20 de agosto de 2016

'Enquanto você esteve ausente' #2


Olá, pessoal!
Como hoje está sendo um dia corrido para mim e meu tempo está escasso, decidi trazer mais uma publicação da coluna 'Enquanto você Esteve ausente" e mostrar para você um apanhado de postagens que passaram por aqui nas últimas semanas. Se você perdeu algo, se há alguma postagem que lhe interessa é só clicar e conferir.


... Publiquei resenha com promoções, resenha de uma HQ especial, postei lançamento um lançamento especial da Editora Seguinte e até TAG Musical.


15 de Agosto de 2016
Publiquei uma nova coluna no blog, intitulada "Desabafos Inconstantes". Falei sobre a maneira de opinar ou fazer uma crítica, como há algumas pessoas que se tornam grosseiras demais e acabam tendo um resultado negativo na troca de opiniões. Não é o que você diz, é como você diz.

13 de Agosto de 2016
Pela primeira vez aqui no Blog publiquei uma TAG relacionada a música, que é uma coisa que eu adoro! Amo, amo, amo sem fim. Tem músicas que marcaram minha infância, que me emocionam, me me faz lembrar alguém, e tem muito Sandy e Junior nesse meio. Shania Twain também e Britney Spears estão nessa playlist. Uma TAG muito legal que vi no Blog Who's That Girls, da Renata Varela. 

10 de Agosto de 2016
Pela primeira vez também fiz uma resenha de uma HQ aqui no Blog, um livro recebido em parceria com a Companhia das Letras. Foi uma experiência ótima e comecei muito bem fazendo a leitura de Persépolis, uma história maravilhosa, tocante e engraçada sobre a vida de Marjane Satrapi num país tão machista e autoritário, onde as mulheres não têm voz, vontade e escolhas. Satrapi é um verdadeiro exemplo de luta, de mulher forte e de personalidade. Vale a pena conferir. 

08 de Agosto e 2016Vocês sabem o que as pessoas estão falando sobre o Livro "A Rebelde do Deserto"? Reuni alguns depoimentos de blogueiros, e youtubers e leitores  diversos no Skooob para mostrar o que as pessoas acharam da história, que também traz uma mulher/ garota empoderada e forte. Uma mistura de realidade e ficção nesse universo que tanto lembra as Mim e uma noites. Esse é o primeiro livro da série, publicado pela Editora Seguinte. 


01 de Agosto de 2016Eu publiquei a resenha de Três coisas sobre você e foi um prazer ter lido esse livro. Engraçado e tocante, apaixonante também. Por isso, por ter gostado tanto, decidi fazer uma promoção para presentear um de vocês com um exemplar do livro, que foi publicado pela Editora Arqueiro. A promoção vai até o dia 31 de agosto e é muito fácil participar. Clique na Imagem e leia a resenha onde estará o link para participar da promoção.


Beijos, pessoal!
Bom Final de semana, 

17 de agosto de 2016

O livro de memórias, da autora Lara Avery



Olá, gente! 
Hoje é quarta-feira, dia de resenha de uma leitura linda e especial. Por dois motivos: é um dos próximos lançamentos da Editora Seguinte e é um livro que despertou em mim um misto de emoções, logo preciso dividir isso com vocês. 

"Não sei outra forma de expressar. E não gosto de não saber. Nada. Não gosto de não saber em geral. Eu devia sempre ser capaz de saber." (pág.:18)

A frase acima é um retrato da personalidade da nossa personagem, a especial e querida Sammie. A garota, que está prestes a se formar sempre planejou a vida e uma de suas metas é assim que terminar a escola viajar para a cidade grande e entrar numa faculdade. Mas para ela não basta sair da escola, ela precisa se formar como a melhor aluna; não adianta mudar-se para a cidade grande, ela precisa sair de lá e entrar como uma ótima aluna também, na faculdade mais renomada do local onde agora será uma novata. Não há nada que fique no caminho da Sammie, nem mesmo a condição genética que tem, que aos poucos será capaz de apagar sua memória e até comprometer sua saúde física. Então, quando se vê obrigada a pensar num plano para driblar a falta de lembranças sobre quem é, onde está, o que deve fazer, ela tem a brilhante ideia de escrever um livro com todas as suas memórias, assim sempre que precisar manter-se atualizada sobre ela mesma - a Sammie do futuro -pode consultá-lo. 

No livro de memórias da Sammie você vai saber detalhes sobre o primeiro encontro da garota com Stuart, um jovem escritor que despertou há muito tempo um sentimento nela. Como ela se sentiu, o que ela fez, as mancadas que deu, o que deixou de fazer também. Além disso, ela vai admitir a saudade que sente de Cooper, um amigo de infância que acabou se afastando, vamos descobrir o por quê e como eles voltaram a se aproximar. A vida em casa com a família e os irmãos, com a melhor amiga Maddy, com quem participa de debates na escola (como uma dupla invencível) também estão entre as memórias da menina, que apesar de parecer uma solução simples para o problema vai se mostrar mais difícil do que se espera.

Às vezes a vida é só terrível. Às vezes a vida te dá uma doença estranha. Às vezes a vida é muito boa, mas nunca de um jeito simples.E quando eu olhar para trás vou saber que tentei. (Pág.: 75)

Quando eu soube que esse livro seria lançado no Brasil (foi através do canal É O SEGUINTE!) fiquei muito feliz com a proposta do livro e ao mesmo tempo medroso porque há muitos livros com personagens portadoras de doenças graves e isso acaba caindo na mesmice, tornando-se um tanto previsível. Não diria que "O livro de memórias" é diferente de tudo o que já li, mas posso garantir que a personagem Sammie, que tem uma doença degenerativa chamada Niemman Pick, é um personagem com um grande diferencial, sendo uma grande surpresa para o leitor.

Sammie é decidida, focada e forte. Além disso muito inteligente e possui total consciência de que pode ter sim uma carreira de sucesso. A história não conta com dramas exagerados e uma garota chorando pelas cantos sentindo pena de si mesma em momento algum. Ao contrário, o que ela puder fazer para conseguir alcançar seus objetivos ela faz sem pensar duas vezes. Sim, a garota é um tanto impulsiva e sinceramente, de maneira irritante também, é egoísta. Porém, egoísmo é algo que a gente precisa ter um pouco na vida porque se não pensarmos e nos dedicarmos a nós mesmos pelo menos uma vez nunca teremos feito muita coisa do que queremos. No livro Sammie vive com a mãe e o pai (além dos irmãos), que naturalmente super protege a filha e tenta impedi-la de fazer certas coisas por causa da doença. Mas Sammie não deixa de fazer absolutamente nada do que ela quer. Ela tem um espírito de jogador e não permite ser vencida de forma alguma, nem mesmo pela sua condição.

Uma dos pontos positivos do enredo é a narrativa pouco romanceada. Não é um livro que tenta mostrar um fato trágico e triste, mas também não há enfeites e milagres. Sammie é o que é e precisa aprender a conviver bem com o Niemman Pick. Diria que "O livro de memórias" é um exemplo de luta para todas as pessoas, uma mensagem de "viva a vida da melhor maneira possível e lute com tudo o que tem nas mãos para alcançar seus objetivos". Lulu Santos diria "Vamos viver tudo o que há para viver, vamos nos permitir", e isso traduziria muito bem os sentimentos da Sammie.

Uma das características predominantes na história é o humor. A maneira de falar e as atitudes, diálogos e comparações de Sammie são engraçadas e oferece à garota um carisma admirável. Ela é irritante também e como disse anteriormente egoísta. Ela descobre coisas todos os dias e não se importa em desistir por causa do outro, não dá um passo para trás para abrir espaço para o outro. É o que ela quer, o que ela pensa e o que ela sabe. São características justificáveis, mas que também, em algum momento, se torna algo negativo e irritante na história. Você vai precisar aprender a lidar com isso.

O romance existe e por um bom tempo se faz lindo e apaixonante. Mas há reviravoltas, é claro. Stuart (a paixão antiga da menina) é um amor de rapaz e quando descobre a doença de Sammie, ao contrário do que se possa imaginar, ele não a abandona, muito pelo contrário: ele se abandona. E isso você irá entender melhor quando ler o livro. E aqui está um paradoxo: a garota que pensa primeiramente e sempre nela, e o garoto que deixa de pensar nele para garantir o bem estar do outro. Também na narrativa você verá o resultado disso. Não posso esquecer de Cooper, um garoto totalmente fora de padrão, afastado da garota, que quando descobre a doença se aproxima dela e não a abandona de forma alguma. O valor da amizade, a beleza da amizade que está acima de tudo e até o fim.

Quem assistiu "Como se fosse a primeira vez", com Adam Sandler e Drew Berrymore, um filme de 2004 do diretor Peter Segal, certamente irá lembrar do longa durante a leitura. 



"O livro de memórias" é capaz de te fazer rir, se apaixonar, agradecer pela vida, sentir raiva, mas acima de tudo compreender ainda mais do que o amor pode ser capaz. Eu me senti dividido e bombardeado com esses sentimentos durante a leitura, que é como um arranhão proposital para que o leitor crie consciência da vida que tem e do quanto é preciso lutar por ela, para fazer o máximo de coisas possíveis até que  não possa mais. E depois de tudo isso, na última página você será pego de surpresa e bombardeado com uma emoção profunda.

Dia 26 de agosto o livro já vai estar disponível para venda e será lançado na Bienal do Livro de São Paulo. Não percam, comprem o de vocês e se encantem com a história. Quem escreveu foi Lara Avery, que nasceu em Topeka e estudou cinema no Macalester College. Autora de livros infantis e de mais duas obras de literatura jovem adulta - Anything But Ordinary e A Million Miles Away -, atualmente mora em St. Paul, Minnesota.

Niemann-Pick é uma condição genética hereditária e muito rara, na qual as pessoas não conseguem metabolizar muito bem o colesterol e outros lipídios (moléculas gordurosas) dentro de suas células. Quantidades nocivas de colesterol se acumulam no fígado e no baço e quantidades excessivas de outros líquidos se acumulam no cérebro. Os sintomas incluem problemas no movimento dos olhos, dificuldade para engolir, fala arrastada e irregular, falta de controle muscular e declínio intelectual progressivo, que pode levar à demência. - Essas informações foi retirada do site https://www1.actelion.com.br/br/pacientes/niemann-pick-c/index.page A doença tem vários estágios, você pode pesquisar mais sobre isso. 

XOXO
Diih 


15 de agosto de 2016

[Desabafos inconstantes #'] Não é o que você diz, é como você diz


Olá, gente!
Você que acompanha o Vida & Letras a partir de hoje vai encontrar alguns desabafos por aqui. Senti a necessidade de me expressar, de "falar", de dar a cara a tapa. Há muitas coisas acontecendo no mundo, há muita injustiça, há muita discussão sobre o mundo literário e eu gostaria de dialogar sobre tudo isso com vocês. Prometo que tentarei escrever de maneira bem tranquila para não parecer chato. Mas quero conhecer também o ponto de vista de cada um.



Concorde, discorde, acrescente algo. SE EXPRESSE sem medo.

Sempre fui uma pessoa cheia de ideias e de vontade de opinar sobre tudo. Sei quando tenho que me manter quieto e outras vezes ficar quieto é uma escolha. No entanto, quando as coisas se tornam escandalosas demais eu também não consigo me calar. Quero e gosto de falar mesmo. Sempre fui educado a respeitar o que o outro diz (não confunda respeito com concordar com o que se diz), a deixar que o outro se expresse; consequentemente também entendi que se o outro pode eu também posso. É tudo uma troca. Aquela velha questão dos direitos e deveres que aprendemos nos livros da escola e na vida.

Mas existe um limite na hora de expor uma opinião? Será que é necessário dizer tudo sem abrir mão de uma palavra sequer, apenas por questão ética?

Há uma linha tênue entre sinceridade e estupidez, que nos mostra a grande diferença entre os dois conceitos. Enquanto a sinceridade está para a franqueza e ao caráter a estupidez dá as mãos à grosseria e a indelicadeza. Você pode ser uma pessoa sincera e dizer tudo o que pensa, mas não tem o direito de ser estúpido e grosseiro, afinal de contas o termo discussão está aí como uma ideia para somar e não para diminuir - pode até parecer utópico o que digo, mas enquanto existirem pessoas, o mínimo que seja, que pensam na discussão como uma forma de aprendizado eu sempre vou bater nessa mesma tecla.

Acontece que a tecnologia avança muito rápido e todos os dias surgem novas plataformas, que permitem as pessoas expressarem sua opiniões e dizer mesmo o que pensam. Isso é lindo! Mas isso também é triste. É lindo porque todo mundo tem o direito de falar e triste porque as pessoas precisam saber o que falar, porque algumas opiniões surgem sem nenhum fundamento. Nem todo mundo tem consciência disso. A quantidade de ódio por detrás do discurso das pessoas na internet e nas conversas na esquina da rua ou dentro dos ônibus é espantosa. E é aqui que eu vou responder a uma pergunta que me fiz alguns anos atrás e que escrevi ali em cima: existe sim um limite no seu discurso.

Quando digo "limite" não estou falando que você tem uma cota de palavras e alguns tópicos sobre os quais você não deve comentar (não esqueçam da liberdade de expressão). Eu não estou falando do que você escolhe citar no seu discurso porque o problema não é o que você diz, mas sim como você diz.

Por exemplo, trazendo para a nossa realidade, eu como um blogger, e de alguma maneira formador de opinião, tenho lido em alguns lugares resenhas e vídeos acerca de algumas obras de autores nacionais ou não, que me incomodaram profundamente pelo tom das opiniões e algumas pela maneira rude de falar e se referir à obra. A gente não precisa gostar de tudo o que lê, tão pouco dizer amém para tudo o que está escrito nas páginas dos livros, mas fazer crítica requer, além de conhecimento e sinceridade, ética. Quando a ética deixa de fazer parte do discurso, o resultado raramente é positivo e a confusão é maior, causando um efeito contrário à proposta da crítica.

Você tem todo direito de gostar ou não do que lê, do que ouve, e tem todo o direito de discordar ou concordar com a opinião alheia. Mas seu discurso - seja ele escrito ou falado - precisa realmente apresentar bons argumentos e uma postura ética perante a opinião do outro. Eu sou a favor da crítica que induz o outro a ser melhor, a dar sempre o melhor de si.

XOXO,
Diih.

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