10 de junho de 2015

[Resenha] Half Bad, Sally Green



‘Ou isso, ou aquilo’. Ou você está certo ou você está errado. É sim ou não. Está claro ou está escuro. Não pode haver meio termo. No mundo de Nathan é assim: ou ele é um bruxo das sombras ou é um bruxo das luzes, pois não há pecado maior do que ser um ‘meio-sangue’.
Oi, gente! Hoje estou de volta com mais uma resenha, dessa vez sobre o primeiro livro da série de Sally Green. É um tipo de leitura a qual eu não sou acostumado a ler – geralmente leio romances e dramas -, mas decidi me desafiar e diversificar os gêneros de livros da minha estante. Half Bad é o primeiro livro com temática “bruxos” que leio. Portanto, vamos às minhas impressões.

A história se passa na Inglaterra onde bruxos e humanos vivem no mesmo espaço sem se misturarem. Os bruxos da luz são os bruxos do bem – como se pode imaginar – e, para eles, os bruxos das sombras devem ser exterminados. Porém, a maior corrida dos bruxos do Conselho da Luz é matar Nathan, filho de um dos bruxos mais poderosos daquele lugar. O garoto está prestes a completar dezessete anos e descobrir seus poderes, mas, para isso, ele precisa receber três presentes ou talvez não consiga sobreviver. Então o “meio-sangue” segue numa corrida contra o tempo para encontrar o pai que nunca conheceu e tentar se livrar de seus ‘inimigos’.
Nathan é fruto de um relacionamento entre um bruxo da sombra e uma bruxa da luz, por isso é considerado meio sangue.
Será que Nathan vai encontrar seu pai e receber os três presentes? E, afinal, Nathan é um bruxo do bem ou se descobrirá um garoto violento e tão perigoso quanto o pai?
Nathan é um personagem confuso. Inicialmente parece um menino doce e desprotegido e ao mesmo tempo apresenta uma revolta e atitudes rudes difíceis de encarar e aceitar. Acho que a autora soube trabalhar isso bem, já que ele tem um pouco de cada sangue e vive um processo de descoberta sobre quem é nessa vida.
Quando comecei a leitura fiquei muito empolgado com a narrativa. Green escreve de forma diferente porque trabalha com o psicológico do leitor. Neste momento você é o personagem, o que está acontecendo é com você e isso te insere no texto de maneira precisa e competente. Não há como não se aventurar.

(...) Você deve ter caído de cara no chão. Está quebrado, entupido, ensanguentado e também não vai ficar bem. Sua mão está estendida sobre a mesa e agora está tão inchada que os dedos não se movem mais.

O livro é dividido em seis partes, cada uma representando uma fase da trajetória do personagem. Há uma crítica social muito forte no livro. Assim como na sociedade atual, naquele lugar existe um poder absoluto que dita regras e excluem minorias, caçando-as, taxando-as. Apenas os bruxos da luz são bons e os demais são nocivos. Mas como julgar os bons e os ruins, se aqueles que se qualificam como pessoas do bem perseguem e matam também? Como acreditar na bondade se, para eles o que define o caráter de Nathan é o ”lugar” de onde ele veio e não suas atitudes e escolhas?


A semelhança com Harry Potter é perceptível. Um personagem chegou a usar a expressão “você sabe quem”, dita quando não se pode falar o nome do inimigo, utilizada nesse mesmo contexto na construção de J.K Rowling. Além disso, o personagem não foi criado com os pais, assim como Harry, que também era filho de um dos bruxos mais poderosos daquela sociedade. Tenho isso como um ponto negativo porque existem outras semelhanças que vocês poderão perceber durante a leitura, o que não faz da história tão original.
Outro ponto negativo está na construção do ambiente onde estão inseridos os personagens. O cenário não me convenceu, continuou real demais para o que o enredo da história propõe. Não consegui criar uma imagem coerente e clara daquele mundo durante a leitura.
Half Bad tinha tudo para ser um livro melhor, com uma nova proposta de mundo para as histórias de bruxos e bruxas, já que a autora é muito competente com a narrativa inovadora. No entanto, achei o enredo fraco e merecedor de mais ação e originalidade.
De modo geral, indico a leitura do livro para o conhecimento de um tipo de narrativa interessante e pela crítica social e política muito forte. Leiam e questionem porque isso vale a pena, mas não esperem uma super história inovadora.



É isso, pípol!
Encontro vocês logo, logo.
Bjux do Dinho.

12 comentários:

  1. Oi, passei pra conhecer seu blog, achei muito lindo e caprichado, parabéns!
    Te convido a conhecer meu blog também e peço por favor que me siga lá em "Participar deste site"
    Se quiser que eu te siga também é só deixar um recadinho, tá.
    Bjs
    http://thelmasallesartesanatos.blogspot.com

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    1. Adoro artesanato, parabéns pelo trabalho! Boas criações.
      Bjão!

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  2. Pois é... então! Não sei se a minha bad com esse livro bateu por causa das semelhanças com Harry, porque não consegui entrar na história, porque eu achei o Natan meio chatinho... Eu realmente não sei. Não rolou uma química entre nós, e olha que eu realmente curto esse tipo de leitura.

    Adorei a resenha, e ter pontuado os aspectos positivos do livro como crítica social. Bem interessante esse ponto de vista.
    Agora resta saber: vai continuar a série? O segundo livro já foi lançado...rs

    Bjs *.*
    MaH


    O que disse, Alice?
    www.oquedissealice.com.br

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    1. Então, Mah! Eu até entendo o Nathan ser 'chatinho'. Ele não é uma pessoa ruim, mas sofre um preconceito terrível por ser meio-sangue. Eu tive dó e a revolta dele me parece justificável. O problema mesmo é as semelhanças com HP, o que fez da história nada original. Uma especie de releitura nada competente. Sem contar algumas perguntas sem respostas, personagens que sumiram e a gente nem sabe para onde foi... #Xatiadu.
      Quando a continuar a leitura eu vou sim. Espero que Half Wild seja melhor.

      Bjão.

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  3. Oi, Diego! Tudo bem? Ahhh esperava que o livro fosse melhor... :/ Estava empolgado para lê-lo, mas agora não sei... Acho que vou pensar duas vezes antes de comprar ele. Adorei a resenha! :)

    Abraço

    http://tonylucasblog.blogspot.com.br/

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    1. Oi Tony! Não tenha a resenha como influência absoluta (rs.), mas realmente o livro deixou a desejar,no entanto pode agradar a você, quem sabe? Leia se tiver oportunidade, mas aconselho colocá-lo como prioridade. Tenho certeza que tem títulos melhores para priorizar. rs.

      Abraço.

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  4. Olá Diego, vim retribuir sua visita e dizer que já estou te seguindo.
    Se puder, pode me seguir em "participar deste site"?
    É que preciso de seguidores lá pra completar 1000...
    Um abraço
    http://thelmasallesartesanatos.blogspot.com

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    1. Oi Thelma, já estou te seguindo. Boa sorte! =}
      Bjão.

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  5. Oi!
    Então... concordo com tudo que você disse. A minha resenha sai semana que vem haha'
    Depois que você falou eu me lembrei da semelhança com HP. Outra coisa que eu achei ruim, ela não soube desenvolver os personagens. Muitos deles não fazem a mínima diferença na trama, já outros que tinham tudo para deixar a história interessante ficou apenas nas lembranças antigas. enfim... o livro não funcionou pra mim,é uma pena.
    Adorei sua resenha! Parabéns!

    http://blogliterando.blogspot.com.br/

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    1. Vitor muito bem colocada sua crítica quanto ao desenvolvimento dos personagens.Não deixo de concordar com você!
      Vou ler sua resenha. Um abraço.

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  6. Eu tenho o marcador de livro, sim! Sou aquelas que coleciona marcador e não conhecia nada do book RSrs Então gostei da postagem para conhecer ;)
    Bjs
    eternamente-princesa.blogspot.com.br

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    1. Oi Luiza! Ahhh que invejinha branca de vc! Eu adoro marcadores e adoro ter os marcadores dos livros. Uma pena que as livrarias não costumam disponibilizar o marcador do livro no ato da compra.

      Bjão.

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