14 de junho de 2012

Cartas para Julieta


E se você tivesse uma segunda chance para encontrar seu verdadeiro amor? 



Romeu e Julieta se conheceram e fizeram juras apaixonadas em Verona, Itália, palco ofertado pelo incrível Shakespeare para os amantes. O romance vivido entre a Capuleto e o Montecchio representa o amor impossível e a luta incessante por aquilo que acreditam: o amor que os fariam viver juntos para sempre. A tragédia romântica que tanto encanta o público está sempre evidente em músicas, livros e até mesmo filmes. Um deles, lançado em 2010, é o longa-metragem Cartas para Julieta, de Gary Winick.

A história se passa em Verona, também, e conta a história de Sophie, uma mulher que está noiva e viaja para a Itália com o noivo Victor, um homem um tanto egoísta e irônico. Envolvido – e muito envolvido digamos de passagem – com seu projeto de abrir um restaurante, ele acaba se afastando de Sophie, durante a viagem, para tratar de assuntos relacionados ao seu projeto. Por sua vez, a garota se diverte de outra forma pela cidade romântica e acaba visitando a casa de Julieta, onde apaixonadas de todos os lugares do mundo escrevem cartas endereçadas à própria “Julieta”. Todas as cartas são respondidas por um grupo de mulheres a quem Sophie se junta para passar o seu tempo na cidade. Um dia encontra uma correspondência escrita em 1951 pela Senhora Claire, que se apaixonou pelo italiano Lorenzo, mas deixou a oportunidade de ficarem juntos escapar. A carta foi respondida por Sophie e essa resposta foi o que mudou a sua vida. Através de Claire, Sophie parte para uma procura incessante em ajuda pelo amor que a Senhora deixou para trás, mas não imaginava que encontraria um verdadeiro motivo para questionar quem ela realmente ama. É aí que conheceremos o charmoso Charlie, neto de Claire. O verdadeiro Romeu da vida de Sophie, que irá ajudar sua avó e a bela garota.

A primeira sensação que tive ao assistir o filme foi: “- Eu quero viajar para Verona. Definitivamente eu preciso!” Depois eu sonho desesperadamente que esse filme transforme-se num livro – por favor, se já existir alguém me avisa. Brincadeiras a parte, eu achei uma história linda e bem escrita em que todas as partes, de alguma forma, interligam-se para fazer sentido ao final. Claro que um filme tem que ter isso, mas sabemos que nem todos conseguem.

Outro ponto positivo é a iluminação, as cores fortes e bem escolhidas para serem combinadas e o cenário fictício para a trama. As trilhas sonoras que não são nem um pouco tristes entoam a ideia de que não se deve desanimar diante de algumas dificuldades nos levando ao velho clichê de que “a esperança é a última que morre”.  O que incomoda um pouco no filme é que, inicialmente, Charlie é um homem arrogante e insolente; Trata Sophie muito mal e depois, de uma hora para outra, sem ao menos um motivo perceptivo para “baixar a guarda”, ele simplesmente fica um doce de pessoa. Poderiam explorar mais essa questão do tempo e personalidade do personagem.

O filme vale a pena ser visto! Há muito tempo eu não assisto um romance e me sinto orgulhoso e satisfeito com o final. A lembrança de Romeu e Julieta é explícita nessa hora. É divertido, encantador, mas acima de tudo, uma perfeita lição de que não devemos, de forma alguma, desistir de lutar por aquilo que acreditamos. Como comentaria o Diário de São Paulo, “é um filme para acreditar no amor”.

© Diego França 2012 *

12 de junho de 2012

Vida em letras #5 - final


Felizes para sempre

O aperto de mão se fez paixão,
e fez amor, e uma vida inteira.
Depois disseram não
E o coração não quis aceitar.
E assim do não veio o sim.

E o sim foi sempre,
O agora, o depois
Além do depois, além do amanhã.
E assim vai seguindo a vida dos amantes
Em molduras e álbuns,
Livros e canções.

O romance é o meu e o seu;
Da menina de vestido azul.
Do rapaz que a salvou e do amor
Que encontrou num mesmo olhar.
É da vida de um professor,
Da flor que desabrochou.
Dos meninos que amam iguais,
Da mãe do pai;

É a história do velho e do novo
Do esperto e do tolo;
Um conto aberto, cada dia único,
Vividos de uma maneira
Que NINGUÉM contou.

© Diego França 2012 *

Um feliz dia dos namorados a todos os amantes! 

11 de junho de 2012

Vida em letras #4


Encontro dos amantes


E seguiu voando a menina de vestido arrumado
Foi mais longe a mulher que ajeitou maquiagem
Num lugar qualquer;

E nesses encontros com a vida
Desencontro também conheceu;
Olhos enganosos, fontes tristonhas
Que o amor arrebatou
E tratou de mostrar.

Que há ódio e vazio;
Para a solidão, o chorar;
Um tempo, um caminho;
Um espaço e um lugar.
Pra ser menina e ser grande;
Pra ser perdida e encontrada pelo tão sonhado amante.

Que depois da dor a chama de minha, de vida, de mulher.
E chama de amor e de paixão.
Que pede e sua com um beijo e um abraço;
Que constrói uma vida inteira
A partir de um aperto de mão.

© Diego França 2012 *

10 de junho de 2012

Vida em letras #3


Liberdade


Não me deixe só e eu te deixo voar
Não me deixe vagar em campos vazios
Sem borboletas voando.

Não me deixe só e eu te deixo pisar
Pise firme e corra longe, vá!
Atire-se em qualquer lugar
Atire-se à liberdade.

Corra de mim, não me espere.
E eu, tão preso na queda,
Me alimentarei de forças
E te encontrarei em algum lugar.

Não me deixe só,
Mas voe longe...

© Diego França 2012 *
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