12 de abril de 2017

A Guerra Que Salvou a Minha Vida, de Kimberly Brubaker Bradley + SORTEIO


RESULTADO DA PROMOÇÃO |AQUI|

Lovers,

Nsses últimos dias me dediquei a uma leitura muito agradável, de um livro que se tornou especial e eu gostaria muito de contar um pouco dele para vocês. "A guerra que salvou a minha vida", da Kimberly Bradley, tem uma história linda e triste, mas ao mesmo tempo tão bela e inspiradora que você não vai conseguir parar de ler até concluir a leitura. 

|No final da resenha vocês podem participar do sorteio valendo um exemplar do livro, em parceria com a Darkside/Darklove|

Publicado pela Editora Darkside, A guerra que salvou a minha vida apresenta um relato comovente de uma menina que passou por difíceis momentos ao lado de irmão durante a segunda guerra mundial. A heroína da história é Ada, uma garota que nasceu com um problema no pé e vive uma vida de escravidão dentro de casa, onde é maltratada pela mãe, que não aceita ter uma filha "aleijada". Ada não sai de casa e tudo o que sabe sobre o mundo é visto da janela de casa por onde vê as ruas do bairro e as pessoas que passam por lá. A menina é obrigada a servir a mãe, arrumar a casa, fazer o almoço e não tem direito a boa alimentação ou a trocar uma palavra com qualquer pessoa. Ela também cuida do irmão mais novo, o James, um garoto carismático, que apesar de tudo é mais bem tratado pela matriarca, que alega que ele pode brincar na rua porque é uma garoto normal, incapaz de envergonhá-la. Quem cuida de James na maior parte do tempo é Ada, que por viver enclausurada dentro da própria casa desenvolve um sentimento de apego ao garoto, além do amor incondicional que sente por ele. Quando ficam sabendo que está para começar uma guerra e que as crianças estão sendo evacuadas do lugar onde moram na Inglaterra, eles traçam um plano e vão embora juntos. Nesse momento Ada começa a descobrir o mundo, a beleza das coisas e de novos sentimentos até então desconhecidos por ela. Quem diria que uma guerra poderia salvar a vida de Ada? 
Existe guerra de tudo quanto é tipo.
A história que estou contando começa quatro anos atrás, no início do verão de 1939. Naquela época a Inglaterra estava à beira de mais uma Grande Guerra, a guerra que está acontecendo agora [...] Eu tinha dez anos, [...] e não estava nem um pouco preocupada com ela ou com qualquer disputa entre os países. Pelo que contei já deve ter ficado claro que eu estava em guerra com minha mãe, mas a primeira guerra, a que travei naquele mês de junho, foio contra o meu irmão." (Pág.: 10)
O que pode acontecer quando você não sabe quase nada sobre o mundo que existe além das paredes da própria casa e é humilhada todos os dias pela pessoa que deveria cuidar de você? Que sentimentos podem se desenvolver numa criança de dez anos, que deveria viver sua infância, mas é tratada como escrava, é maltratada e humilhada pela pessoa que deveria lhe dar amor? As consequências em resposta para cada uma dessas perguntas estão retratadas de maneira sublime nessa histórica tocante, que nos mostra o cenário de duas lutas: a luta entre os países e a luta interna e desesperadora que acontece na vida de Ada durante a segunda guerra. 
Narrada em primeira pessoa, a partir do relato inocente, por vezes revoltado e sensível da grande heroína da história, a narrativa de Bradley contagia e prende o leitor não somente pelo cenário e contexto histórico, como também pela personalidade muito bem construída de Ada e dos demais personagens. O perfil psicológico da personagem principal e do seu irmão e companheiro é também muito bem trabalhado de modo a despertar o sentimento de empatia no leitor e fazê-lo refletir sobre as batalhas pelas quais uma pessoa passa na vida e isso independe do momento histórico em que vive. O que é também uma grande sacada: a historia transcende o tempo, pois vivemos guerras constantes durante nossa vida. 
"A voz da Mãe ecoou na minha cabeça. Sua porcaria horrorosa! Lixo, imunda! Ninguém quer você, com esse pé horrível! Minhas mãos começaram a tremer. Porcaria. Lixo. Imunda. Eu servia pra usar os descartes da Maggie ou as roupas simples das lojas, mas não isso, não esse vestido lindo. Podia passar o dia inteiro ouvindo a Susan dizer que nunca quisera ter filhos. Mas não suportaria ouvi-la me chamar de linda. (Pág.: 158)"
Os traumas e sentimentos de medo, de Ada, estão espalhados pelo texto. Você é capaz de identificar cada momento de tentativa de se libertar das amarras, dos sentimentos de raiva, de insatisfação da garota. Mas não é só isso. Ada não é só sentimento de medo, ela é força. A garota tem uma inteligência e força de vontade admirável. Ela cai, mas segue em frente. É persistente e corajosa. 
"Eu, desde o primeiro instante, adorei. As quedas não me assustaram. Aprender a montar era como aprender a andar. Doía, mas eu seguia em frente." (Pág.: 65)
Importante também destacar que autora deixa clara a importância de uma boa educação e também mostra o método de ensino de alguns professores da época, ainda visto atualmente. O incentivo à leitura também é uma constante na história, que cita algumas obras de sucesso da literatura, com destaque a Peter Pan e Alice no país das maravilhas. 
"Fui vesti-lo depois de visitar o Manteira. Sabia que a Suzan ficaria contente, e ela ficou. Escovou o meu cabelo, mas deixou-o solto. e amarrou a fita verde nova na minha cabeça. 'É a fita da Alice', ela disse. 'A garota do seu livro, a Alice, ela usa o cabelo assim.' (Pág.: 164)
Percebam que até a cor, citada de forma tímida, tem papel importante. A cor verde representa a ESPERANÇA, algo que Ada, apesar de tudo, nunca deixou de lado. E ainda sobre Alice, a Ada tem um pouco da ousadia e inteligencia da menina de Carroll; tem a sensibilidade e o medo, mas a persistência de Alice também pode ser vista em Ada, que inclusive num dado momento dialoga com o conto no seu relato:
"A Alice perseguia um coelho que usava roupas e um relógio de bolso. Ele descia pela toca, como os coelhos que eu via nos passeios com o Manteiga. A Alice ia atrás dele e caía num lugar ao qual não pertencia, um lugar onde nada fazia sentido.
Éramos nós, pensei. O James e eu havíamos caído na toca de um coelho, na casa da Susan, onde nada mais fazia sentido." (Pág.: 165)
A Ada também é uma criança consciente, neste momento encontrando confiança dentro de si:
"Enfim compreendi qual era a minha luta e por que eu guerreava. A Mãe não fazia ideia da forte combatente que eu havia me tornado."  (Pág.: 220)
Com uma edição impecável, um trabalho de capa especial e totalmente dentro do contexto da história, "A guerra que salvou a minha vida" é um um grande acerto na literatura contemporânea e é vencedor de vários prêmios importantes, além de estar em primeiro lugar nos mais vendidos do New York Times. O livro também é adotado em várias escolas nos Estados Unidos. A autora já publicou outros livros sendo este o primeiro publicado também no Brasil. Bradley vive com a família numa fazenda nas Montanhas Apalaches. 

A guerra que salvou a minha vida é um livro para a família toda. Uma história linda, delicada, tocante, especial. Sem dúvidas a Ada é uma heroína da atualidade, uma inspiração. 
O Vida e Letras em parceria com a Darkside gostaria de dar esse presente a um de vocês! Vamos lá? É super fácil de participar, basta preencher as entradas (importante colocar o e-mail) e aguardar o dia do sorteio. PARTICIPE! 

a Rafflecopter giveaway


Bjux,


21 comentários:

  1. Oi, Di!
    Eu não sabia muito bem o que se tratava esse livro, mas li algumas resenhas como a sua e me iluminaram.
    O bom é que vou ter de ler para um clube do livro que participo no facebook.
    Beijos
    Balaio de Babados
    Participe da promoção #Sorteio1KSeguidores

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  2. Oi Diih
    Este livro é minha leitura do momento e é cativante e emocionante. Estou curiosa para ver como vau acabar.

    Beijinhos
    http://diariodeincentivoaleitura.blogspot.com.br/

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  3. Oi, Di. Já ouvi falar desse livro e fiquei apaixonada pela edição da editora, que sempre está maravilhosa. Acho degradante quando vejo pais assim nos livros que leio, sinto revolta e repulsa, dá vontade de matar, e o pior é que existem muitos pais assim, despreparados para lidar com a vida adulta e cuidar de seus filhos. Eu ainda não pude ler o livro, mas sempre achei o ambiente da guerra muito pesado, mas pelo visto a autora sabe deixar o tema ao mesmo tempo leve e tocante.
    Amei! Beijo, Blog Leitora Encantada

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  4. Essa história parece ser bem tocante, e essa edição da Dark é linda de mais. Já estou participando e torcendo pelo sorteio :D

    http://www.vivendosentimentos.com.br

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  5. Oi Diego, tudo bem?
    Nenhuma criança deveria ser submetida a esse tratamento. Já estou com o coração na mão por causa do que fizeram ela e o irmã passar, dá vontade de pegar e abraçar bem forte protegendo de tudo e de todos. E que lindo que apesar de tudo ela é corajosa e nunca perde a esperança. Essa é uma hsitória linda, que tenho certeza que irá me emocionar. Estou louca para ler. Sua resenha ficou ótima!!!!
    É claro que estou participando do sorteio!!!
    beijinhos.
    cila.

    http://cantinhoparaleitura.blogspot.com.br/

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  6. Oii! Estou ansiosa para ler esse livro! já tô participando, agora é só torcer haha. Sua resenha ficou ótima e parece ser uma história linda!

    xoxo
    https://ldesaturno.blogspot.com.br/

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  7. Oi Di,
    Quando eu li a resenha desse livro em outro blog vi que era uma história bastante tocante e o livro está na minha wish desde então! Quero muito lê-lo assim que terminar as leituras desse mês. Sem falar que a edição da Darkside está incrível mais uma vez. Adorei a resenha.

    Abraços,
    tonylucasblog.blogspot.com.br

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  8. Que livro mais amorzinho, amei a capa, essa história vem pra devastar em? amei já estou seguindo o blog, Dih seu cantinho é divino, beijos e feiz páscoa

    Taynara Melo
    www.indicarlivros.com

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  9. Oi Diih!
    Saudades de você lá no blog. =)
    Adorei a resenha e o sorteio, estou participando!
    Beijos,

    Priscilla
    Infinitas Vidas

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  10. Oi
    pela sua resenha da pra vêr que é uma história emocionante e envolvente, que fala sobre superação, fora que gostou de histórias que tenham guerra como plano de fundo.

    momentocrivelli.blogspot.com.br

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  11. Oi Diih, tudo bem?

    Eu amei o livro, realmente é uma história super tocante, linda demais e Susan é maravilhosa, minha personagem preferida! <3 Não vou participar do sorteio pq já tenho minha edição, mas boa sorte a todos!

    Bjs, Mi

    O que tem na nossa estante
    Sorteio A guerra que salvou a minha vida

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  12. Oi, Diego!
    Fiquei curiosa para ler o livro, principalmente pleo contexto histórico e pela protagonista ser tão bem desenvolvida. Com certeza vou querer ler.
    Adorei a resenha.

    Beijos
    construindoestante.blogspot.com.br || Concorra a um vale presente de R$40,00

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  13. Sua resenha ficou maravilhosa!! Sempre fico esperando por histórias pesadas vindo da Darkside, e embora essa não tenha suspense ou terror, ela é pesada no sentido que a ~vida de Ada não foi nada fácil. Enclausurada, sendo humilhada e sem conhecer o mundo exterior, para então passar a conhecê-lo logo no meio da guerra. Só pela resenha dá pra perceber que ela é mesmo uma protagonista forte e muito inteligente. Fiquei curiosa pra ler!

    xx Carol
    http://caverna-literaria.blogspot.com.br

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  14. Oi Dih! Estou gostando muito deste período editorial onde diversos títulos resgatam a memória do entre-guerras; acho importante esta memória, especialmente quando vinda de histórias como a de Ada, cuja vida é exposta à crueldade das relações familiares, que, infelizmente, consegue ser ainda mais danosa que a própria guerra...
    Darkside mitando nos lançamentos, hein <3 Amei a resenha!
    Bjão!
    Reb

    http://blogpapelpapel.blogspot.com

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  15. PRECISO desse livro! Toda resenha que leio é positiva,falam muito bem e eu já me apaixonei pela Ada sem ao menos conhece-la (so atraves das resenhas rs) e esse já é um dos livros desejados desse ano <3
    Torcendo aqui pra ganhar esse sorteio <3

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  16. Olá Diego!!
    Estou participando da promoção!!
    Quero ganhar, viu?

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  17. Já falei umas mil vezes que quero muito ler esse livro. É sobre um universo que eu amo e que estou sempre lendo algo. E tem uma edição perfeita que até quem não gosta muito do gênero, se apaixonou pela capa.

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  18. Oi Diego!
    A guerra que salvou a minha vida é um dos livros mais intensos que li nos últimos tempos. Entre uma página e outra as emoções oscilam de acordo com a trajetória das crianças. Entre nós no peito e lágrimas, há amor, cuidado, carinho. O livro está longe de ser um romance água com açúcar em que a mocinha espera por um homem, aqui a mocinha se salva, se cuida, a mocinha não pode andar pois tem uma deficiência física e ela nos dá lições sobre a vida e de como achar nosso lugar no mundo a cada página. Ideias, preconceitos e estereótipos são quebrados e nos forçam a pensar em como construímos as coisas ao nosso redor.
    Beijos!

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  19. Respostas
    1. Oi, Adriana. Já postei o resultado. No lado direito do blog tem a foto do livro e você pode clicar e conferir. Bjux.

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"Agora que você já leu, que tal participar deixando seu comentário?"

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