25 de agosto de 2017

[NOVA VERSÃO DE CAPA] 'O CÉU ESTÁ EM TODO LUGAR' - JANDY NELSON



♥ Olá!

Para começar quero declarar mais uma vez meu amor ♥ pela autora Jandy Nelson, que não tem muitos livros publicados, que não publica uma coisa atrás da outra ou escreve continuações desnecessárias de suas histórias, e nos permite, com seu conteúdo engraçado e poético, imaginar o destino de cada personagem, bem como torcer por eles. Seus livros são de uma beleza incrível.

Em 2011 a Editora Novo Conceito acrescentava a seu catálogo o livro de estreia da autora Jandy Nelson, numa capa linda e uma edição especial. Diria que o conjunto da obra ficou maravilhoso! Quando vi o livro pela primeira vez fiquei apaixonado pela proposta do enredo e, claro, pela beleza dele. E foi um acerto fazer essa leitura. Esse ano, a editora decidiu relançar o livro com uma nova versão de capa, que também está linda e dialoga perfeitamente com a capa do segundo livro de Jandy Nelson, Eu Te Darei o Sol.  

|Confira a resenha de O Céu Está em Todo Lugar|
"Às vezes é preciso perder tudo para encontrar a si mesmo."
Todo mundo tem alguém, que de maneira especial nos faz sentir acolhidos, e é como um norte na nossa vida. Há pessoas em quem nos espelhamos e levamos como exemplo durante nossa caminhada, outras que nos fazem sentir como se estivéssemos protegidos de todo mal. Mas em algum momento você já parou para pensar na hipótese de que esse alguém tão especial um dia pode ir embora para sempre e viver apenas como uma lembrança?

Certamente a clarinetista Lenne Walker nunca parou para pensar como seria viver sem a pessoa mais importante da sua vida, até que uma notícia inesperada faz a garota encarar uma perda lastimável. Sua irmã, Bailey, a única pessoa em quem Len confiava todos os seus segredos morre por causa de uma arritmia fatal, durante o ensaio para uma peça. Agora tudo o que a garota tem é um quarto só para ela, com a lembrança de quando ele era ocupado por duas pessoas, e poesias que a garota espalha por todos os lugares por onde passa. E ela também tem um grande desafio pela frente: viver uma paixão, enquanto "deveria estar de luto". 
"É exatamente isso. Sou loucamente triste e, em algum lugar lá no fundo, tudo o que quero é voar."

Boa parte das pessoas em algum momento da vida já se deparou com uma perda lastimável e passou ou está passando pela triste fase da aceitação da realidade, seguida pelo desapego. Len, conhecida também como John Lennon, é uma garota, cuja personalidade é confusa. Ela vivia à sombra da irmã e agora encontra-se "sozinha", sentindo-se perdida. A menina se apega demais a detalhes do passado e naturalmente não deseja livrar-se para não sair da zona de conforto. O grande desafio é tentar encarar a realidade, mas a garota apenas consegue negá-la, a todo o tempo, carregando a culpa por estar vivendo e seguindo a vida, enquanto sua irmã perdeu a vida. Len é uma personagem múltipla, que reflete um pouco de cada pessoa que está aprendendo a lidar com a morte de alguém.


Jandy Nelson escreveu uma história apaixonante no seu livro de estreia, com personagens muito reais, vivendo situações comuns as de qualquer pessoa. É fácil para o leitor se envolver com o enredo e os personagens, muito influenciado principalmente pela escrita poética e melancólica, mas ao mesmo tempo engraçada e que problematiza a questão do apego e da personalidade de uma pessoa.  O leitor muito provavelmente desejará acarinhar a avó e o tio das meninas, assim como pode desejar consolar Toby, namorado de Bailey. Muito provavelmente também você vai desejar um Joe Fountaine, musico francês - apaixonante! -, na sua vida, e de modo geral poderá querer abraçar todos eles.

Narrado em primeira pessoa o romance conta com um texto leve que pode dialogar com outros romances da literatura contemporânea estrangeira. Um exemplo está para o casal romântico da história, que se apaixonarem aos poucos (ponto muito positivo), no final, quando finalmente ficam juntos, a autora tira a atenção do rapaz para focar no amadurecimento da personagem e ele só volta nos momentos finais do livro, assim como acontece em vários enredos da atualidade. E é justamente isso que me levou a comparar meus pensamentos com o da personagem Hazel Grace, de A Culpa é das Estrelas, de John Green.


Hazel queria saber a todo custo o que aconteceu com os personagens, depois que o livro acabou. E é assim que me senti ao término de O céu está em todo lugar: eu desejei saber o que acontece com Len e seu par romântico depois de fechar o livro, desejei mais e mais páginas. Mas agora, anos depois, entendo que o brilho da história poderia ser apagado se houvesse a insistência - comum ao mercado editorial no momento - de algo mais ser publicado. Porque uma das coisas mais bonitas de se ler uma história como essa, que marca uma evolução de personagem, é imaginar possíveis finais e continuações. É refletir sobre isso, é encontrar respostas sozinhos, sem que nada seja entregue pronto. É um exercício de autoconhecimento também.
"No meio dessa tragédia toda você está crescendo e isso é uma coisa maravilhosa."

De modo geral, O Céu Está em Todo Lugar traz um texto belíssimo sobre amor e perda, sobre a capacidade que temos de superar os infortúnios da vida e recomeçar. Um livro com um enredo inspirador, que nos conta que é possível viver boas lembranças sem que elas atrapalhem nosso presente e futuro, nem nos impeça de continuar a seguir nosso caminho em vida. Um texto cheio de experiências vividas pelos personagens, que nos ajudam a perceber o quanto as situações ruins também podem nos fortalecer. 

Xoxo,



21 de agosto de 2017

E os dias têm sido assim...


Olá, pessoas!

Sei que ando um tanto sumido, mas já aceitei a dura realidade de que todo fim de semestre eu vou passar por isso, e passarei por aqui só de vez em quando (isso é triste, cara!). Talvez a maioria de vocês nem queira saber o que ando fazendo, mas eu preciso mesmo me justificar para aqueles que realmente vem aqui, leem, comentam, gostam; e para aqueles amigos tão bloggers como eu que estão sentindo minha falta com comentários e trocas de opiniões também. 

Como muitos sabem eu comecei a dar aula no início do ano e isso é uma das coisas que tomam boa parte do meu tempo, assim como a faculdade. A experiência está sendo maravilhosa. Apesar do cansaço, não reclamo. Estou me realizando com meus alunos e o carinho que recebo deles. 

Com o final de semestre na faculdade eu estou três vezes mais louco, cheio de textos que faltam ser lidos, estudados e analisados. Além dos textos, tenho uma análise a ser feita (para ser entregue no dia 31 deste mês), de um clássico,  para a disciplina de teoria da narrativa. O livro, que foi escolhido pela professora (e eu amei), foi Madame Bovary. Eu sempre quis muito ler esse livro, mas sempre disse que só leria ele quando pudesse comprar essa Edição linda, da Martin Claret. Aproveitei a oportunidade e aqui está ele comigo, sendo lido num momento de paz, na faculdade.


Dias tranquilos assim têm sido escassos por aqui. Os livros de parceria estão acumulados (e eu juro que tento ser o mais organizado e pontual com as leituras), as postagens aqui também estão bem fraquinhas, justamente por causa da correria, resultado da distância de minha casa para o trabalho, impossibilidade de sentar por conta do ônibus cheio, além dos compromissos com os planos de aula e as tarefas de casa também, etc. 

No último sábado foi que eu vivi um pouco de tranquilidade, depois da aula que tive pela manhã, e fiquei feliz também porque finalmente o SOL apareceu e fez um dia LINDO - eu realmente me sinto feliz e disposto nos dias de sol - e fez tanto calor que eu até bebi muita água (coisa que não faço no inverno ou nos dias de frio, apesar de saber que não é certo. 


E aí vocês me perguntam qual o sentido dessa foto, não é? Aquariano que sou... Digo que não precisa fazer sentido não. Se vejo beleza é o que importa.

E nesse sábado também até rolou um encontro especial com uma amiga que eu já não via há um bom tempo. Fui convidado para almoçar com ela e aproveitei para tomar uma Heineken de leve.

 E não gente, não sou de beber muito. Mas também não é como se eu não bebesse nunca! 

Além de fazer coisas divertidas também tenho encarado umas bads, momentos introspectivos que chegam, mas me deixam a oportunidade de refletir muito sobre quem eu sou, quem estou sendo ou quem estou deixando de ser e por que disso. É um momento que me permite viver minha companhia, minhas convicções sem ser interrompido, sem ter que me limitar por conta de algo ou alguém. E eu gosto tanto, acho que a gente precisa disso em alguns momentos. Estar conectado consigo é um dos momentos mais bonitos que vivemos na vida.


E assim eu vou...


E eu estou aguardando as férias ansioso. Preciso de descanso, de organização, de mais leituras e mais tempo para mim. Mas sabe de uma coisa?

Gratidão por tudo isso e por essa escassez do tempo. É sinal de que finalmente consegui preencher os meus dias e a minha vida como sempre quis.

E vocês estão satisfeitos?

Beijos e abraços,

© Vida e Letras | Todos os direitos reservados.
Desenvolvimento por: Colorindo Design
Tecnologia do Blogger