8 de fevereiro de 2016

'Espada de Vidro', Victoria Aveyard - Da Série ‘A Rainha Vermelha’, volume 2


Lembrem-se: Todo mundo pode trair todo mundo.

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Olá, pessoal! 
A espera e a ansiedade para a leitura do segundo livro da série “A rainha Vermelha” está chegando ao fim. No dia 12 deste mês Espada de Viro chega às livrarias de todo país e eu vou contar para vocês (sem spoilers) um pouco dessa história que promete tirar o fôlego de vocês, assim como levou o meu.

“Quando finalmente consegue escapar do palácio e do príncipe Maven, Mare descobre algo surpreendente: ela não era a única vermelha com poderes. Agora, enquanto foge do vingativo Maven, a garota elétrica tenta encontrar e recrutar outros sanguenovos como ela, para formar um exército contra a nobreza opressora. Essa é uma jornada perigosa, e Mare precisará tomar cuida para não se tornar exatamente o tipo de monstro que ela está tentando deter.”


Espada de vidro é a continuação de a Rainha vermelha, logo começa exatamente de onde a primeira parte da história acabou. Mare conseguiu escapar do palácio junto a Farley, o príncipe Cal e seu irmão, dado como morto, Shade. Agora eles partem para outro local em busca de segurança, traçando planos para encontrar os sanguenovos, pessoas de sangue vermelho que possuem poderes tão bons ou melhores e mais fortes que os poderes dos prateados. Mas a paz está longe de ser plena na vida dos personagens. Armadilhas e traições os esperam pelo caminho e um dos maiores desafios de Mare é controlar o ódio e a sede de vingança que cresce dentro dela, à medida que os vermelhos com poderes, vão sendo capturados e boa parte dos cidadãos das cidades locais são mortos cruelmente a mandado de Marven.

Quando li A Rainha vermelha estranhei um pouco seu desenvolvimento – embora tenha gostado muito da premissa - pelo simples fato de encontrar referências explicitas de outras histórias no enredo. Foi um ponto negativo juntamente com meu incômodo por achar a história devagar demais e a personagem principal não ser cativante. De modo geral achei um livro bom, mas fiquei um pouco insatisfeito por não apresentar a originalidade esperada. No entanto, em Espada de vidro minha visão é totalmente diferente da anterior.

As referências a outras histórias ainda continuam - por exemplo, todo o conflito de Luke Skywalker em deixar-se dominar pelo bem ou pelo mal está presente em Mare Barrow -, porém, neste livro, Aveyard as trouxe de maneira sutil, com elementos e características peculiares, o que fez dele um livro com uma história mais bem desenvolvida, original e atraente. Além disso, as reviravoltas durante a narrativa não são previsíveis, nos deixam dúvidas - sobre o que irá acontecer a seguir - e expectativas, além de inserir o leitor num cenário com mais ação, o contrário do que aconteceu em A Rainha vermelha.


O livro continua narrado em primeira pessoa e o amadurecimento de Mare é perceptível. Agora a personalidade fria e egoísta da garota começa ser justificada pelas situações vividas por ela. Mas Mare é extremamente dramática e essa dose exagerada de drama é incômoda e totalmente contrária à Mare impiedosa em quem ela se transforma em determinados momentos.

Como todas as narrativas têm seu ponto negativo e seus momentos de glória também, com certeza em Espada de Vidro os momentos mais empolgantes são aqueles em que os sanguenovos apresentam seus poderes, nos mostrando do que são capazes de fazer. O romance, apesar de ter uma apresentação sútil ao leitor, também o cativa – mesmo estando claro que não é o ponto principal. Há também aqueles momentos tristes em que precisamos nos despedir de personagens queridos, os que quais nos apegamos de alguma forma. É uma guerra e alguém sempre fica para trás, infelizmente.

Espada de vidro é uma história que coloca à prova a confiança, a força, o poder. É uma batalha e quem não for forte, inteligente o suficiente para fazer escolhas certas, sucumbirá. A luta para se manter no poder e a busca pela igualdade acompanha a guerra entre prateados, vermelhos e sanguenovos. Agora sim, Aveyard conseguiu construir uma narrativa distópica cheia de personalidade, sem fugir das características do gênero e sem parecer forçada demais.

Dia 12 de fevereiro corra para a livraria mais próxima de você e garanta seu exemplar de Espada de Vidro.  Juntos nos “levantaremos, vermelhos como a aurora”

Beijos e até mais!


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