6 de janeiro de 2016

'Os dois mundos de Alice', criados por Lewis Carroll'




Em 1865 chegava às livrarias, para alegria dos leitores, o conto escrito por Lewis Carroll, que se tornou um clássico da literatura inglesa e mais tarde mundial. Em 1951 o conto foi transformado em desenho pela Disney. O diretor Tim Burton trouxe Alice de volta e a levou novamente ao mundo maravilhoso em 2010, quando a editora Zahar também lançou uma edição especial do livro com capa dura e ilustrações originais de John Tenniel.



Costumo dizer que Alice é uma leitura atemporal já que a cada leitura o leitor consegue encontrar uma nova interpretação, um novo sentido para todas aquelas coisas “loucas”, que parecem não fazer o mínimo sentido, mas que no fundo nos mostra um leque com opções para entender o mundo ao seu redor e o mundo dentro de si. Uma criança entende aquele lugar maravilhoso ao seu modo, ludicamente perfeito; um adulto consegue ir além se aprofundando na filosofia e na psicologia, entre outras diversas possibilidades. Mas todos chegam a um ponto especial: eles enxergam a beleza e a riqueza do mundo maravilhoso e da travessia para o outro lado do espelho.
Alice é uma garotinha ousada, digamos corajosa também e temperamental, com personalidade forte. Suas aventuras são marcadas por criaturas estranhas num universo paralelo. Em “Alice no país das maravilhas”, a menina corre atrás de um coelho falante e apressado até cair numa toca e vai parar em outro mundo, onde consegue encolher e esticar, tomar um chá maluco com um chapeleiro e sua gigantesca mesa e no final de tudo encarar a estressada rainha vermelha. Mas não para por aí. Mesmo acordando de um sonho, por conta do dia cansativo e da leitura de um livro sem gravuras que sua irmã lia você poderá encontrar Alice do outro lado do espelho.
Numa tarde calma e chuvosa, enquanto brinca com sua gatinha, Dinah, e seus filhotinhos, Alice consegue atravessar o espelho de sua casa e quando chega do lado de lá percebe que todas as coisas do mundo estão de cabeça para baixo - Ora, essa! Como pode? Na imaginação e nos sonhos da garota tudo é possível, até mesmo reencontrar a implicante rainha vermelha, os gêmeos Tweedledum e Tweedledee, o orgulhoso Humpty Dumpty, entre outras criaturas que abrilhantam mais essa aventura.
Nesta edição de bolso, linda e charmosa, lançada pela editora Zahar, podemos encontrar essas duas histórias num único livro especial de capa dura. Apesar de o livro físico, na primeira tiragem, ser um pouco maior que a atual (que contém as mesmas histórias e gravuras), continua com a diagramação linda e um trabalho muito bem feito. Você pode carregar na bolsa, na mochila, em qualquer lugar porque não ocupa um grande espaço. As folhas são de boa qualidade e o acabamento também, além disso, a impressão é leve e o tamanho da fonte não deixa a desejar.


Eu já disse aqui no blog o quanto sou apaixonado por essa história, acho ela incrível, fascinante. Foi a primeira que li e escutei quando comecei a ler e marcou minha vida e minha infância. Com certeza meus filhos serão incentivados a ler porque assim como outros clássicos marcantes e com conteúdos riquíssimos, Alice é uma leitura gostosa, necessária, ao mesmo tempo em que consegue ser ligeiramente louca.
Mas “as melhores pessoas são assim”.

“Mas não quero me meter com gente louca”, Alice observou.
“Oh! Isso é inevitável”, disse o gato; “somos todos loucos aqui. Eu sou louco. Você é louca.”
“Como sabe que sou louca? Perguntou Alice.
“Só pode ser”, respondeu o gato, “ ou não teria vindo parar aqui.



Um beijo para vocês e até já!
Diih.  
© Vida e Letras | Todos os direitos reservados.
Desenvolvimento por: Colorindo Design
Tecnologia do Blogger