♥
“(...)
Prometa, princesa, que não vai esquecer o que sente por mim no fundo do seu
coração neste momento. Pois de que adianta uma lembrança voltar da névoa se for
apenas para apagar outra? Você me promete isso, princesa?”
♥
Olá!
Hoje
vou contar para vocês sobre O Gigante enterrado, narrativa do autor Kazuo
Ishiguro, que também escreveu “Os resíduos do dia” e “Não me abandone jamais” –
minha próxima leitura -, ambos publicados também pela Editora Companhia das Letras.
Gostaria
de deixar claro que em todas as resenhas que escrevo levo em consideração minha
leitura, livre de qualquer influência. Portanto, posso ter uma visão diferente
das demais, contanto que seja coerente. O meu papel aqui no blog é passar para
o leitor minhas impressões e opiniões, acerca da história, de maneira justa e
verdadeira, respeitando a editora, que me cede os livros e confiam no meu
trabalho, mas acima de tudo sendo fiel a mim porque só assim serei fiel a
vocês. Ok?
O
Gigante enterrado é um livro que carrega em si um enredo simples, mas muito bem
desenvolvido. O cenário onde a narrativa se desenvolve é a Grã-Bretanha num
cenário pós-guerra entre bretões e saxões, e após a queda do Rei Arthur –
figura lendária, que de acordo com as histórias medievais comandou a defesa
contra os invasores saxões no fim do século V. Nesse cenário caótico a
população se encontra amedrontada, à mercê dos ataques de ogros e de uma névoa
que causa esquecimento na mente das pessoas. Axl e Beatrice, um casal de idosos
saxões, sofre com esse esquecimento, pois nem sequer se lembram do rosto do
filho quando decidem sair de onde estão para procurá-lo. Cheios de dúvidas,
lembranças vagas, mas sem perder as esperanças, os velhinhos partem de onde
estão numa caminhada lenta, mas cheia de indagações e descobertas. Conhecem o
senhor Gawain, fiel soldado do Rei Arthur, um garoto misterioso que se chama
Edwin, além do guerreiro – um rapaz muito confiante de si e muito inteligente –
Wistan, que segue sua jornada a fim de matar a dragoa que afunda o passado dos
habitantes daquela população no esquecimento. Será que é uma boa ideia acabar
com a névoa do esquecimento e relembrar o passado? Será que isso poderia colocar
o amor de Axl e Beatrice à prova e destruir a paz que vive naquele lugar agora?
Narrado
em terceira pessoa O Gigante Enterrado é um livro cativante, que apesar da
simplicidade da narrativa e dos acontecimentos leva o leitor a um cenário
brilhante, onde fatos históricos e fantasia dialogam perfeitamente. Os
personagens são intrigantes e conquistam você desde o primeiro momento como, por
exemplo, os protagonistas Axl e Beatrice, tão cumplices e gentis, que passam a
ser um molde de união feliz e estável de um casal, mas num dado momento também
um questionamento sobre como um relacionamento pode manter-se tão perfeito
durante tanto tempo. Será que existe algo
por trás daquele chamado de “princesa” que o marido faz para sua esposa a todo
o momento?
O uso
de metáforas está presente na maior parte da história, que nas entrelinhas nos
apresentam mensagens sobre amor, sobre o que fica depois da guerra e sobre a importância
da memória, seja ela sobre a real identidade de quem somos ou dos grupos que
vivem ao nosso redor. Além disso, a importância do perdão e o reflexo do ódio
presente na sociedade estão explicitamente “desenhados” nas linhas que compõem
a narrativa e que de alguma forma representa nossa realidade.
E o que
dizer do Gigante enterrado? Ao ler o título do livro e à medida que avança na
leitura você pode imaginar que uma narrativa que se envereda pelo mundo da
fantasia em que fadas, ogros e outros seres folclóricos estão inseridos na
trama, existirá também um gigante fazendo seu papel em algum capítulo. E você
não está errado em pensar isso, embora esse gigante seja uma metáfora presente
de maneira sutil em todos os capítulos e explícito nos momentos finais do livro.
E essa será uma das grandes reflexões sobre a história.
Engana-se
quem pensa que a leitura será sempre um mar de rosas. Apesar de o livro ser
muito bom e cativante, como já foi dito, o enredo não conta com reviravoltas
empolgantes, do tipo que prende completamente o leitor. O autor aposta na
simplicidade dos fatos e nos pequenos detalhes que por sinal merecem toda
atenção. Demorei um pouco para fazer a leitura porque de fato achei que em
vários momentos a leitura ficou chata. No entanto, valeu a pena voltar e
prestar atenção e ler até o fim.
Por fim,
o Gigante enterrado – que ganhou uma edição maravilhosa da editora Companhia
das Letras - é um livro para ser lido sem pressa, de coração aberto e com
atenção. Apesar de ter uma narrativa simples há muito por trás de cada capítulo
e dos diálogos dos personagens. O autor transforma simplicidade em algo
grandioso e essa foi uma das características que mais me atraiu em sua obra,
com essa leitura que marca meu primeiro contato com o Ishiguro.
Leiam,
reflitam e se apaixonem.
Bjux 1.000!
♥
Que resenha maravilhosa Diih!! Parabéns.
ResponderExcluirConfesso que esse livro não é daqueles que me agrada muito por ser meio lento igual você disse, mas achei a edição muito linda e historinha legal, mas por ser meio lento vou deixar para a próxima.
Até mais, Davidson.
http://www.meninoliterario.com.br/
Menino Davidons dê uma chance, tenho certeza que você vai mudar sua opinião se ler.
Excluir=)
Quero muito ler! Esse mar azul me puxou com uma vontade que só! ♥
ResponderExcluirA edição da Companhia está belíssima, com certeza será uma das minhas próximas leituras.
Altos e baixos a parte, o livro parece ser doce e amoroso
Beijos!
www.oclubedameianoite.com
Você e seu mundo azul!
ExcluirSeu lindo *------* Leia que você vai amar <3
Bjux.
Não conheço o autor, mas sua resenha me deixou com vontade de ler.
ResponderExcluirQue capa bela!
wwwumavidaemandamento.blogspot.com
Foi o meu primeiro contato com ele, Bruna. E eu amei, viu.
ExcluirEspero que leia.
Bjão.
Ainda não havia ouvido falar do livro nem do autor, mas com essa resenha fiquei com muita vontade de ler, parece ser uma história muito cativante
ResponderExcluirBeijos
http://www.maisdocequemell.com.br/
Oi, Mellanie!
ExcluirQue bom que gostou, espero que você leia.
Bjão.
Quando li a introdução da resenha pensei: VAI DETONAR O LIVRO! Mas não, foi uma resenha até convidativa para mim que gosto de leituras lentas, não faço questão de reviravoltas e prefiro ser instigada a pensar do que qualquer outra coisa. Adoro tramas que misturam histórias e fantasia, o mito de Arthur me fascina desde a infância e a capa desse livro é LINDA aos meus olhos.
ResponderExcluir#DoQueEuLeio
Oi Pandora!
ExcluirPOis bem, eu espero que leia e que goste. O Kazuo é lindo escrevendo.
Bjão.
Oi! Tudo bem contigo, moço?
ResponderExcluirCara, que resenha bacana! É a primeira que leio desse livro e me surpreendi, porque salvei um e-mail que recebi da editora no qual ele aparecia. Me apaixonei pela capa, sabe? Não fazia ideia do que se tratava e estou boba. Gosto muito de histórias que nos fazem refletir e que envolvam metáforas! Essa parece ser intrigante... valeu a dica!
Um beijo,
Blog Doce Sabor dos Livros | Página no Facebook | Twitter |
docesabordoslivros.blogspot.com
Oi Jeni! Que bom que gostou, minha querida.
ExcluirEsperar que leia e que goste. Vou adorar saber sua opinião sobre ele.
Bjão.
Oi, Di! Tudo bem? Ahhh sua resenha ficou ótima, adorei! <3 Amo a capa desse livro e fiquei ainda mais interessado em lê-lo após ler seus comentários. Gosto de uma simplicidade, de metáforas e algo me diz que o livro irá me agradar bastante! :D
ResponderExcluirAbraço
http://tonylucasblog.blogspot.com.br/
Toninho leia, vá!
ExcluirA hora é essa. Espero saber sua opinião.
Abraço.
Ainda não havia ouvido falar do livro nem do autor, mas com essa resenha fiquei com muita vontade de ler, parece ótimo.
ResponderExcluirTe seguindo aqui
http://blogdaadilene.blogspot.com.br/
Que bom que apresentei uma novidade. E garanto qu eé boa. Espero que leia, Adilene. E goste!
ExcluirBjão.
Oi Diego!
ResponderExcluirNunca li nada do Ishiguro, mas tenho muita vontade. Alias, estou com "Vestígios do Dia" aqui e pretendo começar em breve. Acho que deve ser uma leitura bem diferente de "O Gigante Enterrado" (a temática pelo menos é), mas espero gostar como você gostou. Acho que mesmo sem grandes reviravoltas, se o autor desenvolve bem a história (como parece ter sido o caso) não tem como dar errado.
PS: Acho linda essa capa.
Beijos,
alemdacontracapa.blogspot.com
Oi mariana!
ExcluirPois é... esse livro que você está lendo tem uma pegada diferente de "O Gigante enterrado". Mas estou lendo outro livro do Ishiguro (não me abandone jamais) e a narrativa continua espetacular.
Bjão.
Oi Diego,
ResponderExcluirAinda não conhecia a obra e você citar a 'simplicidade leva a um cenário brilhante' como um dos pontos do livro, me deixou curiosa!
Pela capa, eu não leria, rs. (Tenho que ser sincera, né?) Mas pela resenha, sim.
Beijos
http://estante-da-ale.blogspot.com.br/
Nossa, Alessandra! Sério que a capa não te agradou?
ExcluirEu amo tanto ela!
Mas que bom que a resenha te convenceu. Espero que leia mesmo e que goste.
Bjão.
Que capa linda! E claro mais uma vez você arrasando nas fotos!
ResponderExcluirAdoro livros que fazem com que a gente reflita, que usam metáforas e obrigam nossa mente a pensar de forma diferente! Sua resenha me deixou com muita curiosidade, e acho que irei gostar desse livro!
Beijos,
Blog Não Vivo Sem Livros
Uhuuu! Obrigado!
ExcluirEspero que leia e goste. Me conte tudo depois.
Bjão.
Olá!
ResponderExcluirNão conhecia o livro, mas adorei a premissa. Sempre me encanto ao menos indício de lendas arturianas!
=D
http://osdragoesdefogo.blogspot.com/
Oi, Kaio!
ExcluirEspero que leia, tenho certeza que você vai gostar.
Abraço.
Oi, Diego!
ResponderExcluirNossa, pelo título, nunca que eu ia imaginar do que se trata o livro.
Só de mencionar a lenda do Rei Arthur já me conquistou.
Beijos
Balaio de Babados
Participe do sorteio do livro Marianas | Participe do sorteio Mês das Mulheres em Dobro
Porcelana - Financiamento Coletivo
Oi Luiza.
ExcluirQue bom que gostou. A lenda do Rei Arthur é bem querida, viu!
Bjão.
Oi Di!!
ResponderExcluirEssa capa chama muito a minha atenção e estava curiosa para conhecer mais sobre esse livro desde que vi você postando fotos lindíssimas dele no instagram.
Sua resenha está ótima, e conseguiu prender minha atenção, mas não leria o livro neste momento. Gosto de narrativas simples, mas preciso da presença de reviravoltas e algo que me faça continuar lendo uma obra...
Parabéns pela ótima resenha!!
versosenotas.blogspot.com.br
OI Bah!
ExcluirObrigado pelos elogios, mas sobre você não ler o livro, te garanto que esse seria uma exceção a parte. Ele consegue te prender mesmo sem muitas reviravoltas.
Bjão.
"O autor transforma simplicidade em algo grandioso" - gostei disso. Adoro histórias assim. Tenho o livro em casa e até hoje não li. Mas de 2016 não passa! Texto ótimo! Beijos!
ResponderExcluirwww.jeniffergeraldine.com
Oi Jenn!
ExcluirSe tem o livro em casa leia, gata. Aposto que você vai amar. E eu juro que quero ler sobre ele no seu blog lindo.
Bjão.
Oi Diih, tudo bem?
ResponderExcluirEstou voltando aos pouquinhos ao blog, me afastei devido aos
problemas que te contei, e só agora estou começando a colocar a
minha vida em dia rsrs
Que resenha maravilhosa amigo, adoro ler suas resenhas, são sempre
tão cheias de sentimento, você consegue transmitir maravilhosamente
bem tudo o que sentiu com a leitura, e suas fotos lindas como
sempre né?
Adorei a premissa do livro, mas acho que não estou no momento certo
para essa leitura... De toda forma, vai pra minha lista com certeza!
Beijos!
Ana | Blog Entre Páginas
www.entrepaginas.com.br
Obrigado, Aninha. Te entendo perfeitamente, viu!
ExcluirMas volte que quero ler muitas coisas lá no seu blog.
Bjux!
Bela resenha, rapaz. Esse está na minha lista dourada desde que Neil Gaiman o mencionou. Continue o excelente trabalho!
ResponderExcluirForte abraço!
J.
http://jonatastbblog.blogspot.com.br/
Oi Jonatas! Obrigado, meu querido!
ExcluirVocê também faz um trabalho lindo e acredito que "O Gigante enterrado" seria ótimo pra você.
Abraço.
Oi Thalita!
ResponderExcluirEssa futilidade pega todo leitor... é justificável. Sou do tipo que compro livro pela capa mesmo!
É uma história linda, merece ser lida, mesmo que tenha uma estilo diferente. É aquele tipo "exceção".
Bjão.