8 de junho de 2016

{Filmes} Alice Através do Espelho



Mil Corações ~ ~
E um Olá para vocês!

Quem já foi ver Alice Através do Espelho?
Eu fui semana passada ter esse encontro com minha querida e apesar de o filme ser leve demais, fraco demais, é sempre bom ter um momento com “ela”. Fotografia, efeitos especiais e uma mensagem bonita, com um elenco muito bom também. Além de uma mensagem bonita -  embora batida. Mas o texto deixa a desejar.


O longa metragem é baseado no conto Alice Através do Espelho, uma continuação de Alice no país das maravilhas - cuja obra original é de Lewis Carroll -, e trouxe de volta a maior parte do elenco e dos personagens do primeiro filme, lançado em 2010, com direção de Tim Burton e texto de Linda Woolverton. No entanto, assim como no anterior, o roteiro não traz um texto espetacular e o que desperta a atenção são os efeitos especiais, que tomam a cena e encanta.

 Após uma longa viagem pelo mundo, Alice (Mia Wasikowska) volta e reencontra sua mãe. E durante uma grande festa num casarão, onde comparece para tratar de negócios, ela encontra um espelho mágico e atravessa o objeto, indo parar no mundo das maravilhas outra vez. Lá a menina descobre que o Chapeleiro (Johnny Depp) está correndo perigo de vida, tomado por uma grande tristeza que o assola, devido a uma descoberta sobre o seu passado. Mas somente Alice pode salvar seu amigo, para isso a menina precisa conversar com o Tempo (Sacha Baron Cohen) e voltar às vésperas de um acontecimento fatídico e traumático, para só assim mudar o destino do Chapeleiro. E no meio disso tudo ela ainda descobre o que separou as irmãs Rainha Branca (Anne Hathaway) e Rainha Vermelha (Helena Bonham Carter).

Com um elenco espetacular e interpretações satisfatórias, Alice através do espelho chega às telonas dos cinemas impressionando mais com os efeitos especiais do que com a história em si, que não se aproxima em nada do texto rico e complexo da obra original. Engana-se quem pensa que o filme é uma adaptação do conto escrito por Carroll. O longa se encaixa mais na definição de releitura do que adaptação. O filme nos envolve num cenário totalmente diferente do original, apresentando referências com objetos, da história de 1871, que aparecem rapidamente no início da película – me refiro ao jogo de tabuleiro e ao espelho, fiel ao desenho de Tenniell. Se estiver esperando por uma história onde o cenário fica de ponta cabeça e apresenta caminhos contrários, como é visto quando você se vê diante do espelho, é possível que você se decepcione.

No entanto, se estiver esperando por cenas leves, com uma mensagem clichê, muitas cores e figurinos impecáveis você não terá problema algum. Com uma trama voltada para a história do Chapeleiro Maluco, interpretado pelo incrível Deep, você vai se deparar com cenas bonitas, mas nada memoráveis, a não ser a sensação que o filme em 3D causa, como se estivéssemos passando para o outro lado da tela.


A grande novidade do mundo de Alice ficou por conta do novo personagem, conhecido como Tempo, e seus seguidores. Ora um vilão, ora um ser bobo, o personagem carrega em si uma metáfora que envolve o passado, o presente e o que a gente faz com os momentos que nos são dados. E aqui está a grande mensagem do filme, que como já disse é um verdadeiro clichê, mas que realmente merece ser lembrado, principalmente ao público infantil, que marca presença nas salas de cinema: “Você não pode mudar o passado, mas pode aprender com ele”.

Além da lição sobre o tempo, é nítido o destaque dado à importância da família na construção de quem somos e dos amigos, que estão sempre preparados para nos dar as mãos e lutar junto com a gente. E o direito da mulher também é uma questão tratada sutilmente na história, além da antiga lição do primeiro filme, que nos diz que “A única forma de chegar ao impossível, é acreditar que é possível”.

Alice Através do Espelho é claramente um filme infantil, dirigido por James Bobin, e com certeza pode não agradar muito aos adultos por tudo o que já foi dito sobre o texto e o roteiro que não apresenta ação e uma mensagem mais complexa. Mas vale a pena assistir depois de um dia estressante, e conferir a linda produção da Disney.


|Essa crítica é de minha autoria e foi originalmente postada no site CINEMA SIM, para o qual também escrevo. Você pode conhecer o site clicando no link.|

Beijos, minha gente.

5 de junho de 2016

‘Outro Conto sombrio dos Grimm: João, o pé de feijão e um sapo de três pernas’, por Adam Gidwitz



~~ Opa,
minha gente!

Como vão todos vocês?  Tudo muito bem na vida, não é? Eu gosto assim. E se a vida não está tão UP para você, desejo toda a positividade e carinho do mundo nessa semana que está só começando. E lembre-se: com fé você vai chegar onde tem que estar.

Agora mais uma pergunta: quer saber mais sobre os contos dos irmãos Grimm? Da maneira como eles escreveram, é claro, e não da maneira como nós conhecemos. Posso garantir que vale a pena.

Vem cá!


Quem nunca escutou ou leu a história de João e Maria, d’A Princesa e o Sapo, e d’O Poço dos Desejos, entre vários contos cheios de belas mensagens, mundo azul e final feliz? Você alguma vez já escutou pelo menos um desses contos, adaptados e transformados num texto mais leve. No entanto, há muito por detrás do que nos é contado e de maneira brilhante o autor Adam Gidwitz vai mostrar isso para você.

Esse é um conto de fadas para lá de diferente! Você vai acompanhar João e Maria – Ops, não! -, João e Jill, pelas histórias dos irmãos Grimm, de Hans Christian Andersen e de outras figuras do universo do faz de conta. Preparem-se para encontrar um “Era uma vez...” cheio de paisagens incríveis, que podem – ou não! – ser assustadoras, além de contar com um enredo sangrento, talvez, aterrorizante e cheio de surpresas, quem sabe. Basta abrir o livro para se surpreender.


Após o sucesso do primeiro livro, Um Conto dos Grimm, lançado também pela Galera Junior, assinado pelo autor Adam Gidwitz, a editora publicou o “Outro conto sombrio dos Grimm”, que segue o mesmo ritmo do primeiro livro, mostrando o lado mais sombrio daqueles contos com finais felizes, que escutamos desde criança. Com uma edição maravilhosa, que mistura texto, ilustrações lindas, e uma narrativa espetacular, esse livro está aí para agradar a todos os públicos.

Crescemos escutando histórias com um começo bonito, um meio conturbado, um final feliz. Mas talvez, quando criança, nunca tenhamos parado para pensar que esses contos poderiam ter um lado mais sombrio, não tão alegres e bonitos assim. E dentre tantos autores, Gidwitz está aqui para mostrar esse lado negro e tão escondido. Quem imaginou que Maria, parceira de João, na verdade se chama Jill? E mais ainda, quem poderia imaginar que Maria, no conto, na verdade é um garoto? E que um sapo não vira príncipe ao ser beijado porque na verdade ele não é nem beijado? Essas são algumas das coisas que você vai descobrir durante a leitura.

O autor contou a história de João e o pé de feijão tal qual o texto original. Com uma maneira única de escrever e entreter o leitor, Gidwitz nos apresenta contos que se completam, criando uma ponte para o capítulo e a história seguinte, nos envolvendo numa trama que mistura a narrativa do conto e o diálogo do narrador com o leitor. E é esse diálogo que dá um brilho extra e faz toda a diferença na narrativa. Afinal, me diga: o que acontece quando alguém diz a você “não olhe!”, ou “você não pode ver?” Você obedece ou a vontade de seguir adiante e matar a curiosidade é maior?


Apesar de ser uma publicação de um selo infantil, do Grupo Editorial Record, o livro pode facilmente ser apreciada pelo público adulto e amante dos grandes e marcantes contos, não só pelo dinamismo com o qual o autor nos envolve, mas pela curiosidade de conhecer a verdade maquiada pelo “final feliz”.

Outro Conto dos Grimm é um livro que apresenta uma leitura extremamente agradável, fácil e dinâmica. Você se espanta, se sente tocado, se impressiona e de modo geral vive a história que está sendo contada de maneira bem-humorada, às vezes, sarcástica também. O autor nos nos guia pelos cenários das histórias – algumas com mais destaque que outras, naturalmente – e nos surpreende com um final nada convencional.

Vale muito à pena, gente! A edição está maravilhosa, a impressão também, e as ilustrações, juntamente com os desenhos da capa são lindamente apreciáveis.

Um Beijo e até logo.
Diih
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