Em algum banco de praça ele deve ter ficado. Alguma loja de roupas, num balcão de um supermercado ou num sofá de um shopping. Deve estar esperando por mim agora ou já deve ter ido embora por horas ou dias. Poucos dias, mas dias que parecem eternos.

Eu não sei onde ele está agora levando a minha poesia. Só sei que abaixo do céu e da lua está somente eu aqui num cantinho do mundo. Eu e meus passos, eu e a minha sombra.
Quem sabe aquelas folhas preenchidas com lápis e caneta colorida estejam sendo jogadas fora, rasgadas e toda minha inspiração tenha vivido apenas por segundos? Ou, quem sabe, aqueles papéis onde depositei tanto amor e fidelidade, estejam levando poesia e paixão para a vida de alguém que precisa sentir tanto quanto eu?
Que ele esteja em boas mãos. E se for por amor, que seja sempre assim.
2012 © Diego França