Mil
Corações ~ ❤
~
E um Olá para vocês!
Quem já
foi ver Alice Através do Espelho?
Eu fui
semana passada ter esse encontro com minha querida e apesar de o filme ser leve
demais, fraco demais, é sempre bom ter um momento com “ela”. Fotografia,
efeitos especiais e uma mensagem bonita, com um elenco muito bom também. Além
de uma mensagem bonita - embora batida. Mas o texto deixa a desejar.
O longa
metragem é baseado no conto Alice
Através do Espelho, uma continuação de Alice no país das maravilhas - cuja
obra original é de Lewis Carroll -, e trouxe de volta a maior parte do elenco e
dos personagens do primeiro filme, lançado em 2010, com direção de Tim Burton e
texto de Linda Woolverton. No entanto, assim como no anterior, o roteiro não
traz um texto espetacular e o que desperta a atenção são os efeitos especiais,
que tomam a cena e encanta.
Após uma longa viagem pelo mundo, Alice (Mia Wasikowska) volta e reencontra sua mãe. E durante
uma grande festa num casarão, onde comparece para tratar de negócios, ela
encontra um espelho mágico e atravessa o objeto, indo parar no mundo das
maravilhas outra vez. Lá a menina descobre que o Chapeleiro (Johnny Depp) está
correndo perigo de vida, tomado por uma grande tristeza que o assola, devido a
uma descoberta sobre o seu passado. Mas somente Alice pode salvar seu amigo,
para isso a menina precisa conversar com o Tempo (Sacha Baron Cohen) e voltar
às vésperas de um acontecimento fatídico e traumático, para só assim mudar o
destino do Chapeleiro. E no meio disso tudo ela ainda descobre o que separou as
irmãs Rainha Branca (Anne Hathaway) e Rainha Vermelha (Helena Bonham Carter).
Com um elenco espetacular e interpretações satisfatórias,
Alice através do espelho chega às telonas dos cinemas impressionando mais com
os efeitos especiais do que com a história em si, que não se aproxima em nada
do texto rico e complexo da obra original. Engana-se quem pensa que o filme é
uma adaptação do conto escrito por Carroll. O longa se encaixa mais na
definição de releitura do que adaptação. O filme nos envolve num cenário
totalmente diferente do original, apresentando referências com objetos, da
história de 1871, que aparecem rapidamente no início da película – me refiro ao
jogo de tabuleiro e ao espelho, fiel ao desenho de Tenniell. Se estiver
esperando por uma história onde o cenário fica de ponta cabeça e apresenta
caminhos contrários, como é visto quando você se vê diante do espelho, é
possível que você se decepcione.
No entanto, se estiver esperando por cenas leves, com uma
mensagem clichê, muitas cores e figurinos impecáveis você não terá problema
algum. Com uma trama voltada para a história do Chapeleiro Maluco, interpretado
pelo incrível Deep, você vai se deparar com cenas bonitas, mas nada memoráveis,
a não ser a sensação que o filme em 3D causa, como se estivéssemos passando
para o outro lado da tela.
A grande novidade do mundo de Alice ficou por conta do novo
personagem, conhecido como Tempo, e seus seguidores. Ora um vilão, ora um ser
bobo, o personagem carrega em si uma metáfora que envolve o passado, o presente
e o que a gente faz com os momentos que nos são dados. E aqui está a grande
mensagem do filme, que como já disse é um verdadeiro clichê, mas que realmente
merece ser lembrado, principalmente ao público infantil, que marca presença nas
salas de cinema: “Você não pode mudar o passado, mas pode aprender com ele”.
Além da lição sobre o tempo, é nítido o destaque dado à
importância da família na construção de quem somos e dos amigos, que estão
sempre preparados para nos dar as mãos e lutar junto com a gente. E o direito
da mulher também é uma questão tratada sutilmente na história, além da antiga
lição do primeiro filme, que nos diz que “A única forma de chegar ao
impossível, é acreditar que é possível”.
Alice Através do Espelho é claramente um filme infantil,
dirigido por James Bobin, e com certeza pode não agradar muito aos adultos por
tudo o que já foi dito sobre o texto e o roteiro que não apresenta ação e uma
mensagem mais complexa. Mas vale a pena assistir depois de um dia estressante,
e conferir a linda produção da Disney.
|Essa crítica é de minha autoria e foi originalmente postada
no site CINEMA SIM, para o qual também escrevo. Você pode conhecer o site
clicando no link.|
Beijos, minha gente.
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