4 de março de 2012

Caderno de poesias



Em algum banco de praça ele deve ter ficado. Alguma loja de roupas, num balcão de um supermercado ou num sofá de um shopping. Deve estar esperando por mim agora ou já deve ter ido embora por horas ou dias. Poucos dias, mas dias que parecem eternos.

Com ele eu deixei palavras, declarações, amor e imagens. Deixei definições, desabafos sobre ‘ele’, sobre a minha paixão. Ficou todo o meu cheiro, meus lamentos e o meu carinho maior. Lá, em um lugar que não sei onde, ficou um amigo, um fiel confidente e os meus maiores segredos.

Eu não sei onde ele está agora levando a minha poesia. Só sei que abaixo do céu e da lua está somente eu aqui num cantinho do mundo. Eu e meus passos, eu e a minha sombra.

Quem sabe aquelas folhas preenchidas com lápis e caneta colorida estejam sendo jogadas fora, rasgadas e toda minha inspiração tenha vivido apenas por segundos? Ou, quem sabe, aqueles papéis onde depositei tanto amor e fidelidade, estejam levando poesia e paixão para a vida de alguém que precisa sentir tanto quanto eu?

Que ele esteja em boas mãos. E se for por amor, que seja sempre assim.

2012 © Diego França

4 comentários:

  1. Tudo que se é perdido vai para o não ser,logo melhor pensar que suas linhas estão fazendo a diferença na vida de alguém!

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  2. Onde será que se encontra meus segredos atestado, palavras ditas em momentos tão sensiveis... Espero que esteja a cativar algum coração aflito por aí...

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  3. Own adorei a delicadeza das suas palavras! Até me identifiquei, perdi um caderno cheio de composições, poesias... tinha pelo menos 60.

    Com meu nome, telefone de amigos... minha assinatura... e ninguém devolveu até hj!

    :(

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  4. Onde quer que esteja, tenho certeza, está encanto quem o lê.
    =)
    Abçs

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