas! Para dizer o que? Que te amo?!

Talvez!

Mas vai além disso. Gostaria de te dizer coisas que vai além do Eu Te amo, coisas que corram além do tempo só para você se sentir uma mulher amada onde quer que esteja agora. Eu gostaria de cobrir você de amor e fazer dos seus sorrisos os mais brilhantes e satisfeitos da vida de alguém. Se eu pudesse definir meus sentimentos diria que ele é tão lindo quanto a imagem do sol se pondo no fim da tarde ou tão maravilhoso quanto as luzes da noite de Paris.

Eu poderia dizer também que ele é como o amor que os leitores sentem por seus livros, tão especial como as histórias de amor que os autores criam para apaixonar o mundo e se sentirem apaixonados. Mas nada disso chega nem um pouco perto do que sinto por você, daquilo que explode no meu peito. A única coisa da qual tenho certeza é que nesse mundo de amantes eu fui feito para você e você foi feita para mim. Foi escrito assim e não poderia ser um final melhor. Nos amamos até o fim de tudo. E mesmo que a vida continue e não tenhamos mais um ao outro, lembre-se: “o que quer que aconteça amanhã, nós tivemos o hoje”.

Um beijo, Emm.
Com amor, Dexter Mayhew.
12 de junho de 2016.


A todos os Dexter e a todas as Emmas Muito amor para vocês.


© Vida e Letras | Todos os direitos reservados.
Desenvolvimento por: Colorindo Design
Tecnologia do Blogger