27 de janeiro de 2016

‘A Menina Submersa’, de Caitlín R. Kiernan – Os Fantasmas de India Morgan



Olá!
Tudo bem com vocês?! E as leituras estão em ordem? Espero que estejam lendo livros incríveis porque eu não paro. Já comecei o ano lendo coisas ótimas, me dando super bem com as leituras e como hoje é quarta-feira (dia de resenha no blog) eu conto para vocês um pouquinho de A menina submersa, de Caitlín R. Kiernan, e o que achei do livro.


A Menina submersa foi a segunda história de fantasmas que li esse ano. A primeira narrativa, uma história bem colorida e doce; a que trago para vocês hoje é totalmente o contrário da anterior: ela é sombria, melancólica, confusa, cheia de elementos dos filmes de assombração. No entanto, engana-se quem pensa que a história dos fantasmas de India Morgan Phelps – ou Imp, como é conhecida – é assustadora, tensa e arrepiante. Eu imaginava que fosse, mas não é.
Imp foi diagnosticada com um sério problema psiquiátrico. Assim como sua mãe e sua avó ela sofre de esquizofrenia e tem acompanhamento psicológico, além de tornar remédios para controlar seus “ataques”. Depois que as duas mulheres de sua vida morreram a garota passou a morar só e dividir seus dias entre a consulta com a psicóloga, o emprego, sua pintura e a escrita. Há algum tempo está escrevendo uma história sobre fantasmas e essa necessidade de narrar os acontecimentos surgiu na infância, depois de uma visita ao museu com sua mãe, quando conheceu o quadro intitulado “A menina submersa”, de Phillip George Saltonstall, pelo qual a menina cresceu fascinada. Suas histórias não contam com uma ordem cronológica, nem tem ordem exata de narração: India simplesmente as escreve tentando resgatar todas as lembranças que tem de seus fantasmas nas folhas de papel – ela pode estar contando sobre o agora, mas, do nada, lembrar-se do que aconteceu ontem e escrever isso, mesmo que não tenho nada a ver com o que estava sendo dito anteriormente. São lembranças que ela não sabe se são reais ou apenas imaginárias.

O livro foi lançado aqui no Brasil, em 2014, pela Editora Darkside (editora famosa pelas suas edições maravilhosas e seus livros do gênero terror) e apresenta uma narrativa extremamente intrigante e confusa. Um verdadeiro conto de fadas mergulhado na melancolia, na escuridão e na mente de uma garota que tem o psicológico abalado, com um problema crescente. Longe de ser aterrorizante, A menina submersa é assustador apenas do ponto de vista emocional, em que os fantasmas são aqueles que habitam em nós, como as lembranças que arranham, perturbam e nos levam ao fundo do poço. Boa parte do livro me levou a crer que esse fantasma é uma metáfora das más lembranças, de situações vivenciadas pela personagem – a morte da mãe e da avó, ambas com o mesmo problema - , até me deparar com uma garota que é levada para fora de uma pintura para a realidade duvidosa da personagem.

Aqui temos uma história dentro de outra história, uma metalinguagem carregada de elementos sombrios das grandes obras de terror, seja em filmes ou livros (como a presença de um lago, um fantasma habitando um lugar, líbelulas, aparições, lendas, entre outras coisas), e representa uma novidade porque não é uma narrativa comum. A autora apostou na escrita desregrada, deixou a mente da personagem correr solta e nos levar junto.


Essa narrativa “desorganizada” e livre de qualquer regra tradicional de escrita é algo que, ao mesmo tempo que impressiona pela ousadia, faz o leitor estranhar. Tal característica de “desordem”, atrelada às diversas referências que o texto traz, como a dos clássicos de Alice, de Lewis Carroll, além dos contos de fadas e homenagens a autores como Virginia Woolf e Shakespeare, faz da história um leque de informações. Essas várias informações misturadas à mente de uma garota que não consegue discernir o real do ilusório acaba causando uma confusão na mente do leitor também e essa confusão resulta num cansaço, que em dado momento faz com que a leitura fique arrastada. Em vários momentos desejei que a história acabasse logo.
Quer mais um pouco de confusão? Basta você entender que a pessoa que narra é a própria Imp, sendo assim um narrador em primeira pessoa. Porém, em determinados momentos, a personagem fala dela mesma em terceira pessoa.

Em suma, apesar de toda confusão, de ser uma leitura nada fácil e densa, a narrativa de Caitlín Kiernan ganha destaque e mérito pela originalidade e por fazer a diferença em meio a tantas narrativas repetitivas e comuns. Ao final do livro você irá se perguntar se realmente entendeu a história, mas me parece que a intenção é justamente essa, deixar o sentido correr solto. “Não é o que vemos. É o que nos deixam para imaginar. Essa é a genialidade de ‘A Menina Submersa’.”

Leiam, leiam, leiam! E voltem para me contar a sensação que a leitura causou em vocês.
Nos vemos logo, logo!


Bjux,
Diih

25 de janeiro de 2016

Objetos, boa iluminação e amor para fotografar livros.


Olá,
Pessoas queridas!
Tudo certinho com vocês?

Mesmo sendo segunda-feira espero receber respostas com humor leve e colorido. Façamos da segunda-feira um lugar lindo, sem preguiça, Ok?!

Hoje trouxe uma postagem especial sobre fotografia (), mais precisamente sobre as fotos que faço para ilustrar as publicações aqui no blog e para postar no Instagram. Inclusive a ideia de escrever esse post surgiu a partir das mensagens que recebo, de pessoas querendo saber onde compro os objetos que uso nas composições, como faço para tirar “fotos tão legais” e pedem dicas de como fotografar bem.
 

Eu não sou profissional, gente. Definitivamente! Gostaria de deixar isso claro, antes de tudo.  Faço muitas fotos porque amo fotografar e porque tenho um amor muito grande pelo meu instabook, que é uma extensão do blog. Algumas fotos eu adoro completamente, outras me fazem chorar uma vida inteira. Mas se existe uma coisa que vocês vão encontrar nas minhas imagens sempre é amor. E essa é a primeira dica de todas: façam fotos com amor. E tenha também cuidado e paciência. A partir daí é só selecionar objetos bacanas (e tem muitos baratinhos por aí), um bom ângulo, uma ótima iluminação e apostar na sua personalidade para fazer as fotos.

DICA 1
Eu, particularmente, não gosto de imagens escuras ou com cenários com objetos demais. Gosto de coisas básicas e imagens leves. Claro que existem as exceções e que, às vezes, uma imagem pede uma quantidade maior de objetos sim, mas prefiro sempre apostar nos cenários mais simples. Portanto, a dica 1 é: Pegue leve! Às vezes, o pouco que há na fotografia já faz a beleza da foto. 


Por exemplo: essa é uma das fotos que mais gerou elogios e curtidas no Instagram. E eu sou suspeito porque também é uma das minhas fotos prediletas. Nela eu usei apenas uma caneta (que eu comprei no mesmo dia em que comprei os livros porque achei que ela tem tudo a ver com eles), dois lápis coloridos, além de uma colcha branca e um caderninho com folhas rosas para combinar com o romantismo da série A Seleção.
 
Vocês podem encontrar a caneta em lojas de presentes ou papelaria.  Eu a comprei na loja Arte em Papel, aqui na minha cidade, custa R$16,99. Os lápis não são difíceis de serem encontrados também, e esses são da loja Papel & Cia, e está custando em média 0,99 centavos.

DICA 2
Desde criança sou apaixonado por porta-lápis e acredito que eles também são ótimos em imagens. Mas vamos ter bom senso, gente, não é qualquer imagem que fica legal, não é qualquer porta-lápis que você vai usar na sua foto. Isso vai depender do estilo do livro e da foto que você quer fazer. 


No caso da imagem acima, a ideia foi fotografar minha coleção de livros do Maurício Gomyde e divulgar o novo trabalho do autor. Usei uma mesinha de escritório, coloquei uma parte dos livros em segundo plano e evidenciei o livro que gostaria mesmo de divulgar, que foi o Surpreendente. E para compor esse cenário, contei com a boa iluminação do ambiente e com esse porta-lápis improvisado (na verdade é uma xícara) que comprei também na loja Arte em Papel. Ela custa R$ 12,99 e é a coisa mais fofa do mundo. Tem vários modelos de carinhas e cor.

DICA 3
Outro objeto que a maioria das pessoas gosta e que fica lindo em fotos é porta-retrato. Eu amo e se pudesse teria um espalhado em todo canto da casa. Além do porta retrato uma xícara com café ou chocolate quente  além de te acompanhar na sessão de fotos e ser gostoso fica muito bem no resultado final. Na imagem a seguir eu forrei a cama com um edredom branco – amo as fotos que faço com ele -, acrescentei à composição o porta retrato rosa (o estilo dele sugere uma coisa vintage) e a xícara, além de um caderno com citações escritas, que escrevi com esse lápis da imagem. Arrumando direitinho e sabendo quando usar cada coisa – volto a repetir – fica tudo muito lindo.


Esse porta-retrato é baratinho, mas claro que existem outros lindos espalhados pelas lojas. O da foto pode ser encontrado nas Lojas Americanas por R$ 11,99. O lápis foi da Loja Arte em papel, custa em média R$ 1,99 e o caderno é da Livraria Saraiva, mas foi presente, então não sei quanto custa. 

DICA 4
O lençol da cama também pode ajudar muito, viu! Um lençol liso branco ou de cor clara, alguns com estampas discretas deixam os cenários das fotos uma maravilha. 


Esse da foto é meu xodó. Adoro fotografar com ele, deixa a imagem com um tom doce e romântico. Por cima dele eu abri o livro e fotografei uma de suas ilustrações, que é a mesma de um dos desenhos do interior do livro. Nem sempre a gente precisa entregar a capa de cara. Aproveitei que tenho uma garrafinha com a temática de Alice e coloquei na foto. Reparem que nessa imagem também está presente aquele porta-retrato rosa. Ele combina MUITO com esse lençol.

DICA 5
Às vezes queremos fazer uma foto para escrever sobre algum assunto relacionado a livros, mas não deseja tirar foto de um livro específico. Na imagem abaixo eu fiz a composição para escrever uma homenagem aos leitores pelo dia do leitor, com isso optei por abrir um livro (alguns livros são incrivelmente lindos por dentro) e aproveitar o que eles têm. Na imagem o livro aberto é de Alice no país das maravilhas também, mas numa edição linda de aniversário da Editora 34.


Não satisfeito, para melhorar acrescentei um marcador com pingente, da loja Mimo Marcadores, uma flor sempre viva (que fica lindas nas fotos), os marcadores do Vida & Letras e uma jarrinha com alguns lápis e canetas.  Além disso, decidi colocar no cenário aquele porta-lápis que já mostrei lá em cima também. A ideia foi criar uma mesa de leitura, por isso, por último, acrescentei meus óculos e pronto, causou o efeito que eu queria. 

DICA 6
Na foto anterior falei de uma jarrinha e vocês podem vê-la deitada na imagem. Ela é conhecida como Mason Jar e além de poder enchê-la de suco e leva-la para te acompanhar durante uma leitura, no seu quarto, pode ser um objeto maravilhoso para fotografar também. 


Tanto em pé quanto deitada, a mason jar deixa sua foto ainda mais linda. Mas segue as mesmas dicas anteriores: saber como e quando usar.
Ela custa R$49,90, na loja Imaginarium. Mas também pode ser encontrada na Cacau show ou Le biscut (nas últimas lojas o valor eu desconheço).

Na foto abaixo ela está deitada e ainda assim dando um brilho a imagem que está bem simples, inclusive. 


A borracha em forma de pirulito é um objeto que se pode abusar muito também porque ele é linda, delicada, além de criativa demais, e se torna muito romântica com essa mistura de cores.
Você pode encontra-la na Papel & Cia por R$ 2,30 e pode escolher a cor que quiser.
  
Então é isso! Aceito sugestões e dicas também, viu!  

Espero que tenham gostado e façam fotos lindas. Lembrando que é importante saber quais objetos combinam com o cenário e com o(s) livro(s). Os objetos devem, preferivelmente, dialogar com o livro e o espaço. Construir um ambiente harmônico é essencial. Vocês podem utilizar jarrinhos com flores, velas, entre outros objetos. É só usar a criatividade e, acima de tudo, ser fiel ao seu gosto e sua personalidade.

PS: Conhecer outros perfis de instagram também ajuda na inspiração. E como dica, deixo dois para vocês conhecerem: o da minha querida amiga Luana, do blog Psicose literária e o da menina Dany, pessoa muito querida e também muito criativa. É só clicar em cada uma das imagens e conhecer as fotos lindas que elas fazem.

www.instagram.com/psicoseliteraria
www.instagram.com/danny_med 
Até logo,
E um beijo para vocês.
Diih.
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